BALSA, Cidade Perdida
Descobrir o maior monumento do Algarve Romano
6ª e última edição electrónica, antes da publicação física do livro Luís Fraga da Silva
Campo Arqueológico de TaviraTavira 2004-2007
Balsa foi a capital do Algarve Oriental na Época Romana, 1100 anos antes de Tavira.
Redescoberta em 1866, tem permanecido uma cidade misteriosa e desconhecida do grande público.
Este livro, profusamente ilustrado, é a primeira obra de divulgação sobre essa importante cidade romana. Nele se revelam alguns dos achados arqueológicos aí descobertos, assim como importantes aspectos da sua história, urbanismo, economia e população.
Procura cativar-se a atenção do leitor para os vestígios e o sítio deste extraordinário monumento, em risco de destruição definitiva.
A descrição da forma urbana de Balsa ocupa aqui um lugar destacado. Pretende-se colmatar o seu desconhecimento generalizado com a divulgação dos resultados de um trabalho de investigação, realizado pelo autor nos últimos anos.
Texto Integral da Obra: Balsa, Cidade Perdida - http://arkeotavira.com/balsa/BALSACP.pdf
Figuras e mapas em formato vectorial:
Cronologia de Balsa
Mapa do Sul da Lusitânia
Mapa dos arredores de Balsa
Planta urbana de Balsa
Link:
Atlas da cidade romana de Balsa
www.ArqueoTavira.com
Associação Campo Arqueológico de Tavira, Portugal
MARIM ROMANO
Reconstituição topográfica e funcional do sítio romano de Marim, no Algarve
Luís Fraga da Silva
Campo Arqueológico de Tavira, 2006
A verão on-line do estudo é constituída por um texto ilustrado e por mapas anexos, em ficheiros pdf separados, correspondentes às figuras da coluna à esquerda
texto Marim Romano (1.1 MB)
mapa Território de Ossonoba a Balsa (460 KB)
mapa Marim, Quatrim, Bias, Moncarapacho (200 KB)
mapa Marim Romano (320 KB)
mapa Marim Romano - Núcleos centrais (580 KB)
mapa Complexo do balneário (60 KB)
mapa Assentamentos comparados (1.32 MB)
Marim romano (Quelfes, Olhão, Faro, Portugal) foi um importante aglomerado não urbano, situado junto a um porto natural da laguna de Faro-Olhão, no território de Ossonoba, no Sul da província romana da Lusitânia.
Praticamente destruído desde a sua descoberta por Estácio da Veiga em finais do séc. XIX, o sítio ficou notável por uma rica e invulgar colecção de epigrafia funerária, por desenhos e espólios de edifícios importantes, para além da notícia de um tesouro de 100 solidii de Honório.
Este estudo reconstitui a hipotética topografia antiga do lugar e discute o perfil funcional e a evolução histórica do assentamento.
Marim surge formado por dois núcleos distintos: uma luxuosa villa rústica e um porto, com um complexo que inclui um balneário. No Baixo-Império, a villa terá sido a residência oficial do administrador portuário.
Seria um porto-de-escala e um porto-de-abrigo na navegação de longo curso proveniente do Mediterrâneo e da Bética, graças à sua facilidade de acesso pelas barras do Levante, superior à do porto de Ossonoba. Seria também um porto de interface local, nomeadamente com o vicus de Moncarapacho (a provável Stacio Sacra referida na Cosmografia do Anónimo de Ravena) e com o eixo viário para Pax Iulia.
No séc. II a villa pode ter pertencido a um ramo dos Anii, gens hispânica ligada à casa imperial dos Antoninos, com ligações no Algarve.
Na vizinhança estabeleceu-se uma fábrica de salgas, num núcleo com funções piscatórias e habitacionais, que funcionou como tal na 2ª metade do séc. II e 1ª do III. Pertenceria à firma da marca IVNIORVM, produtora de salgas e conservas de peixe e de materiais de construção com larga difusão regional.
A presença de um templo pagão privado, construído provavelmente c. 360 d.n.E., no estilo do de Milreu (Faro) e S. Cucufate (Vidigueira), mostra que o possessor de Marim era então uma personalidade importante da hierarquia de Ossonoba, familiarizado ou aculturado com os gostos arquitectónicos da corte de Treveris.
O tesouro acima referido, de moedas não circuladas e cunhadas entre 395 e 402, revela a importância estratégica de Marim (e, portanto, de Ossonoba) na política hispânica do final do Império e indicia a presença de oficiais fieis a Honório, que terão participado, após 407, contra a usurpação de Constantino III, no teatro de guerra da Lusitânia. A derrota do partido Teodosiano em 409, seguida pela queda do poder romano em 410, terá sido a causa mais provável da sua não recuperação.
Numa época indeterminada, entre os sécs. IV e VII, o sítio passaria a designar-se por *villa Marini, (Vilamarim no séc. XVII), conservando o nome de uma linhagem dos seus possessores.
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