segunda-feira, julho 23, 2007

Honrar os Nossos Ancestrais! O Seu Legado Ficará Para Sempre!






O Reino do Povo Konii

Nada é mais revigorante do que trabalhar arduamente para a realização de um propósito de valor, trazer à luz o tão nobre e ilustre Povo Konii, esquecido e ignorado há tantos séculos. Tivemos a honra e o privilégio de levantar o véu que cobria o glorioso passado desse Povo, que formou reinos na face da terra, e deu língua e escrita a outros povos.

Carlos Alberto Basílio Castelo - Investigador de Arqueologia Epigráfica ibérica


GUERREIRO KONII DA CIDADE REAL CONISTORGIS


As construções « sepulcrais megalíticas » que se conservem em Andaluzia e no sul de Portugal, nos dão uma ideia muito elevada da arquitectura dos Konii, pré-Thartessos. Estas construções são do terceiro milénio antes de Cristo, assim como cerâmica e a técnica metalúrgica. A denominação « Konii », era um título deste primitivo povo ibérico, que significava « Fazedores de Konos » se referia aos menires cujo a forma era a representação « Fálica » do ser humano, e eram erguidos nas áreas habitadas de seus Clãs - Famílias pré-históricos. Há provas arqueológicas que os Konii desde os seus antepassados de remota antiguidade, utilizavam os « caracteres iconográficos » da « Arte Rupestre » como meio de « comunicação », e muitos desses caracteres primitivos encontram-se nos nas inscrições de seus descendentes da Idade do bronze e da Idade Ferro no « Alfabeto Konii Ibérico do Sudoeste Peninsular ». Tais caracteres foram preservados ao longo de milénios, e deram origem a outros alfabetos, como os primitivos gregos, etruscos, rúnicos, e também usados na escrita dos povos orientais tais como: o aramaico, hebraico, moabita, fenício. Foram utilizados em especial na primitiva escrita romana, de onde se originou a escrita clássica latina. Esta Escrita Konii Ibérica utilizaram os egípcios antes de inventarem a sua escrita « Sagrada Hieroglífica », nos primórdios do reinado faraónico desde o tempo de « baraon > bharaon > Pharaon » que significava: « Sagrada Criação » do hebraico « bara, criação + on, sagrada ». Este Pharaon ( Faraó ) fora o primeiro filho de Aegiptus filha de Kam e de Aegiptus, que após o Dilúvio se fixou no « Baixo Egipto » no Delta, e a partir dessa época o nome « Pharaon - Pai da Raça Egípcia », passara a ser um Título de todos os reis egípcios. Entre os hieroglíficos, ainda se encontra símbolos gráficos alfabetiformes da Escrita Ibérica, e posteriormente denominada de « Egípcio Reformado ».

O Povo Konii desde os 3.000 A.C., pode ser dividido em três Épocas :

1º ) – Época primitiva, Neolítica – Megalítica, em que o primitivo Povo Ibérico foram apelidados de « Konii », palavra escrita com dois “ii” bem peninsular, em que o primeiro “i” é do nome da letra “N = Ni “como em « Nieta » (espanhol ). Este nome Konii como já referido vem das representações « fálicas » dos menires
( Konos ). Fora nessa época que se deu a expansão da « Cultura Megalítica », a partir da costa litoral oceânica do actual « Sul de Portugal », até à Escandinávia; como na França, Inglaterra, Hibernia ( Irlanda ), Itália, Alemanha, Dinamarca, etc.. Para o oriente dólmenes sem distinção de tipos, existem em zonas da orla do
Mediterrâneo, ao norte e a oeste do Mar Negro, ao sul do Cáspio, na Índia e no Japão, assim como na África do norte, chegara este primitivo povo que levaram consigo sua língua e escrita. Pois não será admiração, que os povos dessas áreas mencionadas da terra, tenham termos linguisticos similares aos da Europa Ocidental, uma vez que, sua raiz é da Ibérica. Ao invés, é sabido por se ensinar erradamente nas escolas, que a população europeia descende de uma raça nascida no Cáucaso, e por isso denominada Caucásica, ou então no planalto Iraniano, na Ásia central, e por isso apelidada raça indo-europeia.

Então questiona-se :
Quais porém, são as provas arqueológicas e epigráficas sólidas, cientificamente
incontestáveis em que se erguem semelhantes opiniões ?

O « Indo-europeu » é simplesmente um « Mito » inventado por alguns linguistas.
Tendo como ponto de partida as semelhanças entre as línguas europeias e asiáticas, cedo se passou para a certeza de que haveria uma « Língua - Mãe » e, consequentemente, um povo que teria falado.
Assim foram lançadas as bases para a construção do « Mito » indo-europeu, mas simplesmente, o « Mito » tem « pés de barro » e nenhum facto cientifico até à data permite afirmar com certeza absoluta a existência de um povo indo-europeu, que seja a origem de outros. Todavia pode-se provar com factos arqueológicos e epigráficos existentes, que a emigração dos povos, partiram do ocidente europeu para o oriente até à Ásia Maior. Esse povo que afirmam ter existido no Cáucaso ou noutra área da Ásia, foram os Konii ibéricos da época Megalítica.

2º ) Na época da Idade do Ferro, o primeiro reino deste povo situava-se no Alentejo e Algarve. Mas todavia chegou a existir emigrações de povoamento « Koniense » desde o Algarve à Galiza. Mas fora na província actual do Algarve onde existira as cidades reais, tais como: a «Amtorgis »( Cidade Real Mãe ), que provavelmente teria sido na grande Ilha « Acaali »( Akalli ) situada no rio Ana (Guadiana). É também talvez muito provável que o nome dessa ilha esteja ligado ao de « Kallirhõe » mãe do Rey Geryon, e esposa de Khrysaor o homem da « Falkata de Ouro ».

Teria sido a Ilha de « Akalli » a verdadeira Ilha de « Thartessus » ?

Ora vejamos o que diz G. Moreno no seu livro « La Escritura Bástulo-Turdetana ».

Pág. 11 – Aparte consta que en el confín occidental europeo, sobre el Cabo San Vicente, habitaban los Kinetes ( Kunetis ) o Cúneos, com su ciudad Conistorgis, nombre cuya desinencia repiten las Isturgi eIliturgi de
Jaén.Verosímiemente, este nombre de Kinetis fué el gentilico de los Argários , y aún es posible que en lo Gimnetes, citados en lo límite opuesto de los Túrdulos sobre el Júcar, pudiera verse uma helenización del mismo nombre. Avanzando más la fábula griega, exaltó a Gárgoris, civilizador de los Kinetes, y a su hijo Habides, fundador de ciudades.

O nome Kinetes é uma evolução de Kynites ( Kunetis ), denominação grega dos Konitis ( Konii ). Ao se falar de « Gárgoris Civilizador dos konitis » e de seu filho « Habides » fundador de cidades, se está a referir à « terceira época da geração » dos Konii maisjovens, apelidados de Konitis; época de grandes construções de cidades e civilizações organizadas na Ibéria. Vejamos também o que nos diz Adolf Schulten no seu livro « Os Thartessus »

Eu descobri que o nome Arganth - onios, nome do mais conhecido Rey de Thartessus, se encontra no nome etrusco « Arcnti ». Isto me fazia supôr que os thartessus procedia de esfera etrusca.

O nosso ilustre Schulten desconhecia o que significava em termos linguisticos da língua Konii, o nome « Arcnti », que desdobra-se em duas partes « Ar + cnti ». « Ar » é abreviação de « Areti = Terra » e « Cnti » é por sua vez a abreviação de « Conti » o que significa: « Terra de Conti » ( Conitis ). Os Konii na Etruria, fundaram cidades, entre elas uma há que ficou muito conhecida na época romana, denominada de « Kontenebra ». A Etruria pré-romana fora povoada por povo ibérico suas necrópoles são do mesmo estilo de arquitectura das que se encontram em Portugal, tomemos por exemplo a de Cerveteri em confronte com a de Alcalar – Portimão, e veremos obras de um mesmo povo, mas, sendo esta última mais rudimentar, portanto mais primitiva.

Analisemos também o que diz Rufus Festus Avienus na sua « Ora Marítima » sobre a localização dos Thartessus.

Hiberia, 223 O Reino dos Thartessus se estendia pelo ocidente até ao Anas (Guadiana).

É pois sabido que a Ilha Akalli, ficava no rio Guadiana, dentro da área thartéssica, e questiona-se não poderá ser esta, a verdadeira ilha de Thartessus ? como também o rio Guadiana não poderá ser, o primitivo rio Bétis que rodeava a área geográfica ocidental da Bética ( Baetica ) ?

É que normalmente nomes de lugares, cidades e rios primitivos, eram dados a novas terras, pelos povos que emigravam, em lembrança dos lugares aonde anteriormente teriam habitado. Os nomes desses últimos lugares, eram tomados posteriormente pelos historiadores, como sendo os originais.

Analisemos em seguida dados de relevo dos Konii, com os de Thartessus.

1º - A « Kalli » pode ser a abreviação de « Kallirhõe » esposa de « Khrysaor »
o « Homem da Falcata de Ouro » pai do « Rey Geryon ».
2º - Temos a cidade Konii « Erisana » no Alentejo ou Algarve, que significa:
« A Filha de Eri » ou seja a «A Filha de Erithia» neta do « Rey Geryon ».
3º - Temos também o nome « Ana » determinativo da cidade « Eris- ana » o que
faz prova que esta cidade tenha existido junto à margem do actual rio Uadi ( rio ) + Ana > Guadiana.

4º - A Ilha de « Akalli », fora o berço de alguns « reis Koniis ».
5º - No Arco de Medinaceli – Segovia, ao norte de Madrid, tem uma inscrição de um nome em caracteres Konii do sudoeste, que diz : « Erithi » que é o primitivo nome de « Erithia » que evoluiu para « Eritheia ».
6º - As fontes que se vale Pomponio Mela, situa a « Ilha de Eritheia » não em « Cádiz » mas sim na «Lusitânia Romana» ao sul de Portugal pertença da Comarca de Niebla – Huelva.
7º - A língua e escrita grafadas nas Estelas do sudoeste, chamada de Thartéssica, pertencem ao Povo Konii, as quais estão identificadas com o nome deste povo, nas suas inscrições.
8º - Não há registo nos monumentos epigráficos funerários, na numismática ou, em qualquer outro documento ibérico, que faça alguma menção histórica, relativo ao Povo Thartesso, em qualquer outra parte da Hispania.
O que se presumo que os Thartessus teriam sido um ramo genealógico, ou ou seja um Clã – Família - Tribo sanguínea dos Konii.

A Ilha de « Akalli », actualmente desaparecida de sua forma original, é a área onde está situada Alcoutim, ( Konti`m = Konitim ) > Continium > Al-Coutinium > Alcoutim. Essa ilha real pelo que se sabe por enquanto, teria sido o berço de dois ilustres Koniis, o « Rey Laethi », e o « Rey Niro », que foram sepultados na área de Machial > Maxial > Ameixial, que significa: « Monte abundante de plantas e arbustos silvestres ».

A « Cidade Real Konistorgis » situava-se junto à margem do « Rio Cuneo » de onde toma seu nome o « Cabo Cuneus » ( em latim ); pois era a partir desse « Cabo » por rio acima chegava-se à « Capital do reino Konii ». Na época romana, alguns oficiais desse império, fazia sua estadia nesta capital, temos conhecimento dessas presenças até ao ano 79. A partir dessa data, deixou-se de ouvir o nome desta nobre cidade, e dentro da área em questão só conhecemos a cidade Ossonoba. O desaparecimento do nome da cidade real, se presumo, que os romanos o transferiram, para perto de Niebla, onde fundaram, a « Aldeia Romana Conistorgis » no sitio de« Trigueros – Huelva ».A razão desta transferencia do nome, se deve ao facto de os romanos quererem denominar todo o território actual português de« Lusitânia Romana »,mas impedia-os o nome Conistorgis como sinónimo do Reino Konii, existindo assim uma divisão entre o sul e norte de Portugal. Todavia o nome alterado deste Povo Konii, se mantivera no latim, como Cinetes e Cineticum ( Algarve ) que os romanos receberam dos gregos de Kynetis ( Kunetis ), deturpação de Konitis.

Devemos também considerar algumas aldeias primitivas Konienses, tais como: «Seda» (Alentejo), nome dado a « Aliseda » Espanha; « Ator de Hator » actual « Tor », Algarve. « Aitor », segundo a lenda dos Vascos, teria sido « O Progenitor do Povo Vaskone » ( Vascones ); « Saiti » ( Monchique ), está gravado num « Heroun » desta região; o nome se encontra em « Saiti » cidade ibérica de Espanha, sua variante é « Saetabis » de ( Játiva – Valência ); « Salir » ( Prata ), Algarve – este nome também se encontra em « Iltirta Salir Ban », Lérida – Espanha. Outras povoações habitadas tais como: Bensafrim, Ourique, Castro Verde, etc.etc..

3º ) – Na Terceira Época, este povo são denominados de Konitis (Konti), como sendo a « geração dos Konii mais novos »; já construtores de grandes cidades, áreas urbanizadas, e também povoadores de terras, no interior e exterior da Ibéria. Eles povoaram toda a costa atlântica e mediterrânea da Ibéria, fundaram reinos,
como a Kontestânia ( Terra de Konites ), que abrangia a área das actuais províncias de Valência, Alicante, Murcia e Albacete. A capital de Kontestânia era Kontesta, na área de Alicante.
Actualmente se conhecem muito das suas aldeias como: Alona (Guadamar); Aspe (Alicante ); Dianium ou Denia ( Alicante ); Dicias ( Elche ); Lucentum ( Alicante ); Saetabis ( Játiva –Valencia ); Ilorci ( Lorca-Murcia ).

As descobertas arqueológicas de esculturas ibéricas, tais como a chamada Dama de Elche ou ( Raínha da Kontestania ), são de origem konii, descendentes do Povo Konti ( Koniti ), não eram Thartéssicas.
Outros povos como os Vaccus, eram clãs do Sudoeste, ramais genealógicos, que situavam-se entre os rios Esla e Cea. Era sua capital a « Cidade Real Akontia » ( A Konitia ) que mais tarde nas terceiras guerras Célticas passou a «Numancia».
As guerras de «Numancia» tiveram começo, quanto prestaram auxilio a outros povos, em especial aos « Lusitanos de Viriato ». Outra grande cidade Konii em Espanha, chamada erradamente de céltica, foi Konterbia ou Kontyrbia ( Urbia Koniti ).
Caso curioso é que a palavra « Saiti » de Monchique e « Saiti » de Játiva – Valencia, que se tornou um nome, fora provavelmente dado pelos koniis ibérios à área egípcia de « Saitic » ( Saitis ), que a cidade cujo o diminutivo era « Sais » terra do Faraó « Amasis ou Amosis II » rei da XXVI ª Dinastia do ano 569 A.C.. Era nesta cidade « Sais » ( Sâ El-Hagar ) que existia o « Templo da Deusa Neith » padroeira dos gregos com o nome de « Athenas ». Fora nesse «Templo» que o sábio « Solon » ouviu dos sacerdotes a lenda do « Império dos Atlântidas ».Este « Solon » contara essa lenda a « Dropides », que passara a « Kritias » que por sua vez contara a « Ariston » pai de « Platão » que viveu no ano 428 a 347 A.C.. Depois « Platão » contou esta lenda a
« Sócrates » e ficou narrada nos « Diálogos de Platão » em « Timaios e Kritias ».

Por isso não é de admirar que algumas sepulturas dos Konii e da Ibéria, se encontraram artefactos egípcios, como na necrópole de Mealha Nova fora descoberto um escaravelho ( que terá sido feito em Naucrátis, no Delta do Nilo ) onde está gravado o nome do Faraó Pedubaste ( 817 – 763 A.C. ) fundador da XXIII dinastia que reinou em Tanis. Na herdade do Gaio ( Sines ) numa sepultura entre diverso espólio arqueológico se descobriu, também um escaravelho de faiança engastado em um aro rotativo de prata, com o selo real do Faraó Thutmosis III. Existira no Egyptus uma cidade muito antiga chamada « Konaissé » ( Konayesseh ) que ficava na rota de « Mehallet » junto ao caminho de « Tanta–Mansoura-Damiette » no Delta. O nome Konai é um variante de Konii, e se encontra gravado na Estela de Bensafrim ( depositada no Museu de Arqueologia de Belém - Lisboa ). Outra descoberta de grande relevo no Egyptus, foi o facto de que em 1890, o arqueólogo inglês Sir William Flinders Petrie (1853-1942 ), ao fazer pesquisas num local entre as ruínas de antigas cidades egípcias, descobriu em fragmentos de pedra, signos gravados da família dos caracteres peninsulares ibéricos que datam à volta de 3.000 a 1.200 A.C., considerados anteriores aos hieroglíficos. Mais alguns exemplares destes caracteres estão dispersos desde a Ibéria até à Ásia frequentemente no Período Neolítico.

Sobre a questão da Língua Portuguesa, ser ou não originária do Latim Romano.

As dominações estrangeiras não alteraram essencialmente as formas da Língua Portuguesa. Não as alterou o domínio romano, apesar do império ter imposto na Península o uso do latim, porque o idioma latino é fundado nas bases de uma língua comum, pelo que a ignorância do passado supõe ser a Língua Portuguesa filha da latina. Este facto explica lucidamente o motivo, porque as bases do latim, são no grosso, as mesmas que as do Português e Espanhol e das outras línguas congéneres. O latim foi um idioma criado pelos romanos na base do peninsular, o qual viveu e morreu com o império deles, porque instituído em língua declinável ou de terminações variáveis e variadas num mesmo nome, estava em conflito com a índole e sistema da língua originária. Dissemos que o latim foi criado pelos romanos, mas o verdadeiro fundador deste idioma foi « Ennio », grego de nascimento. Este grego, nascido a 239 A.C., escreveu um poema em latim tão bárbaro, e incorrecto, que os romanos da literatura áurea lhe chamaram “ Estrumeira “; todavia à “ Estrumeira “ de « Ennio » iam buscar pérolas « Cícero » e o próprio « Vergilio ».

Porque teve tão longa duração o latim em Hispania ?

Este facto foi uma consequência inevitável do grande e largo predomínio intelectual, moral e político da igreja romana na Península; a língua do clero era a latina; caída totalmente a instrução nas mãos do clero católico, o abecedário latino conseguiu impor-se esquecendo o alfabeto Konii. As línguas portuguesa e espanhola são originárias da Península Ibérica, e não derivadas do latim.
Quando os cartagineses invadiram a Península antes da presença dos romanos na Ibéria, os habitantes da cidade de « Sagunto » enviaram delegados a « Roma » para conseguirem que os romanos com forças militares os viessem ajudar a expulsar a gente púnica. Os ibérios faziam as suas exposições verbais no seio do senado romano e eram entendidos; não havia portanto luminosos pontes de harmonia e de contacto entre a língua dos romanos e a dos espanhóis ? se os havia ( e são inegáveis ) como são pois, as línguas portuguesa e espanhola filhas da latina ?

As Línguas Ocidentais e o Latim

Segundo de acordo com a « Cronologia » de Marco Terencio Varrão ( o mais sábio dos romanos ), situa a fundação de Roma, em 21 de abril do ano 753 A. C. e que «Rómulo» reinou de 753 –717 A.C. (The Origins of Rome, Londres 1958 - Raymond Bloch).

É sabido que os romanos tiveram sua presença na « Península Ibérica », somente a partir do terceiro século antes de Cristo. Assim sendo tal facto, os « Herouns » estelas funerárias do Sudoeste Ibérico, da actual área do sul de Portugal, são pré-romanas, e acontece que elas contêm nas suas inscrições lapidares termos linguisticos similares ao latim, mas, são de língua nativa peninsular, pois que estas inscrições, reconhecidas cientificamente, datam da época proto-histórica, antes da fundação de Roma.

O sábio Ampére, na sua“ Histoire Romaine à Rome “também sustentou que o ibérico, fora a língua pré - ariana do Latim.

Fundar com a Cidade de Roma a 753 A.C. a língua e escrita dos povos Ocidentais, não passa de uma ingenuidade e ilusão irrisória, esmagada pelos factos arqueológicos epigráficos dos monumentos funerários ibéricos.

Os que não compreendem a origem e os elementos formativos da Língua portuguesa, remetem para o latim, quem os pretende saber; e assim as « Catacumbas de Roma » são um meio fácil dissimular a ignorância.

A Investigação e teorias acerca da Língua e Escrita Konii Ibérica.

No inicio do século XIX. O Marquês de Algorfa ( 1800 ), na sua opinião alega que o alfabeto fenício é a chave para a leitura dos epígrafes das moedas peninsulares. Também para Rodriguez de Berlanga ( 1884 ); Hubner ( 1893 ); Bahr ( 1948 ); Solá Solé ( 1968 ); entre outros, a escrita ibérica nasce da fenícia, opinião compartilhada, assim mesmo por Javier de Hoz, pois que, na pré-história do sul de nossa Península, apresenta na sua iconografia Rupestre, gravados e pintados nas paredes de160 grutas, os antecedentes dos caracteres alfabetiformes gravados nas Estelas do Sudoeste, e nas moedas ibéricas.

Todavia, os autores dessa falsa teoria, com os valores do alfabeto fenício, nunca conseguiram traduzir as inscrições ibéricas, isso é um facto!.. É normal hoje em dia, os epigrafistas espanhóis, que seguem a mesma linha de pensamento, de Don Manuel Gomes Moreno, o qual fora considerado pelos os ingleses em 1925, como o melhor tradutor do Ibérico. Assim, desse modo tais seguidores, querem conciliar as « inscrições konienses » com as mesmas equivalência iguais às do resto da Ibéria, como fizera Goméz Moreno, pois como sabemos o resultado é nulo. Outros há como o Dr. Jesús Rodriguez Ramos do Dpt. De Ciéncias de l`Antiguidade i de l`Edat Mitjana. U.A.B., que no seu trabalho que diz o seguinte:

Cuando se investiga una lengua de conservación epigráfrica cuya escritura puede transcribirse bien pero, cuya lengua es ininteligible, como es el caso del íbero, es lógica la búsqueda de regularidades morfológicas que denoten clases de palabras, es decir, el intentar identificar paradigmas gramaticales.




É evidente que qualquer código inventado por um autor, pode muito bem transliterar uma inscrição, mas todavia pode não ser compreendida, a menos que esteja correcta.
Há tradutores espanhóis que põem os caracteres dos textos ibéricos em letras latinas, e depois não sabem o que está escrito e, ficam na mesma como se nada tivessem traduzido !..
Assim muitas das traduções feitas por alguns espanhóis, não são traduções no sentido da palavra, mas sim, simples equivalência hipotética de letras latinas, em confronto com os caracteres ibérios. Pois esses investigadores, não apresentam nas suas transliterações epigráficas, um texto credível que possa ser lido e compreendido, com os significados das palavras desse mesmo texto. Temos a considerar que vocábulos proto-históricos da língua ibérica, alguns evoluíram, mas outros se mantiveram-se na mesma forma original que passaram desse modo á formação de novos idiomas que são actuais línguas, como dialectos e subdialectos ibéricos. Não podemos menosprezar os dialectos e subdialectos, pois eles fazem parte de toda a língua peninsular, são tão importantes como as línguas.
Quando existe uma língua materna primitiva, como o caso do ibérico, que era falada e escrita por todo o tronco comum das Famílias ( Clãs ), que habitaram a Península, teve que haver forçosamente passagem de língua e escrita, para a formação das chamadas línguas ibéricas, a partir de uma só raiz linguistica. Aconteceu que foi na Ibéria, é que se deu o nascer de novas línguas, porque a « Língua Ibéria », era nada mais a « Língua Adâmica »; denominada a « Mãe » a « Génesis » das línguas e escritas após o Dilúvio. Tal facto se dera na Ibéria, porque a nossa « Ibéria » é o verdadeiro Oriente do Eden ( Paraíso ) como se refere a Bíblia, e o Patriarca Noé viveu na nossa Ibéria; e os seus filhos que nasceram depois do Dilúvio, na Ibéria, são nativos da nossa Península e, não vieram de nenhum lado, eles nasceram em nossa Hispania Sagrada !...
A nossa língua e escrita, apesar de evoluções ou influências de outras, é nossa !.. é ibérica !.. e não veio de nenhum outro povo !..
As línguas dos outros povos foram formadas da raiz do Ibérico. A partir da « Hibéria » na « Época Neolítica », famílias numerosas se tornaram tribos, e emigraram para povoarem outras terras, onde edificaram cidades e fizeram novos reinos, e os povos desses reinos, em épocas posteriores mais tardias, vieram como estrangeiros à sua terra « Hibéria » (Mãe) dos seus antepassados. Os próprios Hibreos são descendentes de Hiberos, sua língua primitiva, com os valores originais de suas letras se encontra nas Estelas do Sudoeste. No Médio - Oriente fundaram a « Nova Hibéria » sua capital era Ebron, cidade muito antiga dos Hibreos, denominação essa em homenagem ao nosso Rio Ebro, que na evolução ortográfica passou a escrever-se de Hebron.Esta é a história do nosso Ilustre Povo Konii Ibérico cujo o seu e nosso Deus é « ELEL » que se encontra gravado nos Herouns ( Estelas ), e significa « El – Elohi » ( O Deus Homem ). O título do « Deus Hibérico », é
( O Deus do Começo ); hebraico ( Elohim ). Nome usado pelos « Filhos de Israel » até aprox. 1400 A.C., até que Moisés recebeu o nome do « Deus Mediador » no Sinai.

Voltando à nossa escrita ibérica; outros há, que fazendo fundo de todas as inscrições peninsulares, de diversas épocas e sem distinção, aventuram-se suas transliterações na base da «língua vasca», pois é seguir caminho errado !..
Don Manuel Gomes Moreno, professor catedrático de Espanha, foi o epigrafista que mais aproximou-se de maneira credível, com suas traduções aos vocábulos linguisticos da língua Konii, mas todavia erra em muitos valores de letras alfabetiformes, como também em vocábulos que são formados por duas ou três palavras abreviadas. Uma das incógnitas da linguistica ibérica é que uma palavra, pode corresponder a uma frase abreviada, em que partes de palavras estão omitidas, afim, dos textos das inscrições não serem muito extensos na gravação epigráfica. Isto não é tomado em conta pelos epigrafistas ibéricos, e provavelmente eles ainda não se aperceberam deste facto. Pois não se pode dar valores de equivalência iguais a todos os caracteres ibéricos, porque as inscrições nem todas são da mesma época, e ao longos dos séculos houve evoluções gráficas e também de valores de alguns caracteres, que a principio tinham um certo valor e depois passaram a outro.

No seu livro sobre a escrita « Bástulo - Turdetana » Don M. Gomes Moreno, emprega para todos os caracteres das diversas inscrições ibéricas, os mesmos valores, e desta forma não teve êxito nas traduções das inscrições do sudoeste português..

Outro tropeço para os investigadores, é as diversas denominações com que foram “ baptizados ” o povo Konii, ao longo dos séculos, por povos que tiveram sua presença na Península Ibérica.

As fontes antigas de informação de alguns autores gregos e romanos, ao escreverem com outras denominações o nome do « Povo konii » contribuíram para uma grande confusão histórica, que ainda continua nos dias actuais. Ou fora derivado à sua incapacidade de intenderem os nomes escritos em língua peninsular, ou para os adaptarem à suas línguas, o certo é que trouxe confusão.

No entanto vamos procurar desfazer tal confusão, a partir dos nomes originais konii, gravados nas Inscrições das Estelas Funerárias.

Original: Konii e Konti ( Koniti )
Grego: Kounéoi ( Konéoi ); Kunêsioi ( Kuneoi ); Kunetis ( Kynetis )
Latim: Kinetes ( Cinetes ); Kinetas ( Cinetas ); Kinetis ( Cinetis ); Cineticum
( Algarve )
Latim: Cuneo ( Cuneos ); Cuneu (Cuneus )

Outras variantes : Cónios, Conienses; Cenii, Cenis, etc. etc. etc..

Para melhor compreender a desvirtuação dos nomes originais, apresentamo-los ordenados:

Exemplo: Konii > Koniti ( Konti ) > Kunetis > Kynetis > Kinetes
Coniti ( Conti ) > Cunetis > Cynetis > Cinetes e Cineticum
Conii > Cónio > Cunes > Cuneo ( Cuneos ) > Cuneus

Existem alguns investigadores actuais, que tomando dos últimos nomes helenizados e latinizados de épocas tardias, procuram com argumentos quererem provar que foram os povos com nomes semelhantes de outras terras, que teriam vindo fixarem-se na Hispania, dando origem aos Ibérios; não tendo eles em mente, ou talvez não conhecendo, os nomes originais Konii, gravados como identificação deste povo, nas inscrições dos monumentos funerários, e na numismática peninsular.

Para esses investigadores, fazemos nossas as palavras, da Catedrática de Arqueologia da Universidade de Valência, Dra. Carmen Aranegui no seu Congresso de Espanha que afirma o seguinte:

Los Iberos no vinieron de ninguna parte. No llegaron, como algunos pensaron, de Asia o de Africa. Eran una grande etnia, uno solo pueblo dividida en pueblos, que habitaron la cuenca occidental del Mediterráneo en la antiguedad, en nuestra Península Iberica. No eran semitas, camitas o hititas.


O Povo Ibérico ( Konii ) nascera na « Península Ibérica » isso, é um facto da nossa história peninsular, relativo aos nossos ancestrais pré e proto-históricos de quem somos os representantes actuais, e que nos legaram as línguas que hoje falamos, o português e espanhol, apesar de estarem um pouco mescladas pelas influências linguísticas de outros povos que passaram pela nossa Península.

1 comentário:

Rogério Maciel disse...

Concordo plênamente Vizinha Coniense .Daqui fala um Luso-Galaico dos 5 costados .Sempre fômos vizinhos , companheiros na Paz e na Guerra contra os romanos .Quando encontrei o texto do Carlos Alberto Basílio Castelo, fiquei super-feliz .Mais um texto preciôso a juntar á Nossa Causa , a Causa de Portugal , nesta luta sem tréguas contra a mentira histórica , a alienação , a hipocrisia que grassa nêste últimos dias do Fim ... Só não concordo com uma coisa que disseste : «fazemos nossas as palavras, da Catedrática de Arqueologia da Universidade de Valência, Dra. Carmen Aranegui no seu Congresso de Espanha que afirma o seguinte:

Los Iberos no vinieron de ninguna parte. No llegaron, como algunos pensaron, de Asia o de Africa. Eran una grande etnia, uno solo pueblo dividida en pueblos, que habitaron la cuenca occidental del Mediterráneo en la antiguedad, en nuestra Península Iberica. No eran semitas, camitas o hititas.»
E não concordo pêlo seguinte . Repara que , como sempre os "españoles" nunca falam de Portugal .Ela não inclui a parte de Portugal e fala do "iberos"... ora nós de Portugal não somos nem nunca fômos iberos ... acredita que ela quando disse aquilo só olhava apara o sêu umbigo de "espanhola/ibera" . Repara que ela só fala da zona ocidental do mediterrânio .Estava-se pouco borrifando para o RESTO da Hispânia em que nunca conseguiram pôr o pé , e que somos nós ,os Portuguêses Lusitanos , Galaicos e Cónios atlânticos , Pelasgo-Atlantes , que são Matriz genética ancestral e cultural de Portugal.Com isto, não quero dizer que não Ame a Hispânia Sagrada , porque amo, mas a mentalidade Imperialista dos nuestros hermanos foi herdada do império Romano e , enquanto êles não mudarem essa mentalidade Iberista para Hispanista , a Hispânia terá que aguardar a sua Reunião ... Reunião Natural , mas com respeito por TÔDAS as Nações que a Formam , incluindo Castela .
Em primeiro lugar há que definir muito bem o que significa «Ibero» , como dizia o grande Agostinho da Silva . Para isso , nada melhor do que êste texto do mestre Pinharanda Gômes , que te envio e aguardo resposta .
Se quiseres o , mêu correio-e é o macieluxcitania@yahoo.ca Aqui vai o linque e parte do texto ( o resto lês no blogue): http://ibericos.wordpress.com/2008/05/26/pinharanda-gomes-a-patrologia-lusitana/

« Pinharanda Gomes: “A patrologia lusitana”



¶ A Lusitânia não é Ibéria, a Ibéria não é Lusitânia. Comete erro de juízo‘ de facto e de valor, a corrente histórica e política que força a realidade até ser capaz de meter a Lusitânia na União Ibérica, por não compreender que não há recta União Ibérica, mas correcta União Hispânica. Na União Hispânica cabem Lusitânia e Ibéria, enquanto na União Ibérica só cabem os povos iberos, ou da Ibéria. A tese iberista releva do projecto de sujeição da vertente atlântica à vertente mediterrânica e, por via dela, da sujeição dos povos da periferia ao centro impulsor do iberismo. A União Ibérica, tornada doce paliativo, é na ordem política o projecto anti-autonomista do Duque de Olivares: Braga dominada por Toledo.

¶ A Hispânia tem quatro vertentes: a vertente atlântico-cantábrica, especiosa, ainda que aparentada com a vertente pirenaica e com a vertente lusitana; a vertente mediterrânica (ibérica); a vertente pirenaica, com Aragão, e que por si mesmo é também específica; e a vertente lusitano-atlântica, em que amplamente se insere a galega ou galaica. É supérfluo considerar as vertentes pirenaica e cantábrica, porque a díade dualista se põe somente quanto às vertentes ibérica e lusitana. Os geógrafos que vieram de fora nunca se enganaram e, por isso, jamais confundiram Lusitânia e Ibéria. A Lusitânia é a vertente atlântica – “Lusitânia… que mare Atlanticum spectat” 7, enquanto a Ibéria é a região do Ebro, que o Mediterrâneo contempla. Em sentido figurado, diríamos que a Ibéria olha para Oriente, enquanto a Lusitânia olha para onde o mar começa e a terra se acaba, por repouso do Sol ocitânico.

Cumprimentos da Lusitânia para a Cónia