quarta-feira, novembro 14, 2007

Receitas Tradicionais do Algarve e Receitas das várias Aldeias Algarvias


Enchidos, Pão, Vinho, Licores e Aguardentes




Petiscos



Amêijoas na Cataplana




Azeitonas de Sal




Caracóis à Algarvia




Caracoletas à Bom Apetite




Choquinhos com Tinta à Joaquim Gomes




Conquilhas à Algarvia





Sopa de Peixe à Lagosteira




Sopas



Arjamolho




Creme de Camarão da Quarteira




Sopa de Cabeça de Peixe



Sopa de Cação
Sopa de Conquilhas
Sopa de Feijão Manteiga à Portimonense

Sopa de Lebre
Sopa de Lingueirão

Sopa de Pão com Tomate

Sopa de Peixe


Caldeiradas
Caldeirada à Algarvia


Raia e Lombinhos de Porco com Amêndoa


Peixes e Moluscos
Açorda à Algarvia
Amêijoas à Portimonense

Atum estufado à Algarvia

Bacalhau à Algarvia

Bacalhau Recheado à Algarvia

Bifes de Atum com Tomate

Bife de Atum

Cação de Bombordo
Carapaus Alimados
Caras de Bacalhau com Massa e Espinafres
Cataplana de Peixes Mistos à Algarvia
Feijoada de Choco
Feijoada de Marisco
Fritada Mista de Peixe c/ Arroz de Berbigão
e Salada de Tomate com Orégãos

Feijoada de Lingueirão

Filetes de Pescada à Monchique

Linguados à Algarvia
Lulas Cheias
Lulas Cheias à Monchique

Lulas com Ferrado à Algarvia

Massa de Lingueirão
Massada de Peixe
Ostras à Algarvia

Papas de Milho com Sardinhas

Pargo Escalfado com Ostras de Alvor
Pescada Assada à Algarvia

Polvo no Forno com Entrecosto
Postas de Cherne com Biqueirão
Salada Algarvia

Tamboril com Massa
Xarém (ou Xerém)



ARROZ: É cozinhado com diversos ingredientes, como polvo, berbigão ou o famoso arroz de lingueirão. Característico da região costeira.


Arroz
Arroz de Berbigão
Arroz de Castanha Pilada c/ Entremeada e Enchidos

Arroz de Choco

Arroz de Lingueirão
Arroz de Peixe
Arroz de Peixe à Algarvia

Arroz de Polvo

Arroz de Safio

Arroz de Tamboril
Arroz de Tamboril (2)
Arroz de Tamboril à Pescador


Aves e Caça
Cabidela de Galo à Portimonense
Cozido Misto de Aves
Dona Galinha foi à Praia
Galinha Cerejada à Loulé

Perdiz Estufada ou Perdiz a Vapor


Pratos Completos
Conserva de Cenouras à Algarvia
Cozido de Grão

Cozido de Repolho à Algarvia

Ervilhas à Portimonense

Favas à Algarvia

Feijão com Arroz
Feijão com Couve
Feijoada de Buzinas
Feijoada de Búzios

Favas com Peixe Frito
Fígado de Vitela à Algarvia

Jantar ou Cozido de Milhos


Carnes
Assadura à Monchique

Cabrito à Bicho
Carne de Porco com Amêijoas
Lombinhos de Porco c/ Conquilhas

O Barrocal veio à Praia

Perdiz com Amêijoas na Cataplana

Perna de Borrego no Tacho à Tavirense

Tacho Forte e Feio



Doces de Colher


Ovos Moles




Pudim de Água




Pudim de Laranja




Bolo de Amêndoa e Bolo de Alfarroba


Bolos Grandes
Bolo Amendoado
Bolo de Amêndoa com Chocolate

Bolo de Chila

Bolo de Mel à Moda de Sagres

Bolo Delícia do Algarve

Bolo Mimoso

Florados de Lagoa



Morgado de Amêndoas
Morgado de Figo

Morgado de Figo (2)

Morgado de Silves

Queijo de Figo



Dom Rodrigo, Torta de Alfarroba,
Bolo de Figo e Amêndoa


Bolos Pequenos
Beijinhos de Amêndoa
Dom Rodrigos

Figos de Amêndoa e Chocolate
Massa de Doce Regional ou Massa de Amêndoa
Merengues
Morgados

Queijinhos de Amêndoas

Doce Fino do Algarve e Bolos de Amêndoa


Diversos
Doce de Abóbora Chila
Filhós

Figos Cheios

Fios de Ovos


Doces - abóboda, limão, abóboda com amêndoa, laranja...



fonte:
Editorial Verbo
Câmara Municipal de Portimão

Região de Turismo do Algarve

gastronomias.com
Confraria dos Gastrónomos do Algarve










Receitas recolhidas em Algoz - Concelho de Silves(clicar)
Tiborna
Polvinho com Azeite
Sopa de Beldroegas
Sopas de Lebre
Arjamolho
Milhos com Carne de Porco
Migas de Alho
Doce de Ovos de Silves
Queijinhos de Amêndoa

Receitas Recolhidas em Aljezur - Concelho de Aljezur
Mexilhão à Aljezurense
Sopa de Peixe da Costa Vicentina com Massa
Couvada com Batata-doce
Bolo de Batata-doce

Receitas Recolhidas de Budens - Concelho de Vila do Bispo
Sardinhas Albardadas
Carapaus Alimados
Tiras de Febra Fritas
Papas de Caldo de Peixe
Milho com Morcela
Pudim Caseiro

Receitas Recolhidas em Cacela Velha - Concelho de Tavira
Ostras na Brasa
Sopa de Tomate
Papas de Milho com Presinhas de Porco

Receitas Recolhidas de Cachopo - Concelho de Tavira
Sopa de Vagens
Jantar de Grão
Cozinha de Batata
Bolo Fresco de Mel

Receitas Recolhidas de Estoi - Concelho de Faro
Caracóis à Algarvia
Sopa Montanheira
Chícharos de Estoi
Bolo de Nozes de Milréu ou Bolo Palácio de Estoi

Receitas Recolhidas em Monchique - Concelho de Monchique
Tiborna
Sopa de Feijão
Feijão com Batatas
Farófias

Receitas Recolhidas em Odeleite - Concelho de Castro Marim
Sopa de Fedeus de Odeleite
Açorda de Galinha
Creme Leve de Odeleite

Receitas Recolhidas em Querença - Concelho de Loulé
Salada de Cenoura
Sopas de Pão Caseiro Rijo com Bacalhau e Poejos
Jantar de Lentilhas
Xeringos

Receitas Recolhidas em Vaqueiros - Concelho de Alcoutim
Peixinhos da Horta
Sopa de Beldroegas
Coelho Bravo à Moda do Campo
Filhós de Canudo


fonte: Festa da Gastronomia e das Receitas Típicas das Aldeias do Algarve - CCDR Algarve



[Vídeo] O Algarve em Lisboa




domingo, novembro 11, 2007

Portimão: A tradição está de volta com a Feira de S. Martinho





Com os seus carrocéis, diversões que abanam, sacodem, levam até ao alto, deixam cair, comboios fantasma, carrinhos de choque, a feira de S. Martinho é uma tradição que se mantém, há centenas de anos, em Portimão.





Logo à entrada, os visitantes são saudados com o cheiro da castanha e do polvo assados, que os vendedores vão preparando nos fogareiros de carvão.





Mais à frente, alinham-se as barracas de farturas, churros e malacuecos, uma tradição das feiras portuguesas. O colesterol fica esquecido, quando se dá uma trincadela numa fartura quentinha.




Pelo meio, vende-se balões, algodão doce, pipocas. Lá ao fundo, pode comer-se uma bifana ou um cachorro, tudo bem regado por uma mini. Ou frango assado e pão com chouriço.





Quando chega a altura de escolher as diversões, há-as para todos os gostos...e estômagos. Enquanto uns ganham coragem, cá em baixo, vendo como aquilo funciona, outros andam lá em cima, a ser sacudidos e abanados, gritando de medo e prazer.



Nas tendas gigantes, já não com aquele desalinho das feiras de outrora, perfilam-se os vendedores de roupas, calçado, utilidades para a casa, brinquedos, mas também de coisas mais sofisticadas e antes bem longe das feiras tradicionais, como as poltronas reclináveis que curam todas as maleitas das costas.


Pelo meio das luzes vibrantes e coloridas, da música em altos berros, do fumo das castanhas, dos pregões de alguns vendedores, reencontram-se velhos amigos.

É assim que, até 18 de Novembro, Portimão cumpre a tradição e festeja o São Martinho com a tradicional feira que remonta a 1662, e que promete animar a cidade durante 10 dias.


Hoje é 11 de Novembro, Dia de S. Martinho, dia grande da feira de Portimão. Famílias inteiras e grupos de amigos, alguns vindos das localidades vizinhas e da Serra de Monchique, vêm até Portimão, para cumprir este ritual anual.
A feira mantém-se no Parque de Feiras e Exposições de Portimão até ao próximo dia 18.


A Feira de São Martinho funciona todos os dias das 10h00 às 24h00, com excepção do último dia em que encerra às 23h00.



sábado, novembro 10, 2007

«Passeio TT Serra de Monchique Rota da Castanha» foi um êxito


207 equipas, distribuídas em 150 automóveis todo-o-terreno e 57 motos, num total de cerca de 400 participantes vindos de todo o país, participaram no fim de semana de 1 de Novembro na quarta edição do «Passeio TT Serra de Monchique – Rota da Castanha», evento organizado pelo Monchique Montanha Clube (MMC).
Este ano, o passeio contou até com a participação entusiasta de um grupo de ingleses, que, segundo Rui André, responsável pela organização do passeio TT, «fizeram propositadamente a viagem do seu país para participar neste evento, prometendo o regresso já na próxima edição».




É que esta Rota da Castanha, além de levar os participantes pelos montes, vales, ribeiras e barrancos da Serra de Monchique, permite ainda conhecer as gentes da serra, os seus saberes tradicionais, com especial destaque para a gastronomia local.

Desta vez, o destaque foi para a recuperação de alguns pratos à base da castanha, o precioso fruto que outrora tanto influenciou a gastronomia e economia locais, e que agora dá também nome a este evento.


Durante os dois dias do passeio, os participantes tiveram oportunidade de descobrir as que deixavam escapar, por entre montes e vales carregados de infindáveis tons de verde, as vistas sobre a costa algarvia, com especial destaque para o encerramento no alto das magníficas paisagens Fóia, a 900 metros de altitude.

A equipa do Monchique Montanha Clube já está a preparar o próximo passeio, pois considera que esta é «uma forma salutar e eficaz de combater o abandono do interior, com a promoção daquilo que este tem de mais genuíno e belo, através do contacto com as suas populações».


Fonte



São iniciativas como esta, que nos dão ânimo para continuar a nossa luta pela preservação do que é nosso, que é único e inigualável.
As Tradições, sejam elas Algarvias, Alentejanas, Ribatejanas, Beirãs, Minhotas, Nortenhas, etc., têm de ser lembradas e sempre festejadas, para que a memória dos nossos ancestrais não desapareça, para que a nossa herança esteja verdadeiramente viva!

Viva as Nossas Tradições!
Viva à Nossa Cultura!
Viva à Nossa Nação!


sexta-feira, novembro 09, 2007

O Magusto de Marmelete (Monchique - Algarve) - 1 de Novembro

Em Marmelete, fez-se um magusto que foi uma classe...

Dia de tôd's santos, é certo e sabido, há magusto im Marmelete e no Alferce. Vai daí, um homem tem que se resolver a qual é qu' há-de ir. C'm' ê cá já l'es tinha dito, sã os dôs no mémo dia, à méme hora...

Isto é um caso que tem que se l'e diga, qu' ê cá gosto munto tanto d' ir a um lado c'm' ô ôtro e nã quero que nenhuns cudem qu' ê me barimbí neles.

Isto dos dôs magustos serem no méme dia nã sê s' é bom se nã é. P'ra mim, nã é, qu' ê nã dô ido ôs dôs - e bem que gostava - c'm' alguns qu' apr'vêtam num lado e nôtro.

Más ê nã tenho nada que me meter nisso. Cada qual faz q'ondo munto bem intende e quem vai, vai, quem nã vai, nã vai, e nã se fala mái no caso.

De manêras que, peguí im mim e fui ô de Marmelete, que me 'tava um coisinho mái à mão, e nã f'quí repeso qu' ajuntô-se lá uma bela joldra d' amig's que foi uma festa. Uns que s' ia logo juntos e ôtr's que par'ceram despôs.

E ia quái tudo bem aviado com umas belas garrafinhas de bobida, désna de jiropiga, passando p'r água-pé, bagacêra, vinho e, o que nã podia méme faltar, umas garrafinhas de madronho, do bom, bem agraduado, nã sabendo a fumo e, munto men's, com má-gosto a cabeçada, c'm' alguns qu', em calhando, há p'r 'í à venda im certos sitos.

Sim, que castanhas nã havia míngua de levar, qu' a Junta tinha lá uma remessa delas que dava p'a incher a barriga a um q'ôrtel da tropa... Nã nas p'sí, mái ele havia p'r lá quem d'zesse qu' aquilo era coisa p'a mái de s'ssenta, setenta arrobas delas. Tudo p'ra más e nada p'ra menes.


P' ô magusto de Marmelete, ajuntô-se uma joldra d' amig's, tudo bem aprecatado de bobidas!...

Q'ondo lá chiguí, inda me vê' à idéa qu' o tempo, enfarruscado c'm' 'tava, saria d' adregue nã dêtar alguma g'tinha d' água que desse cabo da festa. É qu' olhí ô astro e, béque-me, vi umas nuves bem munto carregadas a virem caminho da gente. Assim, além do lado d' Al'zur, qu' é um tempo que, uma vez p'r ôtra, tamém usa a dêtar umas pinguinhas.

E nã m' inganí p'r munto, qu' aquilo, méme à hora de se c'm'çar, inda quái que quis m'ter medo à famila. Mái foram só uns pingos, grados é verdade que se diga, mái compassados, qu' uns inda abriram os chapés-de-chuva - má's as m'lheres qu' ôs homens, p'r mode as permanentes qu' elas tinham fêto na béspra - e ôtros nem a isso se deram ô trabalho.

De manêras que, assim foi toda a tarde. Ora vinha uns pingos, ora aparava. E o pessoal a tiçar fogo às carquechas e a assar castanhas, que nenhum s' ia imbora...

A assar é c'm' quem diz... P' ali pôco mái que chamusgá-las, qu' inda as tôiças 'tava im chama já muntos deles se jogavam a tirar castanhas, as más das vezes, ataloadas, qu' aquilo, p'a d'zer a verdade, quái que nã tinha jêto nenhum. Mái c'm' é festa, nada se leva a mal.

Quem lá nã foi havera de ver. Aquilo até que dava festa. Assim qu' o assador punha o forcado de lado - ó méme entes disso - jogavam-se tôd's a esgravatar na cinza e nos cravõs à prègunta das castanhitas - ataloadas qu' elas t'vessem - uns puxavam-as com um pàzinho, qu' elas 'tavam a escaldar, ôtr's méme com a ponta dos dedos - tinham era qu' os sacudir de q'ondo em vez - e nã havia o pr'mêro qu' as c'messe logo ali.

Qual o quém!... Inchiam era cartuchos com elas, copos, sacos-plástico e tudo o que t'vessem à mão, entes qu' os ôtr's as arrabanhassem todas e eles f'cassem a l'e fazer cruzes. Aquilo era à rabanhita, a ver quem mái panhava... Despôs, logo tinham tempo das c'mer, inq'onto ôtro amigo, ó amiga, se désse ô trabalho de fazer mái um magusto no mémo sito.

E, já com vagar, lá iam emborcando mái uns calcesinhos dela e pintand'-se uns ôs ôtr's, que, a pásnas tantas, nã havia quem nã t'vesse todo tisnado, fosse adonde fosse.

Até cá o Parente foi bem crismado p'r umas moças qu' andavam lá, já com a pêa partida, p'r mode os calcesinhos de jiropiga qu' uns amig's trazeram lá de cimba das bandas da Serra da Estrela e davam a quem s' apròchigasse cá p' ô nosso lado.

Assim c'm' se jogavam às castanhas, tamém se pintavam uns ôs ôtr's... E nã era só homens qu' assavam castanhas, nã senhora...

E munto mái havia p'a l'es falar do magusto de Marmelete, mái isto, e despôs, torna-se grande de más e atão nã há nada c'm' arredondar o conto e nã nos impertenecer, que vomecêas têm mái que fazer do que perder tempo com-migo.

Mái, já agora, inda l'es falo das f'lhozes. É que tamém havia lá quim fazesse nelas, e bem fêtas. E tamém num pórco assado num espeto qu' uns amig's lá tinham qu' até fazia correr água da boca.

O caso é qu' ê cá, e muntos má's, tinha-se ido c'mer ô "Petrol", ali no Cor' d' Val, e eles tinham p'a lá uma côve com papada de pórco, ossos da espinha, morcela de farinha e ôt'as coisas iguás ó melhores, e aquilo foi incher a barriga até mái não.

Ora quem é que dava c'mido inda pórco assado e f'lhós... Má's a má's, com aquela grandessíss'ma catrèfada de castanhas ali à d'scrição e bobida que tamém nã faltava a qualquer um...

Na barreca das f'lhozes, inda me desafiaram p'a c'mer uma, inq'onto ê tirava retratos:

- Atã, ti Refóias, nã compra aqui uma mêa-dúiza de f'lhozes p'a si e p' à su Maria?

- Ó parenta, nã vê qu' ê nã tenho barriga p'a tanto?!... Se vomecêa c'messe, vá lá, àmetade das castanhas qu' ê já c'mi, logo via c'm' é 'tava impanzinada... E a minha Maria 'tá na méma, nã cude.

- Eh'q! Iss' é desculpa p'a nã ter que puxar da nota...

- Que jêto?!... Ê nã nas dô é c'mido, 'teja certa, senã logo via. E, inda p'r cima, tinha que me pôr aí à espera uma bela mêa hora atrás desse pessoal todo, que vomecêas nã dã àgu-ento a despachar a famila...

- E semp'e quero ver s', e despôs, arrenja algum retrato desses p' à gente...

- Olhe, minhas belas amigas, esta mánica nã é de mandar fazer os retratos lá naquela casa im Monchique. Isto tira-se daqui um cartanito, infia-se no comp'tador e vê-se tudo lá qu' é um incanto.

- 'Tá-se méme a ver...Vocêa nã quer é dar o retratos à gente...

- Pode-se fiar im mim qu' ê 'tô-le a falar verdade. E exp'r'mente a ir à internet daqui a dôs ó três dias que logo vê s' elas nã 'tã lá...

- Ê sê cá o qu' é qu' é isso d0 internet!...

- Atã peça ô sê neto qu' ele logo l' amostra. Aquilo é uma coisa que nã custa nada. Qualquer meçalho de cinco ó sês anos sabe ir lá ver tudo.

E, tã penas , lá me raspí de lá, qu' ê nã dava conta delas. Punhana, aquilo eram umas quatro ó cinco tudo a me dar réplas. Via-me ali em traquêtes p'a nã m' envergonhar...


O magusto de Marmelete nã era só castanhas. Tamém havia f'lhozes e pórco assado...

E com respêto ô magusto de Marmelete, 'tamos conversados. Nã se perde mái tempo, qu' ê, tã penas arrenje tempo, tenho ô'ta boa p'a l'es contar. Fui a Vila Nova, à fêra de S. Martinho, e voltí a pé p'ra casa.

S' haver quem quêra devassar mái uma mêa-dúiza de retratos, acalque aqui e vá lá ô magusto de Marmelete, que 'tã p'r lá más alguns.

Fiquem-se em paz e cudado com as r'bêradas d' água qu', isto, o tempo tem andado um coisinho variado.




terça-feira, novembro 06, 2007

O Megalitico: Menires do Algarve

Os menires do Algarve constituem um conjunto muito individualizado no contexto da Península Ibérica e não só: destacam-se, sobretudo, no que diz respeito à morfologia e à decoração dos monólitos, assim como ao contexto arqueológico em que a maioria se insere. Em termos regionais, os menires apresentam uma concentração marcada no extremo ocidental da província e uma rarefacção progressiva de ocidente para oriente. A matéria-prima (com apenas duas excepções - menos de 1%) é constituída por rochas sedimentares provenientes do substrato geológico regional: em primeiro lugar, o calcário, seguido pelo arenito, sendo que, muitas vezes, existe discordância entre a matéria-prima e o substrato local, implicando, por isso, algum esforço de transporte.








Os menires algarvios correspondem geralmente a formas subcónicas ou subcilíndricas, muitas vezes com a extremidade distal demarcada. A maioria dos monólitos parece ter sido objecto de afeiçoamento, operação relativamente facilitada pela escassa dureza do material.









Listagem (clicar para ter informação de trabalhos realizados)















Adreneira (3) (Vila do Bispo)



3 menires que terão integrado um cromeleque.



Dois deles apresentam uma forma subcónica e o restante sub- paralelepipédica. Datam do Neolítico final.



Junto aos Menires foram encontrados: um fragamento inerente a um dormente de uma mó, uma enxó e ainda indústria de sílex.







Afonso Vicente 1 (3) (Alcoutim)
Afonso Vicente 2 (4) (Alcoutim)







Alcalar 1 (Portimão)
Alcalar 4 (Portimão)



O sítio de Alcalar era, no III milénio a. C., um território de vastos recursos de subsistência que propiciou uma intensa ocupação humana, desenvolvendo-se vários povoados em torno deste “lugar central”. Os monumentos funerários megalíticos destas comunidades eram erigidos sobre pequenas elevações, apresentando várias soluções arquitectónicas, desde o “tholoi” com cripta rematada com falsa cúpula, passando pelos dólmenes, formados por monólitos de arenito, até um hipogeu escavado artificialmente na rocha, para enterramento colectivo.







Alfarrobeira (Silves)



Menir do período neolítico, convertido em estela decorada na idade do bronze. Apresenta forma subcilíndrica, com extremidades hemisféricas e mede 1,70 m de altura. Está adornado com elementos decorativos, dispostos verticalmente. Foi talhado em grés vermelho. Este menir encontra-se no Museu de Arqueologia de Silves.



O Monte de Alfarrobeira, convertido em estela decorada na idade do Bronze, e os do Cerro da Vilarinha, dos Gregórios e de Abutiais, que se encontram tombados.







Almarjão (2) (Silves)










Amantes I (17) (Vila do Bispo)
Amantes II (10) (Vila do Bispo)



Conjunto de 3 menires, talhados em calcário branco, com forma subcilíndrica e troncocónica. O Cromeleque dos Amantes situa-se a duzentos metros do casario do Monte dos Amantes, mais concretamente a 1,8 quilómetros de Vila do Bispo. Encontram-se vários menires que faziam parte de dois cromeleques, sendo o mais pequeno, e o melhor conservado, constituido por 7 menires em pedra calcária branca dispostos numa elipse com o eixo maior com 35 metros e o menor com 26 metros. Os menires do Cerro do Camacho são 5 menires de calcário branco com uma forma subcilíndrica ou ovóide, dispersos no terreno. Num destes é possível verificar várias inscrições, que segundo alguns arqueólogos, poderá tratar-se de um "marco de propriedade" , cuja cruz esculpida e os círculos em relevo são identificadores do proprietário, possivelmente uma ordem religiosa.



Situa-se, sensivelmente, a Sueste de Vila do Bispo e junto ao traçado da antiga Estrada Nacional n.º 268, entre Vila do Bispo e Sagres. É composto por exemplares bastante diversificados de Menires, boa parte deles decorados. A sua cronologia rondará os IV-III Milénios a.C.. Em período mais tardio foi edificada uma construção funerária para sepultamento colectivo.










Areia das Almas (11) (Lagoa)







Aspradantas (3) (Vila do Bispo)



O monumento existente, situa-se no cimo de uma cumeada com 95 m de altura, sobre a Ribeira de Vale Pocilgão, a cerca de 1 Km Nordeste de Hortas de Tabual, encontra-se um monólito, em calcário de cor branca, com forma subcilíndrica, medindo 2 metros.









Elevação debruçada sobre a Ribeira de Vale Barão. São visíveis à superfície abundantes vestígios de sílex. A elevação encontra-se cortada pela estrada que liga Barão de S. Miguel à EN 125. Junto encontra-se um fragemnto de calcário que pode ter pertencido a um menir.










Barradas (Vila do Bispo)







Bem Parece (Vila do Bispo)



O menir de Bem Parece constitui-se por uma pedra de grandes dimensões, de forma subcilindrica e cor branca. Mede cerca de 1,60 m de altura. Encontra-se actualmente tombado sobre o terreno.







Benagaia (Silves)



Menir de Benagaia, (com meio metro de altura) talhado em calcário. Bélito exposto no Museu Municipal de Arqueologia de Silves.







Bensafrim (Lagos)
Bensafrim: O povoamento do território que compreende a actual freguesia deu-se em tempos remotos, um facto comprovado pelos vestígios arqueológicos encontrados na freguesia, como é o caso de menires, bem desenvolvidos e de fácil reconhecimento e de uma necrópole da Idade do Ferro. Aqui foi confirmada a presença romana, pois nesta necrópole foram encontradas incineração pertencentes a este povo, de onde se retiraram fragmentos de cerâmica, pregos, armas e algumas peças de bronze do século I d. C.. O espólio da necrópole pré-romana incluía vasos cerâmicos, um anel de cobre, argolas de bronze, fuzilhões de fíbulas, pontas de lança em ferro, uma pequena argola de ouro, contas de vidro colorido e lajes funerárias com caracteres ibéricos.








Budens (Vila do Bispo)
Menir de Budens: Compõe-se por um monólito de talhado em calcário branco. Apresenta uma forma subcilindrica e 0,90 m de altura.





Caramujeira (26) (Lagoa)
Menires da Caramujeira: As 2 pedras identificadas a 15-11-1975 eram de facto parte de um menir fálico em calcário, decorado com 2 faixas ondulantes, cada uma formada por 4 cordões em relevo; - existem materiais liticos e cerâmicos in situ nos cortes da antiga exploração da saibreira; -existem outros 9 fragmentos de menires, um com decoração semelhante ao referido acima; -a cerca de 300 a sul, numa outra saibreira, foram encontrados mais 6 fragmentos de menires, alguns quase inteiros e 3 deles com decoração semelhante.





Carriços (5) (Vila do Bispo)
Menires dos Carriços: Localizam-se a cerca de 1 Km a NE da povoação da Figueira, mais concretamente nas encostas da Ribeira dos Carriços. Tratam-se de 5 menires, talhados em calcário de cor branca. Apresentam formas subcónicas e paralelepipédicas. Datam do Neolítico Final.





Casa do Francês (6) (Vila do Bispo) - Foto (aqui)
Menires da Casa do Francês: Trata-se de 6 menires, talhados em calcário, tendo um deles a glande fálica marcada por um cordão em relevo. O conjunto apresenta ainda uma laje decorada em forma sub-trapezoidal.





Castanheiro (4) (Lagos)








Cerro das Pedras (3) (Loulé)
O dólmen do Cerro das Pedras, o menir caído de Alagoas em pedra calcária trazida de longe, ambos nas proximidades de Salir, e as antas do Beringel e Pedra do Alagar (Ameixial) são vestígios que recuam até ao período megalítico.






Cerro do Camacho (5) (Vila do Bispo)
Os menires do Cerro do Camacho são 5 menires de calcário branco com uma forma subcilíndrica ou ovóide, dispersos no terreno. Num destes é possível verificar várias inscrições, que segundo alguns arqueólogos, poderá tratar-se de um "marco de propriedade" , cuja cruz esculpida e os círculos em relevo são identificadores do proprietário, possivelmente uma ordem religiosa.









Cruzinha (Portimão)




Cumeada (Silves)









Ferrel de Cima 1 (Lagos)


Figueira (8) (Vila do Bispo)

Menires da Figueira: Foram identificados um conjunto de oito menires em cálcário, parte deles decorados. O maior monumento deste conjunto encontra-se tombado e fragmentado junto ao vértice geodésico de Figueira, num cimo do cerro de 93m de altura, tendo outros dois sido recolhidos para Museus regionais.

Tratam-se de 8 menires, talhados em calcário branco, apresentando as seguintes formas: subcilíndrica, subcónica e paralelepipédica. Um dos menires encontra-se ornamentado com semi-elipses em torno de um cordão que envolve o volume distal.

Existem ainda 2 menires que apresentam ornamentação. Encontram-se decorados com cadeias de elipses, em relevo, unidas por um cordão longitudinal também em relevo.




Figueiral (8) (Lagos)
(*)





Gasga (6) (Vila do Bispo)

Menires da Gasga: Identificaram-se seis menires, talhados em calcário, com forma subcilindrica ou subcónica.

Situam-se numa elevação sobre a Ribeira da Serra Borges. Datam do Neolítico final (IV- III milénios A.C.).




Gregórios (Silves) - Fotos (aqui e aqui)

Menir dos Gregórios: Monumento do Neolítico final. Monólito de forma subelipsoidal, estreito, talhado em grés vermelho.

É um monumento monolítico de forma subelipsóidal. Tem uma largura muito reduzida, parecendo uma estrela e 2,35 metro de altura. Foi recentemente colocado na posição vertical. Existem mais dois menires que sofreram a mesma intervenção, o Menir da Velarinha e o Menir da Pedreirinha, que se encontram a cerca de 3Km do Menir do Gregórios, seguindo pelo cerro, em direcção a Nascente.



Guadalupe (Vila do Bispo)

Menir de grés, grosseiramente, desbastado. Comp. 167 Cm x larg. 98 cm. No terreno encontram-se vários restos de talhe de sílex à superfície.



Ingrina (3) (Vila do Bispo)

É constituida por 2 cistas, estruturadas por lajes de calcário. Junto a estas recolheram-se fragmentos de cerâmica inerentes a taças carenadas. Este monumento data da Idade do Bronze. Perto da necrópole encontram- se 3 menires.




Ladeiras (2) (Vila do Bispo)

Tratam-se de 2 menires, talhados em calcário branco, com forma subcilíndrica. Um mede apenas 0,47m e o outro 2,5m. Localizam-se num cerro sobre a Ribeira da Serra Borges



Lameira (Portimão)


Lombos (3) (Lagoa)
Menir de Lombos: Planalto de areias quaternárias com 89m de altura onde foram recolhidos artefactos de pedra lascada com talhe "tipo languedocense", cerâmica com decoração, artefactos de pedra polida e elementos de mó. Foram ainda descobertos nesta estação inédita, três bétilos em calcário de forma subcónica.


Maranhão Novo (Lagos)


Marmeleiros (3) (Vila do Bispo)


Marreiros I (3) (Vila do Bispo)
Menires dos Marreiros: Foram identificados dois agrupamentos diferentes de menires, sendo possível recolher, apenas próximo de um deles, vestígios de material em pedra polida. Todos os menires apresentam, a mesma forma subcilindrica e são de côr branca.


Marreiros II (4) (Vila do Bispo)
Tratam-se de 2 conjuntos de menires, talhados em calcário, apresentando cor branca e uma forma subcilindrica ou estelar. Localizam-se a 1250 m de Vila do Bispo , mais concretamente na margem esquerda da Ribeira de Vale Marreiros.


Milrei (21) (Vila do Bispo)
Menires de Milrei: Tratam-se de 21 menires talhados em calcário branco, cujas formas variam entre: subcónica, cilíndrica e paralelepipédica. As superfícies de alguns deles apresentam-se decoradas com covinhas e cordões de elipses. Datam do Neolítico Final.


Monte Alto (Lagos)
Sítio localizado por João Velhinho e David Calado. No local os autores recolheram um fragmento de cerâmica manual decorado com cordões plásticos e identificaram um menir prismático. Aquando da visita ao local foi observado o menir mas a vegetação não permitiu a detecção de materiais arqueológicos à superfície.



Monte Branco (Silves)









Monte de Roma (Silves)








Morgados (Vila do Bispo)
Menir de Morgados: Localiza-se próximo de Budens, mais concretamente ao Km 8 da EN 125. O monumento compõe-se por um fragmento, que contem o volume de um menir. É talhado em calcário, de cor branca e apresenta forma subcilindrica.




Odiáxere (Lagos)
Menir de Odiáxere, (O): Sítio localizado por J. Velhinho e David Calado, localiza-se no limiar da plataforma do interflúvio Bensafrim/Odiáxere. No local foi identificado um menir semelhante aos que surgem decorados, mas a superfície encontrava-se de tal forma erodida que não era possível o reconhecimento de eventuais símbolos. O menir foi destruído no decurso das obras de construção do IC4 - Lagos/Lagoa.




Padrão (15) (Vila do Bispo)
Menires do Padrão: Inventariação dos menires da área (10 monumentos). Escavação integral do menir 1 do Padrão, onde foi identificada uma estrutura de combustão em fossa com restos de moluscos associados e um pequeno empedrado anexo.O espólio encontrado remete para um horizonte integrável no Neolítico final- Calcolítico inicial. Realização de sondagem junto do menir 2 para comprovar que não se tratava de um afloramento rochoso, escavação junto daestela-menir 8 (raro monumento antropomórfico e aparentemente "in situ"
Para a sua datação são apontados os 4º/3º Milénios a.C.




Palmares (4) (Lagos)




Pedra Branca (Lagos)




Pedra Escorregadia (3) (Vila do Bispo)
Menires da Pedra Escorregadia: Menir 1- Parece ser o monólito a que corresponde aquele topónimo. Em calcário branco, subcilíndrico, com 2m de altura, mostra secção elíptica medindo os eixos ortogonais da sua maior secção 1,10m e 0,80m.Encontra-se tombado; Menir 2 -Muito fragmentado, encontra-se no topo do cerro; Menir 3 -Encontra-se a 10m do menir 2.È apenas a parte superior de um grande menir, de forma tronco-cónica, de calcário branco, com 1,5m de altura e secção elíptica cujos eixos maiores medem 0,95m e 0,80m.Encontra-se tombado.A cerca de meia altura mostra, incisa uma gravura muito fina em forma de elipse.




Pedra Moirinha (Portimão)
Sítio da Pedra Moirinha: Trata-se de um grande penedo de sienito nefelínico que foi arrastado da serra de Monchique e, se encontra agora assente sobre terrenos miocénicos. Não sendo de admitir o transporte por acção glaciária, o que está geologicamente comprovado, há que admitir a acção do homem pré-histórico e considerar a Pedra Moirinha como sendo um monumento megalítico, muito provavelmente um menir de características únicas no país.



Pedras Ruivas (Loulé)




Pedras Ruivas (Portimão)




Penedo Gordo (Silves)
Monumento de corredor médio, apresentando vestígios de mamoa. A câmara de nove esteios, tem planta poligonal alongada, com cerca de 3,30m de comprimento e 2,70m de largura.O corredor, com cerca de 3m, é formado por 4 esteios de cada lado.Não foi encontrado qualquer fragmento da tampa do dólmen.




Pinheiral (2) (Lagos)
Tipologicamente o povoado fortificado do Pinheiral integra-se no conjunto de povoados fortificados designados por "castros agrícolas", caracterizados pela sua instalação em colinas de baixa altitude, em zonas férteis e bem irrigadas de vale, apresentando geralmente uam única plataforma e priviligiando o talude e o fosso como sistema defensivo. Com base na cerâmica presente na bolsa e nas camadas que a cobriam podemos caracterizar cronológicamente, por comparação com cerâmicas presentes noutras estações, a última fase de ocupação do povoado - entre meados do séc. I a.C e meados do séc. I d.C.




Pontais (Silves)
Menir dos Gregórios ou Pedra dos Cucos: Monumento do Neolítico final. Monólito de forma subelipsoidal, estreito, talhado em grés vermelho. Encontra-se tombado.
É um monumento monolítico de forma subelipsóidal. Tem uma largura muito reduzida, parecendo uma estrela e 2,35 metro de altura. Foi recentemente colocado na posição vertical. Existem mais dois menires que sofreram a mesma intervenção, o Menir da Velarinha e o Menir da Pedreirinha, que se encontram a cerca de 3Km do Menir do Gregórios, seguindo pelo cerro, em direcção a Nascente.








Portela do Padrão (4) (Lagos)
Menires da Portela do Padrão: Perto do alinhamento dos quatro menires encontram-se outros pedaços de calcário, certamente provenientes de outros megálitos.




Quinta da Queimada (7) (Lagos)
A Quinta da Queimada é o melhor preservado povoado com menires actualmente conhecido em toda a Extremadura. Foi possível realizar uma série de datações OCR. os estratos foram datados cada 5 cm. Aguardam-se os resultados de outra datação paralela (OSL). Procederam-se a análises mineralógicas e petrográficas de cerâmicas e líticos. Foram determinadas as áreas de origem da matéria prima. Procedeu-se à reconstituição das séries de sedimentação junto ao menir 3, com base nas datações provisórias de OCR. Toda a evolução sedimentológica do sítio foi unificada entre o VI milénio a.C. e aproximadamente 6500 d.C. Verificou-se a existência de estruturas construídas e distribuição micro-espacial de elementos líticos.




Rocha (2) (Lagos)




Rocha Branca (Silves)




Rochedo (Lagos)
Apesar do menir se encontrar localizado perto do limite da propriedade, este não será afectado directa ou indirectamente pela exploração da pedreira.




S.Rafael (2) (Albufeira)




Sabrosa (4) (Lagos)




Salgadas (Lagos)
Sítio identificado por J. Velhinho e David Calado, caracterizado pela presença de fragmentos de machados mirenses e peças em sílex. Localiza-se numa vertente voltada a sul, nas imediações de uns barrancos perto do local onde se encontrava o menir das Salgadas.



Santo António (2) (Vila do Bispo)
Tratam-se de restos de menires, talhados em calcário branco, com forma subcilíndrica. Localizam-se a 4 Kms NE do Cabo de S. Vicente e a 500 m da Ermida de Santo António.


Santo António de Cima (Vila do Bispo)
Foram recolhidos à superfície do terreno, indústrias sobre seixos e sobre lascas.




Serra da Borges (4) (Vila do Bispo)
Menires da Serra da Borges: Elipses segmentadas cujo eixo maior é extremamente alongado




Torre (2) (Lagos)








Vale da Lama (Silves)




Vale de França (Portimão)
Conjunto de dois menires junto a uma estrada, no Vale de França. Um deles foi recentemente removido do local e reimplantado sem qualquer tipo de intervenção arqueológica.




Vale de Gato de Cima (3) (Vila do Bispo)
Menires de Vale de Gato de Cima: Situam-se a 3 Kms de Vila do Bispo, mais concretamente a cerca de 250m do Monte do Vale do Gato de Cima. Tratam- se de 3 menires, talhados em calcário, de cor branca. Datam do neolítico final (IV- III A.C.).
Recolheram-se á superfície do terreno, artefactos de tipo mirense, nomeadamente machaodos, raspadores e lascas.




Vale de Oiro (2) (Vila do Bispo)
Menires do Vale do Oiro: Tratam-se de 2 menires, localizados num cerrinho, a cerca de 250m SO do Km 5 da EN 125, a poente da povoação da Figueira. São talhados em cacário, de cor branca e apresentam uma forma subcilíndrica. Datam do Neolítico final.
Localização e identificação de dois monólitos , assentes obre xistos e grauvaques, tombados sobre o terreno.




Velarinha (Silves)
Existem mais dois menires que sofreram a mesma intervenção, o Menir da Velarinha e o Menir da Pedreirinha, que se encontram a cerca de 3Km do Menir do Gregórios, seguindo pelo cerro, em direcção a Nascente.






A decoração, pouco variada, mas muito frequente (mais de 50%) repete esquemas gráficos/simbólicos geométricos em que os menos originais serão certamente os conjuntos de linhas paralelas ondulantes, longitudinais, com diversas ressonâncias na arte megalítica atlântica (Bueno e Balbín, 1995). Na maior parte, trata-se de motivos geométricos, organizados quase sempre ao longo de linhas longitudinais, sem paralelos imediatos nos restantes sistemas iconográficos do megalitismo europeu (David Calado, 2000a). Muitos dos menires isolados e dos conjuntos de menires ocorrem associados a vestígios de habitat neolíticos - e, muitas vezes, também mesolíticos (Gomes, 1996; Bicho et al., 2000) - aspecto que, como referi, constitui um dos traços mais originais dos menires algarvios (David Calado, 2000a, b; David Calado et al., 2003)). Contrariando uma ideia feita, aparentemente válida em algumas áreas megalíticas peninsulares (Ruiz et al., 1993), os menires do Algarve ocidental concentram-se em territórios virtualmente vazios de megalitismo funerário. Em termos de dimensões, os menires algarvios são, à escala da Península Ibérica, de tamanho pequeno e médio, nenhum deles atingindo os 4 m de comprimento e com alguns de porte tão reduzido que poderiam talvez ser classificados como bétilos. Como é habitual com os restantes menires ibéricos, a maioria dos exemplares conhecidos no Algarve, encontra-se tombada (apenas cinco foram descobertos erectos). Para além disso, os conjuntos identificados, que correspondem a possíveis recintos, apresentam um tal grau de desarticulação que se torna impossível reconstituir a respectiva planta original. Efectivamente, mesmo nos sítios que foram objecto de escavações, não foi, até hoje, possível obter esse tipo de informação. Ainda por esclarecer de uma forma cabal, persiste a questão da relação funcional e cronológica entre os menires e os materiais que, norma geral, lhes estão espacial, ou mesmo estratigraficamente, associados. Para além desta associação recorrente, foram obtidas duas datações radiocarbónicas de uma lareira, junto ao menir do Pedrão, com valores calibrados da segunda metade do VI milénio a. C.. O escavador (Gomes, 1996) refere que "a camada arqueológica a que correspondia a ocupação datada pelo 14C cobria as fossas de implantação dos dois menires", o que implicaria alguma anterioridade do monumento em relação às datações obtidas e sugere um modelo para a relação entre os menires e os habitats.