sábado, dezembro 16, 2006

Religião do Individualismo | Natalidade, Aborto e Depressão, rumo ao Suicídio Assistido



O funesto conceito “individualismo” é um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a independência do indivíduo, puxada ao extremo, relativamente a um grupo; seja a família, a sociedade ou o Estado.

É um amor extremo à independência em todas as suas formas, onde predominam os direitos mas não os deveres. Pretende e apela à aniquilação do poder do Estado, o seu sonho é o fim de todos os Estados.

O individualismo visa opor-se a toda a forma de autoridade ou controle sobre os indivíduos; surge como antítese do colectivismo.


O individualismo confunde-se com o egoísmo, onde é prestado culto à negação do seu oposto altruísmo. Olhemos para algumas afirmações de homens sábios: Aristóteles, "O egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada paixão por nós próprios”. Natsume Soseki, "A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo". Alfred de Musset, "Vive mal quem só vive para si". Giacomo Leopardi, "O egoísmo foi sempre o mal da sociedade e quanto maior tanto pior é a condição da sociedade."


É possível mesmo assim o individualismo conviver dentro de certas organizações, desde que o indivíduo e a sua opinião sejam preponderantes, em ambiente recheado de anarquia. Esta religião da desunião tem uma origem que remonta aos escritos de Pierre-Joseph Proudhon e Max Stirner no século XIX.

O anarquismo individualista é uma proposta de associação libertária em relação à ordem estabelecida. Esta corrente anarquista pauta pela sua tese anti-autoridade, extremando a independência e a inviolabilidade do indivíduo humano a quem tudo é permitido fazer. Assim, o individualismo entende toda e qualquer ordem como forma de autoridade e de opressão, e isso significa, para as mentes perturbadas, restrições à existência do indivíduo pleno, onde sofre rudes coacções externas.

Neste sentido, vê criticamente qualquer forma de instituição social que restrinja a autodeterminação dos instintos mais primários dos indivíduos.Vivemos claramente numa sociedade altamente competitiva, de consumo, baseada num capitalismo cada vez mais selvagem, em visível retrocesso económico e espiritual, onde a família tem cada vez menos espaço vital, onde só consegue crescer o egoísmo do indivíduo isolado. O indivíduo que consegue destacar-se, não raro desonestamente, de toda a opressão camuflada imposta, tende a fortalece-la, transformando-se ele próprio, por sua vez, em opressor também.


Esta secular e perversa estrutura individualista reproduz-se como um cancro, despreza a ordem natural, as emoções, e os sentimentos das pessoas. Pretende-se acima de tudo, o "bem" para si próprio, seja lá por que meios, o que importa é quebrar os vários elos de ligação dentro das diferentes comunidades humanas. No contexto da vida humana e da sua razão com base no amor, este “bem” é o maior dos atentados à criação e à evolução do homem, pois o resultado será inevitavelmente a morte no isolamento e a não transmissão de quaisquer bens, sejam eles de ordem material ou moral/espiritual, às novas gerações.

Raramente o individualista pensa ou trabalha em prol da colectividade. Os indivíduos possuídos pois, por esta religião individualista, munidos de ódio ao mundo, procuram destruir tudo aquilo transpire uma gota de ordem.Esta forma aberrante e antinatural de interpretar a vida está a ganhar uma dimensão nunca imaginada, só compreensível num ambiente de alienação total face à realidade da vida, fruto de sucessivas campanhas, especialmente televisivas.

A expansão desta tenebrosa religião vem essencialmente do tempo dos hippies nos anos 60 e do seu movimento de contracultura assente em drogas como a marijuana, haxixe, e alucinogénios como o LSD.


Face à confusão generalizada em que o mundo Ocidental mergulhou, as pessoas procuram agora desesperadamente mas individualmente uma fuga à escravidão, à miséria, à loucura em que o século XX as enfiou. Na sua luta individual pela libertação, as pessoas esquecem-se de factores fundamentais, como o facto de haver muitíssima mais gente a sofrer do mesmo.

A acção colectiva seria muito mais eficaz para se sair da crise total e global, do que a tentativa solitária, pois esta só tem como fim, a penosa frustração e muitas vezes, o lamentável suicídio. Desde os tempos mais remotos que o homem sabe que para fazer frente a uma ameaça, o mecanismo mais eficaz é a actuação em conjunto, e este conjunto humano é tanto mais eficaz quanto maior a disciplina e a ordem estabelecida no seu núcleo. Para além desta loucura institucionalizada, pois esta religião é a nova religião instituída, há mais, e como consequência aumentam: o analfabetismo através do facilitismo, o clientelismo, o desemprego, as frustrações, a ignorância, a prostituição, a violência, a miséria, etc.

Um outro grave problema que resulta desta forma alienada de estar na vida é a infertilidade dos povos, que tem a médio prazo como consequência: a sua exterminação. A prová-lo, veio a publico a seguinte noticia, recentemente difundida num órgão de comunicação social:



«Portugal tem défice de 47 mil nascimentos/ano. O número de bebés tem vindo a diminuir nos últimos anos. Em Portugal nascem cada vez menos bebés. Contas feitas, estima-se que para uma renovação de gerações, ou seja, para que o número de partos fosse superior ao número de óbitos, seriam necessários mais 47 mil nascimentos por ano. Isto porque nas duas últimas décadas a quebra na natalidade fez com que ‘não nascessem’ 900 mil crianças. O presidente da APFN, Fernando Castro, explica: “Para haver uma renovação de gerações era necessário que nascesse uma média de 2,1 filhos por cada mulher. Para que isso acontecesse seriam necessários mais 47 mil nascimentos. Ora isso não acontece, porque a média de nascimentos por cada mulher é de apenas 1,4.”»



Para onde se volte o olhar, vemos o mesmo quadro negro. Nada de bom resulta do individualismo, e a sua avidez de consumo conduz à devastação do mundo, agride a natureza e agride-nos a nós mesmos. E não é só a sociedade humana a sua vítima. Ao agredirmos radicalmente outras formas de expressão da natureza, consumindo todos os seus recursos, estamos a precipitar o nosso fim.


Existe a religião cristã, a muçulmana, a judaica, a hindu, a budista... Há agora também, visível por todo o lado, a "Incrível Religião do Individualismo" que actualmente amontoa o maior número de seguidores jamais imaginado como possível! Os defensores da incrível religião individualista apresentam-se, de facto, nos seus discursos antinaturais como "defensores da livre-iniciativa". No ritualismo demente da Incrível Religião do Individualismo, o burguês médio acende uma vela para si mesmo e outra para o diabo.Aqueles que, contra a natureza, correm sozinhos procurando uma alienada liberdade, agridem de tal forma a sua própria alma que hoje precisam de um "médico de almas". A religião individualista apresenta, triunfante e orgulhosa, os novos sacerdotes: é o sociólogo, o psicólogo, o psicanalista, o psiquiatra, o psi… O poder individual exacerbado, encontra na sociedade moderna, sólido apoio nestas novíssimas ciências.


O ser humano natural, sepultado debaixo de grossas camadas de hipocrisia com que se protege do seu próprio medo e do ódio dos demais, é incapaz, oprimido que está, de gritar basta. Por trás deste fingimento de normalidade está uma criança inocente, boa, alegre mas muito assustada. O homem natural procura satisfações naturais para os anseios naturais.

O individualista sustenta-se no artificial, na aparência e no sonho da ilusão, na utopia.Como todas as religiões, o individualismo tem também os seus lugares de culto, os seus templos. As suas catedrais são pois: as enormes superfícies comerciais onde as pessoas não se olham nos olhos e visivelmente inquietas e perturbadas circulam apressadas. O auge dá-se quando fazem as suas compras supérfluas, isso fá-las sentir bem consigo mesmo, embora apenas temporariamente, tem um efeito libertador, é como se dessem uma esmola a um carenciado, só que aqui a esmola vai para o grande capital internacional sem rosto, sem moral.

Estes enormes centros do individualismo, ponto de encontro e convívio íntimo de todos os seus adeptos estão sempre na rota do programa de fim-de-semana. A criação ou o surgimento de uma cultura individualista é uma fantástica contradição, só admissível porque incrivelmente existe, é real.

Pior, hegemónica e universal! Urge superar a violência da hegemónica e antinatural religião-moda burgueso-individualista, e criar uma razão nova, fundada na união, no trabalho e na família, alicerçada num Estado forte. É imperativo e urgente o renascer de uma actuação colectiva perspectivando uma nova forma de convivência social que liberte os seres humanos do medo e da mentira, fundando novas formas de relacionamento que abalarão até ao âmago os fundamentos de uma sociedade assim tão absurda! A cultura colectiva é tão natural para o homem como a sua herança genético-biológica.Estudos médicos estimam que em 2020 a depressão, tristeza, desânimo, agitação e ansiedade demonstrados em excesso, será tão comum como ter dores nas costas. Afectará cerca de 20% da população no mundo dito desenvolvido.


Caso não se trave imediatamente o avanço desta seita, espantosamente numerosa, os países Ocidentais poderão começar a pensar em construir casas de suicídio assistido, pois a perdição dos seus seguidores e das vítimas afectadas por eles contaminadas serão milhões. Contra o antinatural e o suicídio maciço da humanidade, aqui fica um naturalíssimo e fecundo pensamento a favor da vida activa: Platão em Górgias: “A própria natureza, demonstra que é justo que o melhor esteja acima do pior e o mais forte acima do mais fraco.

Em muitos domínios, não só entre os animais como entre as cidades e as raças dos homens, é evidente que é assim, que, na ordem da justiça o mais poderoso deve dominar o mais fraco e gozar as vantagens da superioridade.

Os melhores e os mais fortes de nós tomámo-los em pequenos, como aos leões para os domar, e escravizámo-los à custa de sortilégios e encantamentos, dizendo-lhes que a igualdade é que é bom e que nela consiste o belo e o justo. Mas se aparece um homem suficientemente dotado para sacudir e quebrar estas cadeias e se libertar da sua prisão, sei que, depois de pisar a pés os nossos escritos, as nossas magias e os nossos encantos e leis antinaturais, se há-de erguer, na sua revolta, de escravo a senhor nosso, e então brilhará em todo o esplendor o direito da natureza".

http://www.pnr.pt/

Não Sejas Um Cordeiro com Palas nos Olhos.



Simplesmente Um Texto Cinco Estrelas!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Aborto é Crime!

Anónimo disse...

Como Abortar pode ser opção,
quando já bate um Coração!