Algarve é bom... mas é caro
Metade dos turistas nacionais considera que a região é cara, e muitos queixam-se das estruturas hospitalares e de apoio às praias. Ainda assim, quase todos admitem regressar à região e 60 por cento recomendam-na.
“A satisfação dos Portugueses para com o Algarve traduz-se numa elevada taxa de intenção de regresso à região, de 95,8%, sendo que 84,9% dos inquiridos admitem voltar ao Algarve com toda a certeza; e na vontade explícita de recomendar o destino: 60,3% afirmam que recomendam de certeza”, revela um estudo do perfil do turista nacional, hoje apresentado na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Isto apesar de metade dos inquiridos se queixar dos preços altos praticados na região (a outra metade considera adequados ou acessíveis).
O estudo, encomendado pela Entidade Regional de Turismo do Algarve e executado por uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve, chega à conclusão de que a maioria dos portugueses viaja em família à procura de descanso e divertimento: “Para o turista nacional, o Algarve é sinónimo de bom clima, boas praias e segurança, sendo estes os principais factores de atracção da região”, refere o documento.
A maioria dos inquiridos procura o Algarve pelo lazer do turismo de sol e praia e pela animação/recreação, e fá-lo pelo menos uma vez por ano.
Segundo os dados disponíveis, 34,7% dos portugueses vêm pelo menos uma vez por ano, 21,8% duas vezes por ano e 32,2% três ou mais vezes ao ano. A esmagadora maioria – 95,8% - são turistas de repetição frequente (56,5%) ou muito frequente (32,2%).
“Admitindo que os turistas satisfeitos transmitem uma imagem positiva do Algarve e recomendam a região a pelo menos cinco pessoas conhecidas, e os insatisfeitos “passam-a-palavra” a nove indivíduos, pode esperar-se um aumento da procura turística no Algarve de 34,5%”, dizem os investigadores.
O que pode melhorar
Segundo o documento, "os portugueses gostariam de poder contar com mais iniciativas de animação e recreação, relacionadas com a animação cultural, as actividades de natureza e de comércio, sobretudo nos períodos não estivais".
Os passeios na natureza, os eventos e festivais, as actividades culturais e as de saúde e bem-estar são, aliás, sugeridos como potenciais eixos estratégicos para um turismo menos sazonal no Algarve.
Afinal quem são os turistas portugueses?
A maioria dos turistas nacionais que visitam o Algarve têm entre 31 e 50 anos (51,3%), são casados ou vivem em união de facto (65,1%). Os seus agregados familiares são formados essencialmente por dois adultos e uma criança, constituindo estas as famílias tradicionais (84,8%). São residentes maioritariamente no centro de Portugal, sobretudo na área da grande Lisboa (41,0%), mas também na região norte (14,7%).
Os turistas domésticos do Algarve têm formação superior (47,7%) e pertencem à população activa, sendo essencialmente trabalhadores por conta de outrem (58,4%).
Mas há também uma faixa considerável constituída por jovens, com menos de 30 anos (28,2%), que escolhem essencialmente o período da Páscoa para visitarem a região. Estes procuram essencialmente aliar o lazer com a novidade e a mudança, o sol e praia com a animação e a recreação e natureza.
No entanto, é no Verão, obviamente, que se concentra a maioria da ocupação turística. 51,9% dos turistas nacionais procuram o calor, permanecendo nesta altura do ano no Algarve cerca de 12 dias.
A estada média no Algarve em termos globais é de 10 dias, revela o estudo.
Reservas por telefone ou pela internet
O estudo revela ainda que a maioria dos portugueses (91,2%) não compra qualquer tipo de pacote turístico, e reserva antes o seu alojamento, com cerca de 45 dias de antecedência.
As reservas são feitas por telefone (40,8%) ou pela internet (26,0%). Habitualmente não incluem refeições (54,1%) ou oferecem apenas o pequeno-almoço (22,0%).
Quase metade dos turistas 'fogem' dos hotéis: um em cada quatro portugueses têm casa no Algarve e 22,1% ficam em casa de familiares ou amigos.
Quanto à fidelização do destino, o estudo conclui que é a Costa Vicentina que apresenta a taxa mais elevada de turistas fiéis à região (28,8%), e em segundo lugar aparece o Sotavento, em que 21,1% dos turistas nacionais estão fidelizados e 77,3% estão 'cativados'.
Claro que a qualidade paga-se bem, contudo o Algarve está apinhado de chupista, empresários que utilizam os metodos mais baixos para conseguir ganhar fortunas.
O Algarve é uma região bonita e tem muitos locais que os turistas não conhecem, mas por culpa dos gulosos dos burgueses que só fazem aldeamentos turisticos, tornam terras num monte de betão, sem graça.
Podiam ter lucros, mas sem descaracterizar os locais, sem lhes roubar a sua história, e ficariam mais aprasiveis e com algum interesse. Mas é assim, é o País que temos!
1 comentário:
É o pais que temos de melhorar!
Compreendo a frustação, a corja dirigente que temos torna tudo tão mais difícil...
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