terça-feira, junho 22, 2010

As margens do Guadiana respiram a história e estórias

As terras do Guadiana mostram a sua história 
20-06-2010 2:30:00

Tendo como cenário o Guadiana, Castro Marim, Alcoutim e Vila Real de Santo António inauguram as suas exposições da Rede “Algarve do Reino à Região”. A história e as estórias, das cidades, das gentes e do rio grande do Sul.
 
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“Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista” é a mostra patente desde ontem na Av. da República, Rua da Princesa, Praça Marquês de Pombal e nos Largos António Aleixo e Lutegarda de Caíres, no centro histórico da cidade pombalina.

A exposição sintetiza a perspectiva histórica da sua criação, por decisão do Marquês de Pombal, um exemplo único no panorama português, incomparável a qualquer outra obra da mesma época. Criada de raiz, nas margens do Guadiana, Vila Real de Santo António foi idealizada de raiz de forma a funcionar como “cidade fábrica” e é, por excelência, a cidade do Iluminismo em Portugal.

“Castro Marim, Baluarte defensivo do Algarve” abre a 24 de Junho


No dia 24 de Junho, feriado municipal, será a vez de abrir a exposição “Castro Marim, Baluarte Defensivo do Algarve”, que revela a importância de uma praça forte, no demarcar de fronteiras entre portugueses, mouros e castelhanos.

A mostra destaca o contributo fundamental que a vila teve, como a principal Praça de Guerra do Algarve, na preservação da integridade territorial e independência de Portugal no período que se seguiu à conquista, quando em 1319 se tornou Sede da Ordem de Cristo.
A par da inauguração da exposição, no auditório no auditório da Biblioteca Municipal e no âmbito da sessão solene das comemorações do feriado municipal, o Prof. Doutor Luís Filipe Oliveira, da Universidade do Algarve, realiza uma conferência subordinada ao tema "Castro Marim: uma Vila Régia entre as Ordens de Santiago e de Cristo”.

Igualmente marcante na forte herança cultural e histórica da vila é o período da Guerra da Restauração, entre 1640 e 1668 e, no início do século XIX, após as invasões francesas. Castro Marim mantém o testemunho da vocação militar e defensiva inicial, presente nos monumentos como o Castelo, o Forte de São Sebastião, a Cerca Seiscentista, o Revelim de Santo António e a Bateria do Registo.

“Alcoutim, Terra de Fronteira” inaugura a 26 de Junho


A vila ribeirinha transforma-se por estes dias em sala de exposições, edesvenda ao visitante o seu crescimento urbano, associado à consolidação dos limites do Reino e ao controlo do comércio fluvial, sem nunca esquecer a importância do rio Guadiana e as suas relações com andaluza Sanlucar.

Alcoutim integra a correnteza de povoações ribeirinhas fronteiriças, com Castro Marim e Vila Real de Santo António, tendo por elo de ligação o grande rio do Sul.

“Alcoutim, Terra de Fronteira” é uma mostra que revela a história e “estórias” que ligam o rio aos principais acontecimentos da raia, como a Reconquista Cristã, a Guerra Civil espanhola e o Tratado de Alcoutim.

Estas são as últimas exposições a abrir portas e a franquear aos visitantes uma perspectiva única de mil anos de histórioa do Algarve, no âmbito do projeto regional “Algarve – Do Reino à Região”, da Rede de Museus do Algarve. (ver aqui)

As treze exposições que compõem o projecto “Algarve – Do Reino à Região” são acompanhadas de catálogos que permitem, para lá das exposições, seguir a história e cultura algarvia, presentes na herança material e espiritual que, desde o Gharb al-Andalus até à actualidade, têm vindo a moldar e a caracterizar a identidade do território.

Albufeira, Faro, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António, têm actualmente a decorrer exposições que, com as mostras a inaugurar em Alcoutim e Castro Marim, fecham uma rede onde a história e a vida se encontram.

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