domingo, abril 25, 2010

Novo Album de Gamma Ray - " TO THE METAL! "







Gamma Ray
Latest Release
Live


" TO THE METAL! "

Released: 29th January 2010


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Full page will follow soon!!!
Date:
Country:
City:
Venue:
08.04.10
Russia [RU]
Moscow
B1 Maximum
10.04.10
Russia [RU]
St Petersburg
DK Lensoveta
13.04.10
Japan [JP]
Osaka
Big Cat
15.04.10
Japan [JP]
Tokyo
On Air East
16.04.10
Japan [JP]
Tokyo
On Air East
17.04.10
Japan [JP]
Nagoya
Bottom Line
20.04.10
Korea [KR]
Seoul
V-Hall
21.04.10
China [CN]
Beijing
Mao Live House
22.04.10
Taiwan [TW]
Taipei
Armed Forces Cultural Center
24.04.10
Guatemala [GT]
Guatemala City
Teatro Miguel Angel Asturias 
25.04.10
Mexico [MX]
Mexico City
Circo Volador
28.04.10
Venezuela [VE]
Valencia
Teatro Municipal Carabobo
30.04.10
Colombia [CO]
Bogota
Teatro Metropol
01.05.10
Ecuador [EC]
Quito
TBA
03.05.10
Peru [PE]
Lima
Voce
05.05.10
Chile [CL]
Santiago
Teatro Teleton
07.05.10
Argentina [AR]
Buenos Aires
The End
09.05.10
Brasil [BR]
São Paulo
Santana Hall
28.05.10
Sweden [SE]
Falun
"Rockstad Falun" Festival (Link)
25.06.10
Germany [DE]
Dischingen
"Rock am Härtsfeldsee" Festival (Link)
07. - 11.07.10
Norway [NO]
Kvinesdal
"Norway Rock" Festival (Link)
15.07.10
Italy [IT]
Pistoia
"Pistoia Blues" Festival (Link)
16.-18.07.10
Czech Republic [CZ]
Vizovice
"Masters Of Rock" Festival (Link)


Gamma Ray - Rise






UM MESTRE 

sexta-feira, abril 16, 2010

quinta-feira, abril 15, 2010

A Primavera traz consigo as Feiras, Festas, os comes e bebes - Cheira a Tradição!

Feira da Serra

12 ª Feira da Serra de Primavera de Tavira nos dias 23, 24 e 25 de Abril


Numa organização da Câmara Municipal de Tavira e da Associação In Loco, Tavira recebe nos dias 23, 24 e 25 de Abril a 12ª edição da Feira da Serra de Primavera.


Marcado para decorrer no Jardim do Coreto, na Praça Republica, na Rua do Cais e na Rua José Pires Padinha, neste evento os habitantes e os visitantes poderão encontrar uma mostra diversificada de artesanato e produtos tradicionais da região da Serra do Caldeirão e de Tavira.


A feira contará com a presença de aproximadamente uma centena e meia de expositores, onde os visitantes poderão saborear e comprar o melhor da produção artesanal desta região. Cestaria e empreita, malhas, rendas e bordados, ferro e latão, miniaturas e brinquedos em madeira, cerâmica, olaria e azulejaria, trabalhos em couro, joalharia artesanal e bijutaria, vitrais, bambu e seda. A estes juntam-se as aguardentes e licores, vinhos, doçaria regional e conventual, compotas e geleias, frutos secos, mel e derivados, queijos e enchidos, entre outros produtos.



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Festival de Gastronomia do Mar de Tavira (7ª Edição) 
22/4/2010 

Local: Tavira, Cabanas e Santa Luzia

Organização: Câmara Municipal de Tavira

XII Feira do Mel, Queijo e Pão de Mértola - de 23 a 25 de Abril

 


Mértola acolhe Feira do Mel, Queijo e Pão 2010



A Vila de Mértola recebe a XII edição da Feira do Mel, Queijo e Pão nos dias 23, 24 e 25 de Abril. Organizada pela Câmara Municipal de Mértola, o certame conta com a colaboração da Merturis. 


Este ano, a Feira conta com a participação de 30 expositores, que apresentam queijo de ovelha e cabra, mel e seus derivados, pão, enchidos, vinho, licores e artesanato produzido neste concelho alentejano. 


A abertura do certame está agendada para às 18h00 de dia 23 de Abril e na primeira noite a animação musical está a cargo do Grupo de Música Tradicional Ribatejana. No dia 24 de Abril passam pelo recinto da Feira As mil e uma noites do acordeão, o Grupo de Música Tradicional Vozes d’Alqueva.


No domingo, o certame decorre em simultâneo com a tradicional Feira de Abril e tem também animação musical ao longo do dia, com destaque para o desfile de grupos corais. 


O programa pode ser consultado na sua totalidade no site da autarquia, em www.cm-mertola.pt.

quarta-feira, abril 14, 2010

Triste noticia...

Morreu uma das crias de lince nascidas no Centro de Reprodução de Silves (atualizada)

Foto
d.r. Ver Fotos »
Linces
Uma das duas crias de lince-ibérico nascidas no Centro de Reprodução de Silves morreu no domingo passado, talvez por uma «causa aguda», revelou ao barlavento.online a porta-voz do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

"As duas crias de lince ibérico estiveram sempre bem até domingo, dia em que uma delas morreu de causa aguda e de forma rápida", explicou o diretor do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, Rodrigo Serra.

A cria morta, uma fêmea, já foi submetida a «uma bateria de testes adicionais para percebermos a causa exata da sua morte», acrescentou em declarações ao barlavento.online a porta-voz do ICNB. Os resultados dos testes deverão estar prontos «dentro de uma a duas semanas».

Segundo os resultados preliminares da autópsia realizada no Centro de Análises e Diagnóstico de Málaga (Espanha), entidade que costuma fazer as autópsias dos linces-ibéricos que morrem em cativeiro, a cria, com uma semana de vida, "estava bem alimentada" e não recebeu maus tratos da progenitora, acrescentou aquele responsável.

Segundo Rodrigo Serra, em 2009 "40 por cento das crias que nasceram morreram até aos dois meses de idade".

Em 2009, nasceram em Espanha 28 linces ibéricos em cativeiro e só 17 sobreviveram até aos dois meses, concretizou à Lusa fonte do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICBNB).

Em 2008, nasceram 16 crias, morreram três e seis crias tiveram de ser retiradas às progenitoras para serem criadas à mão, dados que demonstram que a "mortalidade neonatal nos linces ibéricos é normal", acrescentou o ICNB.

Uma estatística fornecida também pelo ICNB indica que 70 por cento das fêmeas inexperientes têm condutas anormais para com as crias, factos que se podem verificar pelo abandono das crias e ou ausência de instintos maternais.

A morte de uma das crias não se pode, todavia, justificar por maus tratos da progenitora, pois Azahar - que quer dizer "flor de laranjeira" em árabe - teve sempre "um comportamento exemplar", explicou Rodrigo Serra.

Resta agora apenas uma cria viva de Azahar, a lince-ibérica que nasceu há cinco anos em liberdade e foi o primeiro animal a ser transferido de Espanha para o centro de Silves, em Outubro passado, ao abrigo do plano ibérico para a conservação do lince, um felino ameaçado de extinção.

De uma população de 100 mil animais no início do século XX, o número de linces ibéricos, considerados os felinos mais ameaçados do mundo, situa-se hoje na ordem das duas centenas em estado selvagem, além daqueles que são mantidos em centros como o de Silves.

Em Portugal, onde não eram avistados linces desde 1980, o objetivo do programa ibérico de reprodução é libertar os animais mantidos em cativeiro nos habitats naturais, como a serra da Malcata, e no Sul do país.

As duas crias de lince-ibérico, as primeiras a nascer em cativeiro em Portugal, nasceram no Domingo de Páscoa no Centro de Reprodução instalado na Serra de Silves.

Um dos pequenos linces acabou por não resistir mais que uma semana.



A fêmea Azahar quando ainda tinha as suas duas crias recém-nascidas


domingo, abril 11, 2010

Loulé mostra monumentos com vida


A cozinha tradicional da alcaidaria do Castelo ou a antiga fábrica dos frutos secos são palco do programa organizado pelo Município, para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se comemora no dia 18.Saiba mais aqui.

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O programa inclui actividades para todos os gostos e que têm em comum o facto de se realizarem em monumentos e locais de interesse turístico do concelho.

O programa das comemorações começa já na segunda-feira, dia 12, e decorre até dia 16, sendo que o primeiro dia é dedicado ao público infantil com a Cozinha Tradicional da Alcaidaria do Castelo a ser palco dos ateliers “Vamos fazer empreita” que decorrem todos os dias da semana, entre as 10h00 e as 12h00, destinados aos alunos do 1º ciclo.

Todos os dias da semana decorre também a iniciativa “Vamos apanhar frutos secos”, igualmente destinada aos mais pequenos, que vai ter lugar entre as 15h00 e as 17h00, no Centro Interpretativo dos Frutos Secos.

Já no sábado, dia 17, a Alcaidaria do Castelo volta a ser o palco das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, recebendo, pelas 16h30, o concerto do Grupo de Santa Maria. De tarde, as actividades são dedicadas aos adultos, com o atelier “Transforma”, sobre culinária com frutos secos, a decorrer entre as 14h30 e as 17h30, no Centro Interpretativo dos Frutos Secos, sob a coordenação de Sérgio Relvas.



Com as actividades no Centro Interpretativos dos Frutos Secos, a autarquia pretende “divulgar e possibilitar uma maior fruição do espaço onde outrora funcionou uma unidade fabril de transformação e comercialização de frutos secos, desactivada nos anos 90 do século passado e adaptada a espaço museológico em 1998”.

sábado, abril 10, 2010

Pelos Caminhos de Conistorgis Eu vi Tanta coisa linda...



Ponte Antiga de Paderne


A ponte de Paderne, que também designam como Ponte Romana, situa-se sobre a ribeira de Quarteira, nas imediações do Castelo de Paderne, e terá sido construída para servir o castelo.

A inscrição sobre o arco central, que refere o ano 1711, julga-se ser relativa à obras de remodelação, de que beneficiou também recentemente, para consolidação da estrutura, repavimentação do tabuleiro e recuperação dos muros.

A ponte é constituída por um tabuleiro rectilíneo, suportado por três arcos de volta perfeita, assentes em dois pilares sobre o leito da ribeira, reforçados por talha-mares.





Para visitar esta ponte tem que andar a pé cerca de 10 minutos, mas vale a pena; o passeio é fácil e bonito , é rico em flora e faz-se sempre muito perto da margem da ribeira de Algibre





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CASTELO DE ALCOUTIM


A região de Alcoutim, que as pesquisas arqueológicas confirmam ter ocupação humana desde a pré-história, foi conquistada aos árabes no reinado de D. Sancho II, por volta de 1240, dando-se inicio à construção de um novo castelo, já que esta povoação não tinha defesas, os árabes tinham uma fortaleza mais a norte.


Durante a Guerra da Restauração da independência portuguesa, depois de 1640, o rei D. Afonso VI, melhorou as defesas do castelo, que já no reinado de D. Dinis, em 1304, tinha sido ampliado.


Esta fortificação chegou ao século XX, bastante arruinada, teve obras de consolidação e restauro, da responsabilidade da, Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, foi classificado como Imóvel de Interesse Público, já em 1993, e actualmente funciona no seu interior um museu de arqueologia.



Muralha



Uma das entradas



Museu 









Jardins do castelo





O Castelo ao alto da colina





Entrada Principal




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Menires de Lavajo






O conjunto de menires de Lavajo I é constituído por três monólitos, sendo um de forma fálica, e é o de maiores dimensões conhecido em território português com um comprimento de 3,14m de altura.
Pertencentes ao Neolítico Final ou Calcolítico Inicial (3.500/2.800 a.C.), estes monumentos megalíticos podem ser interpretados como marcas de territórios e/ou espaços sagrados.


Caminhando por estradas ancestrais







Assim estão Protegidos...





MENIRES DO ALTO ALGARVE ORIENTAL: LAVAJO I E LAVAJO II (ALCOUTIM)

Autores: A. do Nascimento Joaquim, Joao Carlos Caninas, Alexandra Gradim, Joao Luís Cardoso
Localización: Revista portuguesa de arqueologia, ISSN 0874-2782, Vol. 5, Nº. 2, 2002 , pags. 99-133
 Texto completo
Resumo:
Neste trabalho apresenta-se o resultado das escavações realizadas respectivamente em 1998 e em 2001 nos núcleos de menires de Lavajo I e de Lavajo II, distanciados cerca de 250 m na direcção NNE e separados pelo pequeno vale do Lavajo. Os locais, actualmente, são intervisíveis, graças à implantação destacada no terreno: Lavajo I situa-se no topo de colina enquanto Lavajo II ocupa a linha de festo de uma encosta, conferindo ao local visibilidade tanto do lado sul como do lado norte. O conjunto de Lavajo I é constituído actualmente por três monólitos, todos de grauvaque: um, quase inteiro, de tendência fálica, é actualmente o maior menir de grauvaque conhecido em território português, atingindo o comprimento máximo de 3,14 m; outro, quase completo, fragmentado em três grandes blocos, possui formato estelar; o restante apresenta- se muito incompleto, dele se conservando apenas uma lasca da sua face frontal. É crível, no entanto, que pudessem existir mais monólitos, tendo em conta os abundantes fragmentos de grauvaque ali observados, quase todos com fracturas frescas. Todos os menires de Lavajo I se apresentam decorados, com destaque para o maior deles, o qual exibe complexa decoração estreitamente relacionada com a morfologia do suporte lítico. Apenas para este foi possível determinar o local de implantação, correspondente a um alvéolo de planta circular e fundo aplanado, parcialmente danificado pelos trabalhos realizados em 1994, que conduziram ao seu reerguimento, infelizmente feito de forma pouco cuidada e incorrecta, visto ter sido colocado no terreno em posição invertida. Seja como for, na zona culminante daquele pequeno cabeço, implantaram-se três menires decorados, os quais não podem ser vistos isoladamente, já que se articulariam directamente com o conjunto de Lavajo II, que se avista ao longe, do outro lado do pequeno vale do Lavajo e na linha de festo da encosta, da qual ocupa a parte média. Neste segundo local, identificaram-se quatro estelas-menir não decoradas, todas de grauvaque, das quais apenas uma, representada por fragmento de pequenas dimensões, se encontrava in situ. Foi, no entanto, possível reconstituir a posição relativa das restantes, através da escavação integral do respectivo alvéolo, correspondente a rasgo alongado, orientado Este-Oeste, aberto no substrato geológico, constituído por xistos do Carbónico Superior finamente folheados. Deste modo, é de concluir que as estelas menir se dispunham em linha, constituindo um painel lítico contínuo. No interior do alvéolo, recolheram-se diversos artefactos ali ritualmente depositados aquando da fundação do monumento, cuja tipologia indica o Neolítico Final, cronologia aliás compatível com a do conjunto megalítico de Lavajo I, tendo presente a iconografia patente nos menires. Muito embora não se conheça ainda suficientemente o padrão de povoamento da região no Neolítico Final, estes dois núcleos megalíticos podem ser interpretados como marcadores de territórios e/ou de espaços sagrados, sendo de destacar a existência, durante todo o ano, de água nas proximidades imediatas, recurso escasso e precioso, que propiciaria a horticultura. Por outro lado, a natureza das matérias-primas utilizadas na confecção dos artefactos encontrados (sílex, anfibolito), para além de outros materiais de circulação transregional muito mais alargada (fibrolite), evidencia a forte interacção destas populações tanto com o interior do Baixo Alentejo (Zona de Ossa/Morena), como com o litoral algarvio ou andaluz, compatível com estádio de desenvolvimento económico do final do Neolítico do sul peninsular. Numa vasta região, correspondente a todo o sotavento algarvio, onde o megalitismo não funerário era até agora totalmente desconhecido, os testemunhos ora estudados constituem, doravante, uma das expressões mais interessantes e significativas do Sudoeste peninsular.




Menir do Lavajo

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Villa Romana do Montinho das Laranjeiras


A Estação Arqueológica da Villa Romana do Montinho das Laranjeiras situa-se no lugar das Laranjeiras, concelho e freguesia de Alcoutim, na região Algarvia do Baixo Guadiana, num local priveligiado de grande beleza, junto ao rio Guadiana, numa região já distanciada das praias douradas de águas cristalinas, mas cheio de encanto e com muito para ver e conhecer. 




Em 1876, uma grande cheia deu a conhecer ruínas de construções feitas nos períodos de ocupação Mourisca, Visigoda e Romana. 

O Montinho das Laranjeiras apresenta vestígios de ocupação humana desde o século I até à época Almóada (século XII-XIII). A época de ocupação Romana distingue-se sobretudo pela importância do edifício da "pars frctuaria", local onde se guardariam os produtos agrícolas, datado do século I, verificando-se então que na altura existiriam importantes trocas comerciais com o Norte de África.


Já dos séculos VI e VII datará uma igreja, do qual se observam ainda os vestígios da sua planta cruciforme, existindo outros vestígios atribuídos ao período Mourisco, dos séculos XII e XIII. 

A importância do rio Guadiana far-se-ia sentir desde remotos períodos, pensando-se inclusivamente que algumas habitações funcionariam como hospedaria deste entreposto comercial. 


Este conjunto poderá ser mesmo entendido como integrante num conjunto mais abrangente, constituído ainda por Guerreiros do Rio, Álamo e Foz de Odeleite, dotado de afinidades evidentes e de estruturas que, localizadas num monte, serviam de algum modo os outros quatro. 


Vale a pena conhecer os traços da história que marcaram este território de grande beleza natural, aproveitando o cenário para melhor conhecer este “outro” Algarve. 






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Villa Romana da Abicada (ruínas)




Ruínas Romanas da Abicada






As Ruínas da Villa Romana da Abicada situam-se nas imediações da estrada que liga Portimão a Lagos, junto à Ria de Alvor, e apresentam-se num estado de abandono, carecendo de forte trabalho de restauro. O acesso é feito em estrada de areia por cerca de 1km. 


Dos estudos realizados depreende-se que apenas a zona residencial é a única área que se conhece da Villa. A sua proximidade com a Ribeira do Alvor facilitava o escoamento de produtos, e a Villa subsistiria de produtos piscícolas, sabendo-se que uma das suas actividades económicas seria a salga de peixe. 


A visita às Ruínas Romanas da Abicada vale, sobretudo, pelas belas paisagens que aqui se conseguem, numa área não explorada pelo homem, em pleno Algarve, tendo como pano de fundo a Ribeira de Alvor. 







ABICADA - Interessante Estação da Época Romana - 1941


Não sabe ainda a Arqueologia, de positivo, o que encerra o local conhecido pelo nome de Abicada. Isto porque as escavações por mim iniciadas em Agosto de 1938, foram suspensas. Vamos, porém, fazer uma resumida descrição do que até agora conseguimos pôr á vista, para que, pelo menos no Algarve, se não ignore que ali existiram curiosos vestígios da civilização romana, que já foram com justiça classificados Monumento Nacional.
A Abicada é uma propriedade particular situada na confluência de duas ribeiras que descem da serra de Monchique a desaguar na Ria de Alvor: a ribeira do Farelo e a da Senhora do Verde. Dista de Portimão 7,5 quilómetros, e de Lagos 10 quilómetros e 800 metros.
Para mais facilitar aos que desejem contemplar o local, diremos que um pouco antes do Povo da Figueira (para quem vai de Lagos para Portimão) precisamente no sítio onde na estrada nacional se encontra o pequeno marco indicando que se passaram 800 metros após o quilómetro 10, aí mesmo ao lado direito, tem início uma estrada particular; seguindo-a até ao fim, vai dar-se ao Monte grande da propriedade da Abicada, em frente do qual, um pouco a Sul, se encontram as ruínas.



A planta das construções, que juntamos para melhor se compreender a nossa descrição, mostra ter sido um grande palácio, formado por três corpos distintos, mas conexos. Ao norte em linha recta corre uma parede comum com 54 metros, que de grossura deveria ter uns 70 centímetros; não há nesta parede vestígio algum de porta e em toda a sua extensão no exterior vê-se um aqueduto que despejava para dentro da construção por dois tubos de chumbo. A largura do edifício não a podemos precisar, visto a parte sul estar completamente destruída, variando a altura dos muros até um metro, nos sítios onde foram menos inutilizados pelos sucessivos amanhos da propriedade; a máxima largura que podemos verificar mede cerca de 28 metros.



Pela sua extensão julgo tratar-se de uma «Villa», casa de campo, de patrício rico; isto é, uma residência aristocrática, pois não creio que qualquer plebeu tivesse podido dar-se ao luxo de possuir uma casa tão grande e com tantos mosaicos.
Temos que pedir um pouco de auxílio à nossa imaginação para não fazer simplesmente uma descrição seca da planta; acompanhe-mo-la com a presunção do destino ou utilização de cada um dos compartimentos, segundo o que nos sugerem as divisões encontradas.
Como suponho que a entrada «Prothyrum» (A) era pelo corpo central e do lado sul, comecemos por aí a visita ao edifício.
Se esta parte não estivesse totalmente destruída poderiam certamente encontrar-se vestígios do célebre e conhecido dístico das casas ricas romanas: «Cave canem» (cuidado com o cão), cujo desenho em mosaico acompanhava o gracioso aviso.
Este corpo, que possivelmente seria o androceu (a parte de habitação destinada aos homens) é formado por seis compartimentos em disposição hexagonal, tendo ao centro um tanque «impluvium» (B) também hexagonal, separado dos «cubicula» (C) (quartos) por um «atrium» (D) ou corredor com 2,10 metros de largura; o tanque mede 2,20 por lado e em cada ângulo teria uma coluna, feita de tijolos triangulares, como verifiquei pelos vestígios encontrados. Dos seis compartimentos o de norte seria provavelmente o «triclinium» (E), pois era o maior. Todos eles tê em porta para o átrio, sem vestígio de qualquer outra saída. Os restantes seriam os «cubicula», algum deles possivelmente o «tablinum». Todas estas divisões, incluindo o tanque e o átrio, tinham o pavimento coberto por mosaicos policromos, mas só dois estão intactos; dos restantes há vestígios, apenas.



A poente desta construção central há uma outra em forma rectangular: ao centro o «peristylum» (F), pátio cercado de colunas, em volta do qual um «ambulacrum» (G) ou corredor que o envolve dos quatro lados, comunicando tanto para o norte como para o sul por amplas aberturas, com os outros compartimentos; e todos seriam afinal os aposentos das mulheres o «gynaeceum» (H) com o «oecus» (I) ou sala de recepção, junto dos quartos particulares da «matrona». A nascente e poente do corredor as «alae» (K) onde está o larário, com os deuses protectores da família e da casa, e conjuntamente relíquias e recordações de antepassados.
Nalguns destes quartos não faltavam os «frescos» nas paredes, dos quais vagas amostras estão guardadas no Museu de Lagos. Pena é que sejam fragmentos tão pequenos que não possa chegar-se a perceber qual o desenho que continham; das suas cores bastante desmaiadas ainda se conhecem o vermelho, o amarelo e cor de tijolo.
As suas decorações feitas a capricho, como era costume entre os romanos, deveriam formar um conjunto primoroso, de paredes ricamente pintadas.
Todos estes compartimentos são também revestidos de lindos mosaicos, sendo o do pátio central o mais bonito e variado.
A diversidade do seu desenho e colorido, tornam quási impossível a sua descrição; forma como que um tapete que por completo cobre o chão, numa área de cerca de trinta metros quadrados, tem em volta uma cercadura de entrelaçados e diversas figuras geométricas, cordões, flores estilizadas, etc..; no centro estrelas estilizadas e cordões entrelaçados, emoldurados por rectângulos multicolores. Os outros mosaicos não são menos interessantes: predominam as figuras geométricas com rendilhado mais ou menos fino. Há porém um a que devo fazer referência especial; não porque o seu conjunto seja mais interessante, mas porque nele se acha repetido, três ou quatro vezes, um símbolo que se diz de origem oriental e representante do coração de Budha, mas que já se encontra em monumentos proto e pré-históricos e em muitos ornatos da época romana: a cruz suástica. Aqui não é a suástica propriamente dita, mas sim a sua forma de hastes voltadas para a esquerda a que se dá o nome de «sauvastica». São também assim as do mosaico de Boca do Rio, encontrado por Estácio da Veiga e que hoje está no Museu Regional de Lagos. Neste mesmo pavimento se podiam ver alguns ornatos com fragmentos vítreos azuis, vermelhos e verdes, que uns visitantes se entretiveram a arrancar... para recordação! Foi curioso o comentário do guarda quando mo contou: «... e eram senhores de gravata»!



Finalmente o corpo do edifício a nascente seria a parte destinada aos escravos, celeiros, cozinha e mais dependências, com dez ou doze divisões bem definidas. Só em uma delas encontrei vestígios de mosaico e uma só também tinha o chão completo de tijolo.
Deveria portanto o edifício na sua totalidade ter mais de trinta compartimentos, o que representa certa opulência.
Pela policromia rica destes mosaicos lembra-nos que a construção seja do séc. 111 ou IV da nossa Era. Os poucos objectos encontrados nada nos dizem, mas as moedas legíveis são de várias épocas, desde o séc. I A. C. representado por um grande bronze de Antónia Augusta, mulher de Drusus, falecido em 39 A. C., até ao Séc. IV de que há vários médios bronzes, sendo os séc. II e III representados por moedas de prata de Antoninus Pius (138-161) e Júlia Mamaea (mãe de Alexandre Severo, falecida em 235).





Estes objectos, moedas, vestígios de estuque pintado, fragmentos de mosaico, que, por estarem isolados e em princípio de destruição, foram extraídos, estão no Museu Regional de Lagos, onde pensamos também expor uma pequena maquette da Estação da Abicada. Ainda a cerca de vinte metros a sudoeste destapei as ruínas de uma adega, lagar ou simplesmente tanques de salga, com os seus tinos revestidos de (opus signinum) o tal cimento que Estácio da Veiga, muito justamente, julga pré-romano. Esta construção infelizmente foi há pouco destruída na sua totalidade pelos donos da propriedade da Abicada. Compunha-se de um edifício formado por vários tanques de dimensões variadas que parecia comunicarem com outros tanques maiores colocados a nascente e sul; pelo lado norte corria a toda a extensão um aqueduto de alvenaria que se prolongava para poente até junto da nora recentemente aberta, mas com vestígios de sequência. Tanto este edifício como a casa eram construídos com essa fortíssima argamassa, como hoje se não faz, pois julgo que se perdeu a fórmula da sua composição.
Fiquei deveras surpreendido de não ter encontrado o (tepidárium), nem tão pouco a sala de ganhos frios com a sua respectiva piscina; nem a sua falta é justificada pela admirável situação do prédio na confluência das duas ribeiras e muito próximo do mar. Ficaria na parte arrasada? Enigma até agora indecifrado.
A ausência de vestígios de cerâmica fina, vidros e outros objectos miúdos, muito vulgares nestas explorações é explicável pela utilização posterior desta casa, o que foi fácil verificar pelos restos de argamassa e construções completamente diferentes do «opus incertum» romano. Para essa utilização fizeram novas divisões e por certo extraíram previamente os entulhos romanos.
Na comunicação que fiz superiormente em 1938 do que tinha posto à vista na Abicada, disse eu que entre os objectos encontrados existia um bocado de chumbo cuja serventia não tinha conseguido decifrar, não tendo visto ainda descrição de outro semelhante em autor nacional ou estrangeiro. Por isso o apresento como possível novidade arqueológica, podendo, porém, afirmar já, com absoluta certeza, o fim a que tal objecto se destinava.
Trata-se de uma peça de chumbo formada de duas hastes compridas de secção semi-circular, unidas por dois curtos espigos cilíndricos; téem as faces internas planas, notando-se que as faces curvas exteriores teriam sido moldadas com uma forma, do que resultou ficarem lisas, ao passo que nas faces planas interiores se verifica certa aspereza, proveniente de o chumbo ter solidificado sobre uma superfície mal polida.
Mede de comprimento 12 centímetros; cada uma das hastes moldadas tem de largura na face plana 1 centímetro e de grossura meio; os espigos teem de diâmetro três milímetros e sete de comprimento, sendo este o afastamento constante das duas peças moldadas, cujas faces são paralelas.
Logo de princípio deu-nos a impressão de que o chumbo teria sido aplicado como enfeite de qualquer objecto para ser visto de ambas as faces, objecto este que não poderia ter sido de vidro ou madeira porque sendo indubitavelmente aplicado o chumbo derretido, o vidro estalaria com tão alta temperatura e a madeira queimar-se-ia. Veio-nos logo I à ideia que seria aplicado a barro, mas longe de imaginarmos a sua utilidade, o que por muito tempo nos intrigou. Só quási no fim das escavações um novo achado nos elucidou por completo: era afinal Um Gato para ligar louça quebrada. Mas tão grande e tão diferente dos actuais que se não encontrássemos este segundo exemplar ainda ligado a um pedaço de louça, talvez não fosse possível afirmar o seu destino. As peças a engatar ligar-se-iam com inteiro ajustamento dos bordos quebrados; a igual distância de cada lado da quebradura far-se-ia um orifício que atravessava o barro e não como hoje que os orifícios se fazem apenas com a profundidade suficiente para prender a ponta recurvada do gato. Deitar-se-ia chumbo derretido nos orifícios, tendo de cada lado a forma onde seria comprimido o chumbo.
Deve ter sido este o processo mais primitivo de concertar louça, mas é indubitável que assim era usado pelos romanos, pois são indubitavelmente romanos os fragmentos de louça encontrados, não só por si, como por todo o ambiente em que foram achados e por todos os outros objectos que os acompanhavam.



Por enquanto nada mais é possível acrescentar a não ser que no monte, construção de recente data, no muro próximo da nora e nesta, muito fácil é encontrar as pedras que formavam outrora paredes daquele soberbo edifício, que gerações posteriores demoliram ou com o seu desleixo consentiram que o tempo destruísse, privando-nos de podermos fazer in loco um estudo perfeito do modus vivendi dos habitadores remotos daquelas vestutas ruínas.
Os chãos de mosaico acham-se por agora tapados de terra, sem o que seriam destruídos pelas chuvas, visto que não foram consolidados.
Ver-se-á tudo ainda destapado e de modo a resistir ao tempo, podendo ser admirado por nacionais e estrangeiros para glória do nosso Algarve? Não o creio; quando isso for resolvido não valerá a pena. Dentro de pouco das ruínas romanas da Abicada restarão estas palavras e estas fotografias a recordar-lhes a existência.
Pelo menos, foi esta impressão que colhi da última visita que lá fiz há meses.

Lagos, Junho de 1941


Sobre o Dr. José Formosinho

O Dr. José Formosinho, de seu nome completo JOSÉ DOS SANTOS PIMENTA FORMOSINHO, nasceu em Lagos a 22 de Maio de 1888. Licenciado em Direito, em 1912, pela Universidade de Coimbra, foi nomeado Notário Público, primeiro em Portimão e posteriormente em Lagos, em Janeiro de 1917. Veio a falecer, nesta mesma Cidade de Lagos, em 26 de Março de 1960 . Estudioso e coleccionador de mérito, cedo evidenciou preferência cultural por tudo quanto respeitasse à História de Portugal e, muito especialmente, pelo que se relacionasse com a História da sua terra natal e/ou da região em que ela se encontra inserida, com especial relevo para a do “Promontório Sacro”. A SAGRES e a LAGOS seriam dedicados os seus dois últimos escritos históricos! 


nota bio-bibliográfica







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Ruínas Romanas da Vila da Luz
Situadas numa área urbanizada de acesso à praia da Luz, as Ruínas Romanas da Vila da Luz, descobertas no século XIX, chegam até nós já com poucos vestígios do que terão um dia sido. Um balneário romano com várias dependências e com pavimento de mosaicos e um complexo industrial constituído por tanques de salga de peixe, bem como fragmentos de ânforas, materiais de construção e frisos de mármore fazem parte do espólio desta herança romana que hoje se tenta preservar.


Da estação arqueológica romana da Praia da Luz tem-se um belo panorama sobre a praia, onde o azul do mar domina o horizonte. 


Este monumento foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1992. 





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Ruínas Romanas do Cerro da Vila

Situadas no complexo turístico de Vilamoura, as Ruínas Romanas de Cerro da Vila terão sido em tempos (provavelmente entre o século I e III) uma Villa rústica, rodeada de campos férteis, compostas por varias banheiras e mosaicos romanos e abastecida de água a partir de uma barragem construída a cerca de 2 Km de distância, pertencente ao território de Ossonoba. 

A água era elemento de suma importância nesta villa, e mesmo a sua localização favoreceu o aproveitamento dos recursos marítimos e o tráfico de mercadorias, daí a existência de um porto, existindo igualmente bicas e um lago no jardim, a partir do qual toda a casa se desenvolvia.
Nas Ruínas Romanas de Cerro da Vila podem ainda observar-se vestígios da sala de recepção, os quartos, a cozinha, as áreas de serviço de servos e escravos , que incluíam um cryptoporticum.

Estas Ruínas constituem um importante testemunho para a compreensão e conhecimento da importância da presença dos Romanos no Algarve, e para uma maior percepção e conservação deste importante local, foi criado um Museu onde se disponibiliza informação sobre o sítio arqueológico e a visita às ruínas propriamente ditas conta com um percurso claramente sinalizado.


As Ruínas Romanas de Cerro da Vila estão classificadas como Imóvel de Interesse Público. 



Verão (Maio a Outubro) 10.00h às 13.00h e 16.00h às 21.00h / Inverno (Novembro a Abril) 09.30h às 12.30h e 14.00h às 18.00h