No povoamento de grande parte do nosso litoral, arenoso, de acesso fácil e de mar amigo tiveram papel fundamental os habitantes de Ílhavo e seus descendentes que, numa primeira fase para aí se deslocavam de forma sazonal para, posteriormente e com o decorrer do tempo se irem fixando definitivamente. O litoral da Caparica foi zona incluída nessas migrações sazonais, que tinham lugar nos meses chamados da "safra", isto é Outubro, Novembro e Dezembro, onde além dos povos de Ílhavo também para aí se deslocavam outras gentes vindas do sul, especialmente, do Algarve. Estas migrações deram origem à constituição de pequenos aglomerados populacionais, construídos inicialmente de forma precária e utilizando materiais existentes no local. Daí terem surgidos no litoral da Caparica, especialmente nas zonas hoje conhecidas por Costa de Caparica, Fonte da Telha e Trafaria construções precárias feitas com junco e colmo pelos próprios pescadores e a que largavam fogo quando terminada a época da campanha se retiravam para as suas terras. Só a partir de 1770 há notícia de fixarem domicílio, com moradas de um pouco melhor qualidade, os mestres e suas companhas: José Gonçalves Bexiga, algarvio; Joaquim Pedro, de Ílhavo; Romualdo dos Santos, algarvio e José Rapaz, de Ílhavo. Anos mais tarde, fixaram-se, igualmente, os mestres José dos Santos, Jerónimo Dias, João Lopes e Manuel Toucinho. Com o decorrer dos anos, em consequência do povoamento híbrido de gentes vindas de Ílhavo e do Algarve, foi-se criando uma cultura própria e, de igual forma, nasceu uma culinária genuína, especialmente baseada nas dádivas do mar e nos mimos das hortas da Costa. Os ingredientes utilizados são simples, pouco elaborados e de custo reduzido, tendo em conta as dificuldades financeiras que a população originária apresentava, recorrendo-se, por isso, a uma grande imaginação. Apesar de voltada para o mar a cozinha típica caparicana não enjeita os pratos de carne, especialmente os enchidos, e os mimos hortícolas, criados nas chamadas hortas da Costa. Em resultado do muito carinho de cozinheiras antigas e do empenho de Carlos Ferrinho, também conhecido por Carlos Capote, que publicou o livro "GOSTOS", com fotografias de António Homem Cardoso e Vale Figueiredo, hoje em dia os Comeres Caparicanos não se resumem à tradicional caldeirada, que tem o seu ponto máximo num concurso que anualmente se realiza no mês de Janeiro, mas abrangem uma vasta panóplia de pratos de peixe e de carne, de doces e de petiscos. | ||||||||||||||||||||||||
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Outros Sabores a Mar | ||||||||||||||||||||||||
Prolongamento natural dos Sabores Caparicanos, "Outros Sabores a Mar" apresentam um conjunto de receitas recolhidas um pouco por toda a parte, tendo como base as cadelinhas (ou conquilhas como outros lhe chamam), as amêijoas, os berbigões e os mexilhões, mas também as lapas, as ostras e os lingueirões (ou canivetes). Sempre que conhecida indicaremos a origem. Nestes manjares que o mar oferece, os acertos de confecção, quando tal acontecer, são da responsabilidade de Maria Teresa Reis. Amêijoas | ||||||||||||||||||||||||
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Berbigões | ||||||||||||||||||||||||
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Cadelinhas (ou Conquilhas) | ||||||||||||||||||||||||
Mexilhões | ||||||||||||||||||||||||
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Lapas | ||||||||||||||||||||||||
Ostras | ||||||||||||||||||||||||
Lingueirões (ou Canivetes) | ||||||||||||||||||||||||
Búzios e Buzinas | ||||||||||||||||||||||||
Diversos | ||||||||||||||||||||||||
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Sabores a Mata | ||||||||||||||||||||||||
A Costa de Caparica, lugar de eleição pela sua situação geográfica, situa-se entre o mar azul e a verde mata assentando-lhe, igualmente com perfeição, o epíteto "terra onde o céu azul é mais azul". Daí ser adequado apresentar um conjunto de receitas culinárias tendo como base da sua confecção ingredientes que têm na mata o seu berço e o seu meio privilegiado de vivência: os cogumelos e os míscaros. | ||||||||||||||||||||||||
Míscaros | ||||||||||||||||||||||||
Cogumelos | ||||||||||||||||||||||||
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As Refrescantes Sangrias | ||||||||||||||||||||||||
As sangrias acompanham maravilhosamente os Sabores a Mar e os Sabores a Mata. Daí apresentarmos uma compilação de receitas de sangrias que esperamos venham a fazer as delícias dos mais encalorados e dos outros também. | ||||||||||||||||||||||||
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Ginjinha com... e sem elas | ||||||||||||||||||||||||
Receitas de uma bebida espirituosa tão tradicional na região de Lisboa, e na margem Sul do rio Tejo, como é a "Ginjinha" não poderia estar ausente deste repositório. Nesse sentido aqui apresentamos as receitas que nos foi possível recolher. | ||||||||||||||||||||||||
Ataegina - deusa do renascimento(Primavera),fertilidade,natureza e cura.O nome Ataegina é originário do celta Ate + Gena (renascimento).Era venerada na Lusitânia e na Bética. Existem santuários dedicados à deusa em Elvas, Mérida e Cáceres na Extremadura espanhola,além de outros locais, especialmente perto do Rio.Era das principais deusas veneradas em Myrtilis(Mértola),Pax Julia(Beja),e especialmente venerada na cidade de Turobriga(Huelva).
quinta-feira, março 27, 2008
SABORES CAPARICANOS!
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