Ataegina - deusa do renascimento(Primavera),fertilidade,natureza e cura.O nome Ataegina é originário do celta Ate + Gena (renascimento).Era venerada na Lusitânia e na Bética. Existem santuários dedicados à deusa em Elvas, Mérida e Cáceres na Extremadura espanhola,além de outros locais, especialmente perto do Rio.Era das principais deusas veneradas em Myrtilis(Mértola),Pax Julia(Beja),e especialmente venerada na cidade de Turobriga(Huelva).
domingo, novembro 26, 2006
Hail the Order
Ultima carta de Robert Jay Mathews
“TODOS NÓS SABIAMOS QUE SERIA ASSIM,QUE SERIAM OS NOSSOS PRÓPRIOS IRMAOS OS PRIMEIROS A TENTAREM DESTRUIR OS NOSSOS ESFORÇOS PARA SALVAR A NOSSA RAÇA E A NOSSA DOENTE NAÇAO.PORQUE ESTAO TANTOS HOMENS BRANCOS TAO ÁVIDOS POR DESTRUIR A SUA PRÓPRIA ESPÉCIE PARA O BENEFÍCIO DE JUDEUS E DOS HIBRÍDOS? VEJO 3 AGENTES DO FBI ESCONDIDOS ATRÁS DE ALGUMAS ÁRVORES,AO NORTE DA CASA.PODERIA TE-LOS FACILMENTE ABATIDO.TIVE AS SUAS CARAS NO MEU RAIO.ELES PARECEM RACIALMENTE ACEITÁVEIS,PORÉM TODOS OS SEUS TALENTOS SAO OFERECIDOS A UM GOVERNO QUE ESTÁ ABERTAMENTE TENTANDO ABASTARDAR A PRÓPRIA RAÇA DA QUAL ESTES AGENTES FAZEM PARTE.PORQUE É QUE NAO O VÊEM?? HOMENS BRANCOS MATANDO HOMENS BRANCOS,O SAXAO MATANDO O DINARMARQUÊS;QUANDO É QUE ISSO IRÁ TERMINAR?A RUINA ARIANA? SOUBE NA PASSADA NOITE QUE HOJE SERIA O MEU ULTIMO DIA NESTA VIDA.QUANDO ME DEITEI VI NITIDAMENTE TODOS OS MEUS ENTES QUERIDOS COMO SE TIVESSEM JUNTO A MIM.TODAS AS MINHAS MEMÓRIAS ASSALTARAM A MINHA MENTE,ENTAO PERCEBI-ME QUE O MEU DEVER ESTAVA FEITO. TENHO SIDO UM BOM SOLDADO E UM GUERREIRO DESTEMIDO.MORREREI COM HONRA E JUNTAR-ME-EI AOS MEUS IRMAOS EM VALHALLA. PELO SANGUE,SOLO E HONRA.PELA FÉ E PELA RAÇA. PELO FUTURO DOS MEUS FILHOS.PELOS VERDES TÚMULOS DOS NOSSOS ANTEPASSADOS.”
ROBERT JAY MATHEWS
recordar é viver.
Free The Order!!!
sexta-feira, novembro 24, 2006
CÍCERO, TRIBUNO ROMANO - sempre actual!
"Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe."
Trecho de Discurso de Cícero, Tribuno Romano, 42 a.C... e permanece actualíssimo
Frases milenares que continuam sempre actuais.
Ao por à letra fazem belos estragos para os traidores, mas para bem da Nação.
Race War!!!
Morte aos Traidores!!!
domingo, novembro 19, 2006
domingo, novembro 05, 2006
«ESTADO É UM VERDADEIRO ABORTO»
França Gomes critica abertura de clínicas para a prática do aborto quando o Estado tira subsí dios aos doentes e inválidos...
«ESTADO É UM VERDADEIRO ABORTO»
O presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos é fortemente crítico em relação às medidas que estão a ser tomadas pelo Governo central na área da saúde. Assumidamente contra o aborto, reprova o fecho de maternidades, hospitais e serviços de urgência e a abertura de clínicas para abortos, subsidiadas pelo Estado.
«O Estado não subsidia os doentes e os inválidos, tira as reformas à terceira idade, põe-nos a pagar impostos e medicamentos mais caros e, por outro lado, vai fazer abortos de borla», acusa.
França Gomes considera que com a implementação das taxas moderadoras «os portugueses vão passar a pagar para estar doentes». Mais do que isso, diz que o Executivo pode contribuir para que os portugueses fiquem «mais doentes».
Jornal da Madeira — O Governo aprovou a realização de um segundo referendo sobre o aborto. Qual a sua opinião sobre esta matéria?
França Gomes — Acho que esse é um falso problema. O aborto é um problema de consciência individual, mas também de consciência colectiva. Qualquer que seja a sondagem ou o resultado do referendo, a consciência colectiva portuguesa é católica, pelo que a sua perspectiva será anti-aborto.
Mas há a consciência individual. Cabe a cada pessoa fazer a sua própria leitura sobre o aborto. Por outro lado, existe ainda a vertente política da questão. As tendências esquerdistas são sempre mais pró-aborto e, neste momento, como é moda ser de esquerda em Portugal, é natural que se levante o problema do aborto.
Digo que o problema é falso, porque a lei actual já permite a prática do aborto em casos de violação, quando a vida da mãe está em risco e quando o feto é comprovadamente doente, com patologias graves ou não tratáveis. Tirando estas três circunstâncias, não vejo outra razão que justifique o recurso ao aborto, a menos que seja uma mulher que faça sexo hoje e queira abortar amanhã, o que não é plausível.
JM — A lei deve continuar como está?
FG — Penso que a lei como está, está muito bem. É uma lei perfeitamente lógica e que contempla os casos em que é necessário o aborto. Mas o problema que se põe neste momento é que estamos num país em que o Governo deixou de comparticipar a contracepção. Deixou de haver comparticipação para a contracepção oral, deixou de haver o fornecimento de preservativos gratuitos nos centros de saúde, deixou de haver a introdução de dispositivos intra-uterinos gratuitos e, mais grave que isso, deixou de haver a gratituidade para os doentes com HIV positivo ou para os doentes cancerosos. Depois, vê-se esse mesmo Estado, que não faz a contracepção oral, que não dá gratituidade de medicação aos cancerosos e aos doentes com Sida, fazer abortos gratuitos.
Governo tem atitude «hiper-demagógica»
JM — Como classifica essa atitude?
FG — É hiper-demagógica, até porque em termos políticos, quando se agita a bandeira de essa ter sido uma promessa política nas eleições, depois das mentiras e de todas as promessas que não foram cumpridas e que foram deturpadas, era melhor que continuassem pela mentira. Uma das coisas que os esquerdistas, isto é, os homens da moda, costumam dizer, é que quando há fecundação ainda não há vida e, como tal, pode-se abortar a torto e a direito. Mas, quando se fala em procriação assistida, em implantação de óvulos no útero e em fecundação “in vitro”, aí há vida, mesmo para esses esquerdistas. Para eles, a definição de vida num dia é uma e no outro dia é outra.
JM — Mas um feto com dez semanas é, efectivamente, considerado vida?
FG — Sim. Nesse aspecto não há discussão. Mas, voltando à questão, a maneira como o aborto vai ser posto, faz com que as mulheres que cheguem ao hospital, de repente a dizer que querem abortar, passem imediatamente à frente de outras cirurgias que podem ser mais prioritárias. E há ainda uma terceira face da questão. Ainda não se sabe qual será o resultado do referendo, mas, não só o ministro da saúde já se propõe a preparar clínicas e hospitais para fazer abortos, como se propõe aceitar que clínicas espanholas abram em Portugal para esse efeito, já em Janeiro. É estranho, não é?
Estado é que é «um verdadeiro aborto»
JM — Como se explica o fecho de uns estabelecimentos de saúde e se abre outros para esta prática?
FG — Fecham-se maternidades, hospitais e serviços de urgência e abrem-se clínicas para abortos, subsidiadas pelo Estado. O Estado não subsidia os doentes e os inválidos, tira as reformas à terceira idade, põe-nos a pagar impostos e medicamentos mais caros e, por outro lado, vai fazer abortos de borla. Penso que esta atitude é que é um verdadeiro aborto. O Estado é que é um verdadeiro aborto.
JM — Acha que a moda de que falava atrás vai prevalecer no resultado do referendo?
FG — Temo que sim. Os portugueses estão fartos destas coisas. Se houvesse alguma justiça, tínhamos era de aceitar o referendo que já foi feito, porque foi válido, democrático e universal. O querer fazer um segundo referendo é uma falta de democracia. É estalinismo, porque é querer obrigar a que se vá tomar uma determinada decisão.
JM — Acha portanto que o Governo está a querer levar a sua ideia avante, uma vez que na primeira consulta não foi atingido o resultado desejado?
FG — Exactamente. No fundo, é isso que se pretende. A tal "esquerda democrática" já anunciou que se o referendo for negativo, vai propor que se resolva o problema na Assembleia da República, no sentido de liberalizar o aborto. Quando o problema do país se torna no aborto e se faz disso uma bandeira eleitoral, merecemos, de facto, ser os últimos da Europa.
Portugueses vão pagar para estar doentes
JM — Como vê a questão das taxas moderadoras, apesar de o Governo Regional já ter afirmado que não serão aplicadas?
FG — Na prática, com estas taxas moderadoras, os portugueses vão passar a pagar para estar doentes, porque o Estado abdica completamente de qualquer apoio aos portugueses. Quando o senhor ministro, ignobilmente, diz que são apenas cinco euros e que é um valor simbólico, infelizmente, para os portugueses, não é assim tão simbólico. Com cinco euros ainda se compra alguma massa e algum pão, que ainda continuam a ser, infelizmente, a alimentação única dos portugueses. O que é lamentável é que os portugueses ainda não se tenham apercebido disto.
Acho que, neste momento, estamos a ter um capitalismo de Estado, que na prática é o comunismo, o estalinismo.
O nosso primeiro-ministro chama-se José Sócrates, mas devia chamar-se José Estaline. (hehehe)
Estamos a caminhar para um capitalismo de Estado, em que o Estado diz que está a poupar, mas, na prática, está a ter uma despesa corrente muito grande e está a tirar aos portugueses aquilo que até agora tinham. Este Governo insiste em descredibilizar a própria sociedade. É o ataque aos professores, que é mirabolante, é o ataque aos juízes e ao Ministério Público e é a descredibilização dos polícias e dos militares. Além disso, há ainda a descredibilização da Igreja. Contudo, quando algum papa vier a Fátima, os ministros irão lá todos levar flores e velas, que é a tal hipocrisia própria dos portugueses, principalmente dos Governos e das esquerdas.
JM — Acha que este Governo da República é hipócrita?
FG — Completamente. No mínimo cem por cento, já que a dívida portuguesa é de duzentos por cento. O Governo não está a resolver o problema dos portugueses, mas o problema de Portugal perante Bruxelas. Os verdadeiros problemas dos portugueses ainda não foram resolvidos. Pelo contrário, estão a ser desresolvidos. Acho que não se fez nada em prol dos portugueses.
JM — Com todas as medidas que têm vindo a ser implementadas, em que Estado é que o Governo deixou o sector da saúde?
FG — Ainda é cedo para poder avaliar. É preciso que se diga que a grande crise que estamos a pagar agora não foi causada nem pelo doutor Santana Lopes, nem pelo doutor Durão Barroso, mas pelo engenheiro Guterres, porque foi ele que, para manter o seu carisma e não forçar eleições nem baixar sondagens, não quis aumentar a gasolina e outros bens, o que foi a razão que levou o professor Sousa Franco a sair do Governo nessa altura. São estas pequenas coisas que nos levam à situação actual. A situação actual foi criada pelos mesmos que lá estão. Quando as pessoas não têm currículo e acabaram o curso e entraram directamente para a política, é fácil ver o que fizeram ou não. Penso que esse é um dos problemas do actual Governo. Ou há pessoas sem currículo nenhum, como é o caso do primeiro-ministro, ou então as pessoas têm muito currículo, como o ministro da saúde, e depois não têm tempo para viver o dia-a-dia e decidem tudo em gabinete. Temo que o que se está a fazer à saúde em Portugal é decidir muito em gabinete, o que pode levar a que as consequências sejam graves na prática. Perante o pagamento de uma taxa moderadora para ser internado e ser operado, os portugueses, como não têm dinheiro e precisam dele para comprar bens alimentares, vão gastar o tal valor simbólico para comprar esses mesmos bens e vão adiar o tratamento. Depois, quando chegam ao hospital, já estão numa fase de desenvolvimento da doença em que vão gastar muito mais.
JM — É caso para dizer que o Governo vai fazer adoecer os portugueses?
FG — Penso que se corre esse risco, porque as pessoas não vão celeremente a correr para os hospitais e para os médicos, por causa do problema da poupança, e, portanto, isso pode levar a que fiquem mais doentes do que já estão.
«A situação corre o risco de piorar. Estamos nas mãos de Bruxelas e é óbvio que Bruxelas quer que sejamos um país de serviços para eles. Se vão dar algum dinheiro para fazer o TGV, que é uma estupidez, de certeza que não é para os portugueses andarem nele, porque não têm dinheiro para isso. É para os outros entrarem. As auto-estradas que foram feitas são também para os outros entrarem rapidamente com os seus produtos, particularmente os espanhóis. Estamos a correr o risco de nos transformarmos numa província espanhola. A nossa autodeterminação enquanto país está a ser hipotecada. Estamos a ficar socialmente cada vez mais longe de todos os europeus. Deixo uma reflexão: É que talvez os médicos formados daqui a dez anos prefiram ir para Espanha ou para França acartar blocos e areia, em vez de trabalharem em Portugal como médicos, à semelhança do que se passa com alguns imigrantes».
«É mais um símbolo do estalinismo e do capitalismo de Estado» Entidade Reguladora «deve ser atingida pela lei»
Confrontado com o facto de as Ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos terem reivindicado, junto do presidente da Assembleia da República, a extinção da Entidade Reguladora Saúde, o presidente do Conselho Distrital da Madeira da ordem dos Médicos referiu que este organismo «deve ser a primeira entidade a ser atingida pela lei do aborto».
Para França Gomes, a Entidade Reguladora da Saúde não se justifica, até porque «é mais símbolo do estalinismo e do capitalismo de Estado».
«O Estado reconhece a Ordem dos Médicos e as outras como reguladoras nas suas áreas e aprovou, por larga maioria, a lei do acto médico, que só não está em vigor porque o ex-presidente da República, Jorge Sampaio, resolveu metê-la na gaveta», disse, para justificar a posição de que a Entidade Reguladora deveria ser extinta. Por outro lado, o nosso interlocutor considerou contraditória a existência da Entidade Reguladora, numa altura em que o Estado pede contenção. «É mais um organismo com mais uns funcionários públicos, aos quais o Governo tem tanta aversão», sustentou.
Executivo pensa em termos macroeconómicos
Questionado sobre se, de algum modo a carreira médica está ameaçada, devido às medidas que têm vindo a ser implementadas, França Gomes sublinhou que é preciso ter em conta duas vertentes distintas: a regional e a nacional. «Neste momento, ao nível nacional, levantam-se algumas ondas de descontentamento, por alterações que estão a ser feitas nos salários, nos horários de trabalho e em todo o sistema de prestação de serviço por parte dos médicos. Na Madeira, até ao momento, nada foi falado em sentido contrário e presume-se que tudo se manterá como até aqui», disse.
No seu entender, o grande problema é que «o Governo está a pensar em termos macro-económicos» e «está a tentar interpretar a saúde como uma fonte de gastos que tem de dar lucro e não está a pensar na parte humanista da questão». É que, disse ainda, «quanto menos doentes tivermos, mais trabalhadores vamos ter para aumentar a produtividade e a riqueza do país».
Governo central contribui para a desertificação
Para o presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos, com a reorganização dos serviços de urgência e de várias unidades de saúde que está a ocorrer em Portugal, o Governo está a contribuir para a desertificação do país, uma vez que as pessoas terão de se deslocar para o litoral. Além disso, critica o facto de muitas crianças nascerem em Espanha. Para França Gomes, esta medida «é mais uma coisa decidida pelos números e pelos gabinetes».
Distribuição dos médicos tem falhas
A questão do número de médicos é frequentemente abordada. De acordo com França Gomes, em termos de médico por habitante, «nós temos um rácio muito bom, especialmente na Madeira, que é de um médico para menos de 500 habitantes». No entender deste responsável, o problema é a distribuição destes profissionais, que «não está bem em termos de especialidades», uma vez que «há lacunas nalgumas especialidades e excessos noutras». A medicina geral e familiar é aquela em que há mais falta.
Ricardo Caldeira
«ESTADO É UM VERDADEIRO ABORTO»
O presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos é fortemente crítico em relação às medidas que estão a ser tomadas pelo Governo central na área da saúde. Assumidamente contra o aborto, reprova o fecho de maternidades, hospitais e serviços de urgência e a abertura de clínicas para abortos, subsidiadas pelo Estado.
«O Estado não subsidia os doentes e os inválidos, tira as reformas à terceira idade, põe-nos a pagar impostos e medicamentos mais caros e, por outro lado, vai fazer abortos de borla», acusa.
França Gomes considera que com a implementação das taxas moderadoras «os portugueses vão passar a pagar para estar doentes». Mais do que isso, diz que o Executivo pode contribuir para que os portugueses fiquem «mais doentes».
Jornal da Madeira — O Governo aprovou a realização de um segundo referendo sobre o aborto. Qual a sua opinião sobre esta matéria?
França Gomes — Acho que esse é um falso problema. O aborto é um problema de consciência individual, mas também de consciência colectiva. Qualquer que seja a sondagem ou o resultado do referendo, a consciência colectiva portuguesa é católica, pelo que a sua perspectiva será anti-aborto.
Mas há a consciência individual. Cabe a cada pessoa fazer a sua própria leitura sobre o aborto. Por outro lado, existe ainda a vertente política da questão. As tendências esquerdistas são sempre mais pró-aborto e, neste momento, como é moda ser de esquerda em Portugal, é natural que se levante o problema do aborto.
Digo que o problema é falso, porque a lei actual já permite a prática do aborto em casos de violação, quando a vida da mãe está em risco e quando o feto é comprovadamente doente, com patologias graves ou não tratáveis. Tirando estas três circunstâncias, não vejo outra razão que justifique o recurso ao aborto, a menos que seja uma mulher que faça sexo hoje e queira abortar amanhã, o que não é plausível.
JM — A lei deve continuar como está?
FG — Penso que a lei como está, está muito bem. É uma lei perfeitamente lógica e que contempla os casos em que é necessário o aborto. Mas o problema que se põe neste momento é que estamos num país em que o Governo deixou de comparticipar a contracepção. Deixou de haver comparticipação para a contracepção oral, deixou de haver o fornecimento de preservativos gratuitos nos centros de saúde, deixou de haver a introdução de dispositivos intra-uterinos gratuitos e, mais grave que isso, deixou de haver a gratituidade para os doentes com HIV positivo ou para os doentes cancerosos. Depois, vê-se esse mesmo Estado, que não faz a contracepção oral, que não dá gratituidade de medicação aos cancerosos e aos doentes com Sida, fazer abortos gratuitos.
Governo tem atitude «hiper-demagógica»
JM — Como classifica essa atitude?
FG — É hiper-demagógica, até porque em termos políticos, quando se agita a bandeira de essa ter sido uma promessa política nas eleições, depois das mentiras e de todas as promessas que não foram cumpridas e que foram deturpadas, era melhor que continuassem pela mentira. Uma das coisas que os esquerdistas, isto é, os homens da moda, costumam dizer, é que quando há fecundação ainda não há vida e, como tal, pode-se abortar a torto e a direito. Mas, quando se fala em procriação assistida, em implantação de óvulos no útero e em fecundação “in vitro”, aí há vida, mesmo para esses esquerdistas. Para eles, a definição de vida num dia é uma e no outro dia é outra.
JM — Mas um feto com dez semanas é, efectivamente, considerado vida?
FG — Sim. Nesse aspecto não há discussão. Mas, voltando à questão, a maneira como o aborto vai ser posto, faz com que as mulheres que cheguem ao hospital, de repente a dizer que querem abortar, passem imediatamente à frente de outras cirurgias que podem ser mais prioritárias. E há ainda uma terceira face da questão. Ainda não se sabe qual será o resultado do referendo, mas, não só o ministro da saúde já se propõe a preparar clínicas e hospitais para fazer abortos, como se propõe aceitar que clínicas espanholas abram em Portugal para esse efeito, já em Janeiro. É estranho, não é?
Estado é que é «um verdadeiro aborto»
JM — Como se explica o fecho de uns estabelecimentos de saúde e se abre outros para esta prática?
FG — Fecham-se maternidades, hospitais e serviços de urgência e abrem-se clínicas para abortos, subsidiadas pelo Estado. O Estado não subsidia os doentes e os inválidos, tira as reformas à terceira idade, põe-nos a pagar impostos e medicamentos mais caros e, por outro lado, vai fazer abortos de borla. Penso que esta atitude é que é um verdadeiro aborto. O Estado é que é um verdadeiro aborto.
JM — Acha que a moda de que falava atrás vai prevalecer no resultado do referendo?
FG — Temo que sim. Os portugueses estão fartos destas coisas. Se houvesse alguma justiça, tínhamos era de aceitar o referendo que já foi feito, porque foi válido, democrático e universal. O querer fazer um segundo referendo é uma falta de democracia. É estalinismo, porque é querer obrigar a que se vá tomar uma determinada decisão.
JM — Acha portanto que o Governo está a querer levar a sua ideia avante, uma vez que na primeira consulta não foi atingido o resultado desejado?
FG — Exactamente. No fundo, é isso que se pretende. A tal "esquerda democrática" já anunciou que se o referendo for negativo, vai propor que se resolva o problema na Assembleia da República, no sentido de liberalizar o aborto. Quando o problema do país se torna no aborto e se faz disso uma bandeira eleitoral, merecemos, de facto, ser os últimos da Europa.
Portugueses vão pagar para estar doentes
JM — Como vê a questão das taxas moderadoras, apesar de o Governo Regional já ter afirmado que não serão aplicadas?
FG — Na prática, com estas taxas moderadoras, os portugueses vão passar a pagar para estar doentes, porque o Estado abdica completamente de qualquer apoio aos portugueses. Quando o senhor ministro, ignobilmente, diz que são apenas cinco euros e que é um valor simbólico, infelizmente, para os portugueses, não é assim tão simbólico. Com cinco euros ainda se compra alguma massa e algum pão, que ainda continuam a ser, infelizmente, a alimentação única dos portugueses. O que é lamentável é que os portugueses ainda não se tenham apercebido disto.
Acho que, neste momento, estamos a ter um capitalismo de Estado, que na prática é o comunismo, o estalinismo.
O nosso primeiro-ministro chama-se José Sócrates, mas devia chamar-se José Estaline. (hehehe)
Estamos a caminhar para um capitalismo de Estado, em que o Estado diz que está a poupar, mas, na prática, está a ter uma despesa corrente muito grande e está a tirar aos portugueses aquilo que até agora tinham. Este Governo insiste em descredibilizar a própria sociedade. É o ataque aos professores, que é mirabolante, é o ataque aos juízes e ao Ministério Público e é a descredibilização dos polícias e dos militares. Além disso, há ainda a descredibilização da Igreja. Contudo, quando algum papa vier a Fátima, os ministros irão lá todos levar flores e velas, que é a tal hipocrisia própria dos portugueses, principalmente dos Governos e das esquerdas.
JM — Acha que este Governo da República é hipócrita?
FG — Completamente. No mínimo cem por cento, já que a dívida portuguesa é de duzentos por cento. O Governo não está a resolver o problema dos portugueses, mas o problema de Portugal perante Bruxelas. Os verdadeiros problemas dos portugueses ainda não foram resolvidos. Pelo contrário, estão a ser desresolvidos. Acho que não se fez nada em prol dos portugueses.
JM — Com todas as medidas que têm vindo a ser implementadas, em que Estado é que o Governo deixou o sector da saúde?
FG — Ainda é cedo para poder avaliar. É preciso que se diga que a grande crise que estamos a pagar agora não foi causada nem pelo doutor Santana Lopes, nem pelo doutor Durão Barroso, mas pelo engenheiro Guterres, porque foi ele que, para manter o seu carisma e não forçar eleições nem baixar sondagens, não quis aumentar a gasolina e outros bens, o que foi a razão que levou o professor Sousa Franco a sair do Governo nessa altura. São estas pequenas coisas que nos levam à situação actual. A situação actual foi criada pelos mesmos que lá estão. Quando as pessoas não têm currículo e acabaram o curso e entraram directamente para a política, é fácil ver o que fizeram ou não. Penso que esse é um dos problemas do actual Governo. Ou há pessoas sem currículo nenhum, como é o caso do primeiro-ministro, ou então as pessoas têm muito currículo, como o ministro da saúde, e depois não têm tempo para viver o dia-a-dia e decidem tudo em gabinete. Temo que o que se está a fazer à saúde em Portugal é decidir muito em gabinete, o que pode levar a que as consequências sejam graves na prática. Perante o pagamento de uma taxa moderadora para ser internado e ser operado, os portugueses, como não têm dinheiro e precisam dele para comprar bens alimentares, vão gastar o tal valor simbólico para comprar esses mesmos bens e vão adiar o tratamento. Depois, quando chegam ao hospital, já estão numa fase de desenvolvimento da doença em que vão gastar muito mais.
JM — É caso para dizer que o Governo vai fazer adoecer os portugueses?
FG — Penso que se corre esse risco, porque as pessoas não vão celeremente a correr para os hospitais e para os médicos, por causa do problema da poupança, e, portanto, isso pode levar a que fiquem mais doentes do que já estão.
«A situação corre o risco de piorar. Estamos nas mãos de Bruxelas e é óbvio que Bruxelas quer que sejamos um país de serviços para eles. Se vão dar algum dinheiro para fazer o TGV, que é uma estupidez, de certeza que não é para os portugueses andarem nele, porque não têm dinheiro para isso. É para os outros entrarem. As auto-estradas que foram feitas são também para os outros entrarem rapidamente com os seus produtos, particularmente os espanhóis. Estamos a correr o risco de nos transformarmos numa província espanhola. A nossa autodeterminação enquanto país está a ser hipotecada. Estamos a ficar socialmente cada vez mais longe de todos os europeus. Deixo uma reflexão: É que talvez os médicos formados daqui a dez anos prefiram ir para Espanha ou para França acartar blocos e areia, em vez de trabalharem em Portugal como médicos, à semelhança do que se passa com alguns imigrantes».
«É mais um símbolo do estalinismo e do capitalismo de Estado» Entidade Reguladora «deve ser atingida pela lei»
Confrontado com o facto de as Ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos terem reivindicado, junto do presidente da Assembleia da República, a extinção da Entidade Reguladora Saúde, o presidente do Conselho Distrital da Madeira da ordem dos Médicos referiu que este organismo «deve ser a primeira entidade a ser atingida pela lei do aborto».
Para França Gomes, a Entidade Reguladora da Saúde não se justifica, até porque «é mais símbolo do estalinismo e do capitalismo de Estado».
«O Estado reconhece a Ordem dos Médicos e as outras como reguladoras nas suas áreas e aprovou, por larga maioria, a lei do acto médico, que só não está em vigor porque o ex-presidente da República, Jorge Sampaio, resolveu metê-la na gaveta», disse, para justificar a posição de que a Entidade Reguladora deveria ser extinta. Por outro lado, o nosso interlocutor considerou contraditória a existência da Entidade Reguladora, numa altura em que o Estado pede contenção. «É mais um organismo com mais uns funcionários públicos, aos quais o Governo tem tanta aversão», sustentou.
Executivo pensa em termos macroeconómicos
Questionado sobre se, de algum modo a carreira médica está ameaçada, devido às medidas que têm vindo a ser implementadas, França Gomes sublinhou que é preciso ter em conta duas vertentes distintas: a regional e a nacional. «Neste momento, ao nível nacional, levantam-se algumas ondas de descontentamento, por alterações que estão a ser feitas nos salários, nos horários de trabalho e em todo o sistema de prestação de serviço por parte dos médicos. Na Madeira, até ao momento, nada foi falado em sentido contrário e presume-se que tudo se manterá como até aqui», disse.
No seu entender, o grande problema é que «o Governo está a pensar em termos macro-económicos» e «está a tentar interpretar a saúde como uma fonte de gastos que tem de dar lucro e não está a pensar na parte humanista da questão». É que, disse ainda, «quanto menos doentes tivermos, mais trabalhadores vamos ter para aumentar a produtividade e a riqueza do país».
Governo central contribui para a desertificação
Para o presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos, com a reorganização dos serviços de urgência e de várias unidades de saúde que está a ocorrer em Portugal, o Governo está a contribuir para a desertificação do país, uma vez que as pessoas terão de se deslocar para o litoral. Além disso, critica o facto de muitas crianças nascerem em Espanha. Para França Gomes, esta medida «é mais uma coisa decidida pelos números e pelos gabinetes».
Distribuição dos médicos tem falhas
A questão do número de médicos é frequentemente abordada. De acordo com França Gomes, em termos de médico por habitante, «nós temos um rácio muito bom, especialmente na Madeira, que é de um médico para menos de 500 habitantes». No entender deste responsável, o problema é a distribuição destes profissionais, que «não está bem em termos de especialidades», uma vez que «há lacunas nalgumas especialidades e excessos noutras». A medicina geral e familiar é aquela em que há mais falta.
Ricardo Caldeira
quarta-feira, novembro 01, 2006
A Conspiração do Mundo
Os Donos do Mundo
Juan Carlos Castillón
Bertrand Editora
excerto:
O mundo está cheio de pessoas que pensam que Lady Di foi assassinada pelos serviços secretos britânicos, que a SIDA foi uma criação de um laboratório norte-americano, que os homens nunca puseram os pés na Lua ou que o nosso planeta é governado na sombra por um grupo elitista constituído por dirigentes do clube Bilderberg, "maçons", "illuminati", jesuítas, milionários judeus (como Rockefeller e Rothschild) ou por membros da sociedade Skull and Bones. São as mesmas pessoas que têm a certeza de que a História oficial está repleta de mentiras e que a Verdade (com maiúscula) está em livros como os Protocolos dos Sábios do Sião ou os Diários de Turner.; Um livro fundamental para examinar a origem e os mecanismos que deram lugar às teorias conspirativas e reflectir sobre as razões que podem levar as pessoas mais normais e razoáveis a crer nas teses mais inverosímeis.
http://www.bertrand.pt/
Mais um excerto do livrinho irónico:
McVEICH, O MEU AVÔ E EU
Vimos belas flores de chama e aço a crescer em todos os lados, dançando no asfalto, troando no meio do edifício esventrado e incendiando os carros, eructando dentro e fora do Capitólio, cobrando o seu tributo nas fileiras da tirania e da traição.
WILLIAM PIERCE, Os Diários de Turner
Por que se interessam as pessoas tanto por conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Embora, para falar verdade, talvez devesse perguntar: por que me interessam tanto conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Talvez porque tinha medo de entrar no túnel do Metro quando era criança ou talvez porque estava nos Estados Unidos quando rebentou a bomba de Oklahoma. Em resumo, porque num determinado momento me apercebi de que ao longo da minha vida, de Espanha a Miami, passando pela América Central, tinha sempre estado perto de alguém que acreditava nelas e parecia ser sempre a mesma conspiração, ainda que mudassem os nomes dos conspiradores. Talvez porque num determinado momento também acreditei nelas, e essa crença marcou a minha vida.
Juan Carlos Castillón
Bertrand Editora
excerto:
O mundo está cheio de pessoas que pensam que Lady Di foi assassinada pelos serviços secretos britânicos, que a SIDA foi uma criação de um laboratório norte-americano, que os homens nunca puseram os pés na Lua ou que o nosso planeta é governado na sombra por um grupo elitista constituído por dirigentes do clube Bilderberg, "maçons", "illuminati", jesuítas, milionários judeus (como Rockefeller e Rothschild) ou por membros da sociedade Skull and Bones. São as mesmas pessoas que têm a certeza de que a História oficial está repleta de mentiras e que a Verdade (com maiúscula) está em livros como os Protocolos dos Sábios do Sião ou os Diários de Turner.; Um livro fundamental para examinar a origem e os mecanismos que deram lugar às teorias conspirativas e reflectir sobre as razões que podem levar as pessoas mais normais e razoáveis a crer nas teses mais inverosímeis.
http://www.bertrand.pt/
Mais um excerto do livrinho irónico:
McVEICH, O MEU AVÔ E EU
Vimos belas flores de chama e aço a crescer em todos os lados, dançando no asfalto, troando no meio do edifício esventrado e incendiando os carros, eructando dentro e fora do Capitólio, cobrando o seu tributo nas fileiras da tirania e da traição.
WILLIAM PIERCE, Os Diários de Turner
Por que se interessam as pessoas tanto por conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Embora, para falar verdade, talvez devesse perguntar: por que me interessam tanto conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Talvez porque tinha medo de entrar no túnel do Metro quando era criança ou talvez porque estava nos Estados Unidos quando rebentou a bomba de Oklahoma. Em resumo, porque num determinado momento me apercebi de que ao longo da minha vida, de Espanha a Miami, passando pela América Central, tinha sempre estado perto de alguém que acreditava nelas e parecia ser sempre a mesma conspiração, ainda que mudassem os nomes dos conspiradores. Talvez porque num determinado momento também acreditei nelas, e essa crença marcou a minha vida.
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