sexta-feira, julho 03, 2009

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A origem da povoação de Salir perde-se no tempo, sustentando-se a hipótese de ter sido habitada pelos Celtas.

A Freguesia de Salir é a maior do Concelho de Loulé e uma das maiores do nosso país, tem cerca de 200 km². É seguramente, uma freguesia das mais importantes. Situa-se na Beira Serra e faz a transição entre o Barrocal e a Serra Algarvia, e estabelece, ainda, a ligação entre o Alentejo e o Algarve.

Salir tem uma população estimada em cerca de 5.000 habitantes e é uma freguesia de base agrícola, ao mesmo tempo que ostenta um inestimável património histórico, natural e paisagístico. Produz amêndoas, alfarrobas, azeitonas, cortiça e trigo. No que se refere ao regadio, ocupa também um lugar de relevo uma vez que parte da freguesia se situa no prolongamento dos chamados "Barros Velhos" de Silves, excelentes para a hortofruticultura.

Salir oferece enormes potencialidades turísticas em diversas vertentes, como o Agro-Turismo, o Turismo de Habitação e o Turismo de Caça. O sítio do Malhão, o Serro dos Negros, o Serro do Alganduro, a Rocha da Pena, a Nave do Barão, a Cruz Alta, o Castelo de Salir, a Cabaça, o Carrasqueiro, o Morgado de Salir, a Rota das Noras e Azenhas, entre outros, constituem excelentes zonas de aptidão turística.









A Festa da Espiga, celebrada na Quinta-feira de Ascensão (Maio) :

É a festa mais importante a nível das manifestações tradicionais da freguesia de Salir, _uma _vez _que _encerra aspectos verdadeiramente ancestrais que estão relacionados com as raízes culturais das suas gentes.

O cortejo alegórico, único no país, funciona como atractivo turístico a par com uma mostra/feira do mais genuíno artesanato.

Na freguesia de Salir, a par com as festas e as romarias, também são realizadas diversas feiras ao longo do ano, nomeadamente, a 25 de Janeiro, a 4 de Maio e a 14 e 15 de Setembro.













Salir _é _muito, _muito _rico. _Tem _um _património _natural _fantástico e ostenta uma memória edificada de criar inveja a qualquer vila deste país.O sítio do Malhão e a Rocha da Pena, são os ex-libris da nossa frequesia onde o amante da natureza pode descansar o olhar em desejada contemplação do que de mais genuíno existe. quem é insensível àarte é que não em Salir uma imensa galeria. Não é preciso esperar pela Primavera para poder observar os melhores e mais deslumbrantes quadros, mas é nessa estação do ano que a cor invade os nossos corações e podemos percorrer a rota das noras e imaginar o fervilhar devida e alegria que naquelas várzeas se viveu. Poderíamos passar pelo nosso imenso património natural ou edificado e esquecer-nos do"cultural", mas admitir essa hipótese seria uma heresia. Efectivamente,se algo existe de que uma população se possa e deva orgulhar é aquilo que de relevante lhe foi deixado pelos seus antepassados. Salir, como qualquer outra freguesia, orgulha-se da sua cultura, das suas tradições,dos seus costumes, da sua gastronomia... enfim de tudo o que ao longo dos anos, das décadas e dos séculos, os seus pais, avós, bisavós etodos os seus antepassados gravaram nas pedras da vida e que hojeforma o seu património. Sim, é deveras riquíssimo esse legado; se pensarmos no património oral, com a sua enorme lista de mezinhas,provérbios, histórias ou contos e lengalengas ou no gastronómico, com os seus pratos ancestrais de sabores diversos e aromas fortemente condimentados, ou nas suas poesias de poetas vulgares encravados no barrocal ou na serra, onde debaixo de uma sobreira ou alfarrobeira ensaiaram versos simples de fria verdade, cada vez nos orgulhamos mais de aqui ter nascido, nesta terra de poucas palavras, mas de muitos sentimentos.


O Sítio Classificado da Rocha da Pena é uma relíquia ambiental de extraordinária beleza. Ao longo dos anos, a sua rocha calcária tem sofrido uma lenta erosão, formando fendas e grutas. A sua flora é amplamente diversa, possuindo mais de 500 espécies, das quais algumas são endémicas e muitas outras são medicinais e aromáticas. A sua localização geográfica, permite uma grande diversidade de avifauna, tendo sido avistadas cerca de 122 espécies. Habitam também o local, mamíferos como o Coelho e o Javali e pequenos predadores como a Raposa, a Gineta e o Saca-Rabos. Um percurso pedestre permite ao visitante conhecer alguns aspectos importantes de flora, fauna, geologia, património e desfrutar de uma paisagem deslumbrante.

O sítio classificado da Rocha da Pena (Parque Natural da Pena) é uma relíquia ambiental de extraordinária beleza com alto valor histórico e cientifico, encontrando-se nesta zona, nove (9) espécies endógenicas sendo um lugar procurado pelas aves de rapina, designadamente, gaviões e águias.

Foram identificadas (em 1987) algumas espécies como por exemplo, a águia de bonelli e o Bufo-real.





Mais do que agora, Salir, foi um local fervilhante de vida, de gente e de riqueza, devido à sua intensa actividade económica. Mas ainda hoje, a freguesia de Salir é rainha em determinados campos da nossa economia. A cortiça que pelas encostas da nossa serra nasce, cresce e é extraída, é sem dúvida a melhor do mundo. E é na serra também que o medronheiro dá o seu fruto, o medronho, que com tradição é destilado e o resultado é um líquido de sabor ímpar, a aguardente de medronho. O doce figo, que casado com a amêndoa, proporcionam um sabor único e delicioso são outros dos frutos que brotam na nossa terra. Sendo a cortiça, o medronho, a alfarroba, a amêndoa, o figo, a noz e a azeitona, aqueles frutos que com maior abundância existem na nossa região, outros há que merecem ser mencionados. Não nos podemos esquecer da laranja, e outros citrinos, das nêsperas, dos diospiros, das ameixas, das uvas, das pêras e dos pêros entre outros frutos, que felizmente existem em abundância nos nossos quintais e hortas, fazendo de Salir uma terra de fartura.











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A _gastronomia _desta _freguesia _é _bastante _rica _e _original e quem considera ser um “bom garfo”, encontrará, certamente em Salir pratos típicos que são dignos de serem repetidos. Para além dos substânciais "jantares" de grão ou feijão, das sopas de batata, de repolho ou de galo caseiro, um dos pratos mais apreciados é o "xerém", papas de milho habitualmente acompanhadas de peixe frito. O verão é a época do saboroso "arjamolho" uma espécie de salada fria à base de tomate. Durante a época de caça, o menu tradicional é enriquecido por outros pratos como as sopas de lebre e o guisado de perdiz ou de javali. À sobremessa, não faltam os bolos à base de figo, amêndoa ou gila (morgados, D. Rodrigos) e o ancestral "bolo de faca". A acompanhar todas estas iguarias, é costume servir-se o apreciado Vinho da Nave do Barão e a Aguardente de Medronho, uma produção local cuja origem remonta à Idade Média.

Sites visitados:






O percurso pedestre é de aproximadamente 4700m, que permitem ao visitante conhecer alguns dos aspectos mais significativos do sítio Classificado.


MAPA DO PERCURSO: LINK

Escarpa - da morfologia da Rocha da Pena, salienta-se uma cornija escarpada de calcários muito duros, comcreca de 2 km de comprimento e onde se atingem mais de 50m de altura. Esta formação calcária particular, surge numa zona de transição goelógica para os xistos da serra.


Miradouro Norte - daqui se vislumbra uma bela panorâmica do vale da Quinta do Freixo e do relevo da serra xistosa na linha do horizonte, a norte da Rocha.

Flora - a flora do sítio é rica e variada. Constituida basicamente poe espécies características das formações do barrocal, nela se identificam, contudo, alguns endemismos portugueses como Allium pruinatum e Bellevalia Hackelii e outros de distribuição restrita no Algarve, como o carvalho cerquinho. Entre as mais vulgares, pedemos observar alecrins, aroeiras, medronheiros, rosmaninhos, zimbros, estevas, para além das pequenas orquídeas espontâneas.

Fauna - da fauna deste local, salienta-se a presença de grandes rapinas como a Águia de Bonelli e o Bufo Real. Aqui abundam também uma série de espécies de passariformes e pequenos mamíferos como o Coelho, a Raposa, a Gineta e o Saca-rabos.


Amuralhamento - segundo alguns autores, este amuralhamento remosta ao período da Idade do Ferro. Atravessa a Rocha a toda a largura numa extensão de 0.8km, constituindo um elemento impressionante pela dimensõ e localização.

Talefe (miradouro sul) - neste local atinge-se a maior altitude de Sítio Classificado (479m). Embora a mais de 30 km da costa, daqui se avista o mar nos dias mais claros. A paisagem abarcada deste lado, é a do barrocal típico.

Amuralhamento - outro amuralhamento atribuido ao período da Idade do Ferro que, embora bastante destruido e menos perceptível, é mais comprido do que o existente no topo da Rocha. As duas mulheres, fariam parte de um sistema ali implantado para defesa.

Penina - Aldeia característica do interior algarvio, onde ainda são perceptívais alguns exemplos da arquitectura tradicional desta região, sendo de destacar um portal em arcada e uma chaminé 1821.



(http://www.casadamae.com)


AS TRADIÇÕES

Muitas das coisas já se perderam, Actividades como o cultivo, preparação e tecelagem do linho, a moagem dos cereais nos tÌpicos moinhos de vento ou de água e, ainda a prensagem da azeitona nos tradicionais lagares de azeite, foram desaparecendo na voragem da sociedade moderna.

No entanto, nesta Freguesia ainda se manufacturam bons cestos de vime e de cana, diversos objectos de palma e esparto, bem como de lata, embora já não para serem utilizados no dia a dia do trabalho agrÌcola, mas sim com fins turÌsticos.

A produção de mel, de queijos de cabra e ovelha, de aguardente de medronho e de enchidos e restantes derivados da matança do porco, são outras tradições que se mantÍm. A gastronomia local é bastante rica e original.




Visite:

Turismo Rural

Casa do Torreão: ( http://www.casadotorreao.com/ )


Para que haja uma arqueologia das pedras, é preciso existir uma verdadeira arqueologia da alma. Essa ciência que consiste em mergulhar no passado para que o futuro dele se desprenda, e a pessoa possa existir inteira, magnífica, liberta, diante do tempo.

Quando se entra na Casa do Torreão, é assim que se pensa - Alguém soube fazer deste lugar da História um lugar com vida. Aqui as pedras falam, os lugares contam, as sombras chamam para uma narrativa da alegria e do bem estar. Integrados. Como os pássaros na paisagem, que lá fora cantam, sobre a Muralha.

Tomar a parte pelo todo, quando a parte é excelente, é aumentar a totalidade e defendê-la, portanto. Sobre esta casa singular, rasgada na encosta, é preciso dizer a verdade - Para um visitante que ame a Arte de saber Habitar, dizer Salir, a partir de agora, é dizer Torreão.
Autora Lídia Jorge



Quinta do Coração - ( http://www.algarveparadise.com/ )


Trata-se de um pequeno alojamento turístico situado na Serra do Caldeirão, próximo de Salir. Daqui pode apreciar a beleza da paisagem quase intacta. Produra prestar-se um serviço de grande qualidade aos nossos clientes.


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