Ataegina - deusa do renascimento(Primavera),fertilidade,natureza e cura.O nome Ataegina é originário do celta Ate + Gena (renascimento).Era venerada na Lusitânia e na Bética. Existem santuários dedicados à deusa em Elvas, Mérida e Cáceres na Extremadura espanhola,além de outros locais, especialmente perto do Rio.Era das principais deusas veneradas em Myrtilis(Mértola),Pax Julia(Beja),e especialmente venerada na cidade de Turobriga(Huelva).
sábado, setembro 25, 2010
Chalé dos Caldas e Vasconcelos e a praia da minha infância
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Praia de Armação de Pêra (anos 60) - Foto Custódio (Silves)
Fortaleza de Armação de Pera
História
Presume-se que a primitiva defesa do local tenha sido um antigo castro dos lusitanos ou um forte romano, destinado à defesa da foz da ribeira de Alcantarilha.
Posteriormente, aqui foi erguido um forte, em 1571, para defesa contra os ataques dos piratas da Barbária e de corsários em geral. Adicionalmente a estrutura oferecia protecção às pessoas que se deslocavam da freguesia de Alcantarilha para este local, onde se dedicavam à pesca.
Ao longo dos séculos, ao abrigo da defesa proporcionada pelo forte, populações foram-se fixando na região, dando origem ao povoado de Armação de Pêra, voltado para a actividade da pesca e da agricultura, nesta última, nomeadamente a produção de frutos secos.
Por volta de 1720 foi levantada, no interior da fortificação, a Capela de Santo António em homenagem ao padroeiro do forte.
Com o Terramoto de 1755 o forte sofreu severos danos, vindo a ser reconstruído alguns anos mais tarde.
Actualmente funciona como um mirante turístico para o areal de Armação de Pêra e o oceano.
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Nota Histórico-Artistica
Implantada em plena foz da ribeira de Alcantarilha, a povoação de Armação de Pêra desde cedo desempenhou um papel importante na fixação de populações que vivem do mar. O seu desenvolvimento deveu-se a duas características essenciais: de um lado, a pequena aldeia de pescadores, localizada a nascente; de outro, a fortaleza, que ao longo dos últimos séculos forneceu uma relativa segurança à povoação.
É muito pouco o que se sabe acerca desta fortificação. Alguns autores sugeriram que ela está implantada sobre as ruínas de um primeiro estabelecimento romano, ou mesmo pré-romano. Outros, apontaram a primitiva construção deste complexo, com a forma de um castelo, em plena Baixa Idade Média, numa altura de plena organização do território do recentemente conquistado reino do Algarve. O certo é que a construção que actualmente se conserva nada tem de épocas tão recuadas; o imóvel que hoje se pode observar é um produto da Idade Moderna, edificado ao longo de três fases fundamentais, a primeira das quais remontando ao tempo de D. João III, pelos meados do século XVI.
Documentalmente, a primeira data conhecida relacionada com esta fortaleza é a de 1571, ano apontado por diversos autores como o da construção do complexo fortificado. Tal facto, deverá estar associado à conclusão das obras, na medida em que são bastante fortes as informações que apontam para uma intervenção em pleno reinado de D. João III, período durante o qual se construíram muitas das fortalezas costeiras do Algarve. Praticamente um século depois, após a restauração da independência nacional, procedeu-se a uma campanha modernizadora, comprovada pela data de 1667, sobre o portal principal de acesso ao recinto. Nessa altura, realizou-se uma ampla reforma do edifício, no sentido de o adaptar às novas exigências da guerra, motivadas pela forte presença de piratas e corsários a soldo de governos do Norte da Europa (COUTINHO, 1999, p.265). A última fase construtiva de que se tem conhecimento data das primeiras décadas do século XVIII, em pleno período joanino, altura em que se edificou a pequena capela de Santo António - ou de Nossa Senhora dos Aflitos, numa clara alusão à protecção das populações piscatórias das redondezas -, modesto templo de nave única e desprovido de rasgos decorativos assinaláveis.
Pelas datas apontadas, é possível perceber como a fortaleza de Armação de Pêra é um fiel exemplo das mais importantes fases construtivas, de arquitectura militar, efectuadas no nosso país ao longo da época moderna. Partindo do reinado de D. João III, em que foram levantadas muitas fortalezas costeiras, o segundo impulso deu-se no contexto das Guerras da Restauração, em que a dinastia de Bragança lutou arduamente pela independência do país face a Espanha, e em que se restauraram e modernizaram muitas praças militares fronteiriças e costeiras, constituindo o Algarve um dos locais mais importantes deste processo, com obras desde praticamente Castro Marim à fortaleza de Sagres. A própria configuração da fortaleza testemunha essa intervenção seiscentista, materializada na secção meridional do edifício, cuja planta define uma pouco pronunciada estrela de cinco pontas. Finalmente, no reinado de D. João V procedeu-se à construção (ou reformulação) da pequena capela do interior, elemento de carácter religioso importante para os efectivos militares da fortificação, mas também para as populações envolventes, que aqui passaram a ver um símbolo de religiosidade e de protecção face aos perigos do mar.
PAF
É muito pouco o que se sabe acerca desta fortificação. Alguns autores sugeriram que ela está implantada sobre as ruínas de um primeiro estabelecimento romano, ou mesmo pré-romano. Outros, apontaram a primitiva construção deste complexo, com a forma de um castelo, em plena Baixa Idade Média, numa altura de plena organização do território do recentemente conquistado reino do Algarve. O certo é que a construção que actualmente se conserva nada tem de épocas tão recuadas; o imóvel que hoje se pode observar é um produto da Idade Moderna, edificado ao longo de três fases fundamentais, a primeira das quais remontando ao tempo de D. João III, pelos meados do século XVI.
Documentalmente, a primeira data conhecida relacionada com esta fortaleza é a de 1571, ano apontado por diversos autores como o da construção do complexo fortificado. Tal facto, deverá estar associado à conclusão das obras, na medida em que são bastante fortes as informações que apontam para uma intervenção em pleno reinado de D. João III, período durante o qual se construíram muitas das fortalezas costeiras do Algarve. Praticamente um século depois, após a restauração da independência nacional, procedeu-se a uma campanha modernizadora, comprovada pela data de 1667, sobre o portal principal de acesso ao recinto. Nessa altura, realizou-se uma ampla reforma do edifício, no sentido de o adaptar às novas exigências da guerra, motivadas pela forte presença de piratas e corsários a soldo de governos do Norte da Europa (COUTINHO, 1999, p.265). A última fase construtiva de que se tem conhecimento data das primeiras décadas do século XVIII, em pleno período joanino, altura em que se edificou a pequena capela de Santo António - ou de Nossa Senhora dos Aflitos, numa clara alusão à protecção das populações piscatórias das redondezas -, modesto templo de nave única e desprovido de rasgos decorativos assinaláveis.
Pelas datas apontadas, é possível perceber como a fortaleza de Armação de Pêra é um fiel exemplo das mais importantes fases construtivas, de arquitectura militar, efectuadas no nosso país ao longo da época moderna. Partindo do reinado de D. João III, em que foram levantadas muitas fortalezas costeiras, o segundo impulso deu-se no contexto das Guerras da Restauração, em que a dinastia de Bragança lutou arduamente pela independência do país face a Espanha, e em que se restauraram e modernizaram muitas praças militares fronteiriças e costeiras, constituindo o Algarve um dos locais mais importantes deste processo, com obras desde praticamente Castro Marim à fortaleza de Sagres. A própria configuração da fortaleza testemunha essa intervenção seiscentista, materializada na secção meridional do edifício, cuja planta define uma pouco pronunciada estrela de cinco pontas. Finalmente, no reinado de D. João V procedeu-se à construção (ou reformulação) da pequena capela do interior, elemento de carácter religioso importante para os efectivos militares da fortificação, mas também para as populações envolventes, que aqui passaram a ver um símbolo de religiosidade e de protecção face aos perigos do mar.
PAF
sexta-feira, setembro 03, 2010
Tempo de Vindimas...vem ai o bacozinho carregadinho de pão e vinho...
«Bem vindo à Festa das Vindimas!
A Festa das Vindimas, em Palmela, surgiu nos anos 60 do século passado, com o objectivo de promover o vinho da Região Demarcada da península de Setúbal. Além dos espectáculos de apresentação e eleição da Rainha das Vindimas, no Cine Teatro S. João, o programa da festa inclui os já tradicionais cortejo dos camponeses, o cortejo alegórico das Vindimas e bênção do 1º Mosto.
Este blog surge da necessidade de dar voz a quem visita a Festa, quem cá vive e por quem cá passa. Por quem tem amor à terra e paixão pela romaria de Setembro. Este blog dá a oportunidade de se expressarem à vontade e queremos saber tudo o que pensam!
Enviem os vossos comentários, as vossas histórias, os vossos testemunhos, as vossas fotografias, recentes e antigas, sugestões e ideias para a Festa! Queremos ouvi-lo, queremos lê-lo! E acima de tudo queremos que os responsáveis se apercebam que as vossas opiniões contam e agora existe este espaço para fazerem as vossas críticas (construtivas, claro) livre e publicamente!!!
Porque a Festa é nossa e é sua também!!!»
Enviem os vossos comentários, as vossas histórias, os vossos testemunhos, as vossas fotografias, recentes e antigas, sugestões e ideias para a Festa! Queremos ouvi-lo, queremos lê-lo! E acima de tudo queremos que os responsáveis se apercebam que as vossas opiniões contam e agora existe este espaço para fazerem as vossas críticas (construtivas, claro) livre e publicamente!!!
Porque a Festa é nossa e é sua também!!!»
retirado do blog : http://festadasvindimas.blogspot.com/
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«Este delicioso texto referente às vindimas, bem como a magnífica ilustração, faz parte do inesquecível livro de leitura da terceira classe do meu tempo.
De facto, quem já teve oportunidade de viver e trabalhar nas vindimas, de norte a sul do país, sabe que assim é.
Hoje em dia as vindimas e a decorrente produção do vinho, têm uma forte componente de trabalho mecanizado, tanto na apanha da uva como no transporte, como em todo o restante processo, desde o esmagamento até à sua passagem para o armazenamento. Por conseguinte, a mão-de-obra humana e animal é cada vez menos preponderante.
Noutros tempos, porém, todo o processo era fundamentalmente manual pelo que o envolvimento de bandos de homens e mulheres resultava sempre em jornadas de alegria, tanto na apanha como na tradicional pisa.
Na minha aldeia produzia-se vinho verde, mas na variedade chamada "americano" ou "morangueiro". Outrora muito apreciado em tascas e tabernas, mesmo da zona do Porto e Gaia, mas, fora alguns nichos de mercado, era um vinho comercialmente pobre, pelo que era produzido principalmente para clientes mais ou menos locais e também para consumo do dia-a-dia. O tinto era agradável mas de baixo teor alcoólico pelo que não permitia engarrafamento longo. Já o branco, mais forte, permitia um engarrafamento mais longo, mas sempre arriscado. Para o fortalecimento do vinho, era habitual mistural uvas de castas características do vinho verde, bem mais encorpado.
Fora esta característica, todo o processo que englobava a vinha e a vindima, era em tudo semelhante às grandes regiões vinícolas, como o Alto Douro, Dão ou Alentejo ou até com a região do Vinho Verde, no Minho, tendo aqui muitas semelhanças.»
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