sexta-feira, agosto 28, 2009

Mágico! Rituais falados dos ancestrais Celtiberos



Retirado do blog IBERIA AETERNA

Slania!Tenho aprendido muito com o amigo Marcílio Diniz, principalmente no grupo Reconsceltica, do Yahoo, que ele criou, e em nossas conversas, sobre o idioma dos antigos celtibéricos. Como sempre digo pro povo em nosso círculo: inúmeras são as Iniciações pelas quais passamos em nossa jornada....e aprender Keltiberika tem sido uma jornada iniciática única. Para quem como este que vos tecla, que se encanta com tudo aquilo que possa nos aproximar ainda mais da Sabedoria dos Ancestrais, poder cantar a Eles, aos Deuses de nossa gente, no idioma em que também cantavam, tem sido uma experiência abençoada, sagrada....
Depois de ter utilizado alguns dos hinos, invocações e cânticos que o Marcílio, nosso querido Bardo de Ypuarana, compôs, confesso que fiquei tentado, e me arrisquei a escrever algumas coisinhas também.....rsrs....sempre, CLARO, me reportando a ele, para que me ajude a elucidar onde estou a escorregar na gramática, entre outros...
O saldo disso até agora foram alguns cânticos curtos, espécies de mantras, que tenho utilizado nos ritos do culto doméstico, e no dia-a-dia, com muito êxito. Deixo alguns abaixo:


A todos os Deuses do Povo:

Ios Ollum Deiuum Deiuaumkue
Ansonom Genim
Nos aneseti
Uta nos kalantiseti!


Que Todos os Deuses assim como as Deusas
De nossa Gente
Nos protejam
E nos iluminem!


A Candeberônio, Deus da Luz e do Saber:

Ios Kandeberonios
Ziziseti nos Ueizom
Ekue Nertom Boutimkue
Ios Kandeberonios
Nos kalantiseti
Uta aneseti Trebas Ansom!


Que Candeberônio
Nos dê Sabedoria
Assim como Força e Vitória
Que Candeberônio
Nos ilumine
E proteja a Nossa Casa!



Cântico a Cabar ( Kabaros ), Deus Bode Lusitano, Senhor da Sabedoria e das Bruxas:

Ios Kabaros ziziseti me Britia
Ekue Kailos Ueizomkue
Uta kalantiseti skotunes!

Que Kabaros me dê o Dom de Encantar
Assim como o Presságio e a Sabedoria
E ilumine as trevas!


Cântico a Crouga Magareaigo, Deus ibérico lusitano da destruição e da Magia:

Ios Krougas Magareaigos
Deiuo Ansonas Toutas
Damnati ansonus namatus!
los Krougas Magareaigos
Ziziseti nos Britias
Ekue Kailos Boutimkue!

Que Crouga Magareaigo
Deus de Nossa Tribo
Prenda/amarre nossos inimigos!
Que Crouga Magareaigo
Nos dê o Dom de Encantar
Assim como o Presságio e a Vitória!

Cântico para Badb ( Badimas ) Deusa da Guerra, Senhora dos Corvos de Batalha:


Ios Badimas Katubotuas Rigania
Ziziseti nos Nertom ekue Latus
Boutimkue
Uta Aneseti Trebas Ansom!

Que Badimas Rainha dos Corvos de Batalha
Nos dê Força assim como Vigor e Vitória
E proteja Nossa Casa!


Cântico a Coventina, Deusa Lusitana da Cura e da Saúde:

Ioz Kouenteina Deiua Akuas
Ziziseti nos Iakum
Uta nos iskanti!

Que Coventina Deusa das Águas
Nos dê Cura
E nos lave/purifique!


Em breve postarei mais alguns cânticos no idioma de nossos Ancestrais de Celtibéria.
Ios Deiuum Deiuaumkue nos kalantiseti! ( Que os Deuses assim como as Deusas nos iluminem! ).
Raven Luques McMorrigú.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Passados três anos ainda cá estamos...

Hoje...a uns dias atrás, o nosso cantinho dos deuses fez três aninhos.
O tempo passa e nem damos por isso, mas o importante é que cá estamos e espero que dure muitos anos para continuar a felicitar os nossos leitores.

Um bem haja para quem nos continua a visitar.
Obrigada.

Ategina

domingo, agosto 23, 2009

Lendas de Ponte de Lima

Lenda da Pieira dos Lobos

Era uma vez um cavaleiro chamado D.Afonso Ancemonde, senhor de Refojos, em terras de Ponte de Lima, onde residia, num grande solar acastelado.

Fora companheiro de armas do pai do nosso primeiro rei e, junto dele, travara inúmeras batalhas contra os moiros, distinguindo-se pela firmeza do pulso, no manejo do montante, a cair, violento, sobre os brancos albornozes, tingindo-os de sangue vivo.

Mas a sua bravura igualava a brandura do seu coração, perante o encanto de uma mulher.
Pois, ao apaixonar-se, aquebrantava-se-lhe o ímpeto guerreiro, entregue, unicamente, à doçura do amor.

Caçador infatigável, ocupava as suas madrugadas perseguindo, no monte áspero da Labruja, o rasto do urso, que por esses tempos habitava aquelas selvas, feroz e traiçoeiro.

Um dia, porém, surgiu-lhe, pela frente, ululante, uma alcateia de lobos famintos e ameaçadores.

Não se temeu dela D. Afonso. Tomou o arco e disparou uma flecha certeira, atingindo, entre os olhos de fogo, o chefe do bando, que o comandava à dianteira.

O animal ferido soltou um uivo medonho e desapareceu numa brecha entre dois altos penedos, seguido pelos companheiros.

Quis o fidalgo ir-lhes no enlace, esporeando, com fúria, os flancos do seu ginete aterrorizado.
Partiu o cavaleiro numa corrida desenfreada.

Mas o cavalo, cego de dor e de medo, foi chocar com a dureza dos penedos, derrubando D. Afonso, que ali quedou desmaiado.

Quando o senhor de Refojos abriu, por fim, os olhos, viu-se deitado numa vasta gruta recoberta de peles de corça, assistido por uma dama formosíssima, que tinha, aos pés, com a mansidão de um cordeiro, o lobo alvejado pela sua flecha.

Perguntou-lhe D. Afonso quem era e por que se encontrava naquele misterioso lugar, na companhia perigosa de uma fera.

Ouviu-lhe, então, com espanto, a história do que lhe havia acontecido e do que lhe estava a acontecer:

Última das sete filhas de um casal de nobres pergaminhos, os pais haviam-se esquecido de lhe dar por madrinha uma das seis irmãs, condenando-a, assim, a um destino maldito:

Quando a Lua Cheia ilumina as noites limianas, ela transforma-se em pieira de lobos, (pastora de lobos), vagueando, com eles, pelo escuro das brenhas, pelos fundos fojos das montanhas, vendo-lhes a fauce sangrenta de abocanhar as presas, os olhos coruscantes.

Mas, nesse dia, completava-se o sétimo ano da sua condenação, quando o amor de um homem a podia restituir à liberdade , à paz de uma vida normal.

Por certo, D. Afonso era esse homem que a salvaria de fado tão cruento, concedendo-lhe a desejada felicidade.

Mas não era.

O cavaleiro, embora fascinado pela beleza da jovem, julgou-se diante de uma impostora, de alguém que lhe cobiçava o nome e a fortuna, inventando uma história fantástica para o seduzir.

Talvez uma dessas muitas comediantes que conhecera nas trupes teatrais, animadoras de serões dos paços, com seus trovadores, poetas e bailarinos, suas momices e entremezes.

Sim: com muitas dessas comediantes tivera amores passageiros, que lhe enfraqueciam os golpes de espada, no ardor do combate.

Não, não acreditava naquela falsa pieira de lobos, no artifício da gruta, no lobo submisso!

Tudo aquilo era, apenas, uma cilada ao seu coração sensível.

Com um gesto indignado afastou de si a embusteira.

Ai dele, porém!

A pieira de lobos falava verdade.

E, magoada com a dúvida de D. Afonso, logo nesse instante lhe lançou uma terrível maldição:

- Tal como eu, irás vaguear, durante milhares de anos, atrás de outros milhares, por todos estes vales e florestas, em noites de Lua Cheia, seguido por uma alcateia ululante!

Depois dos malfadados acontecimentos desse dia de caça, o fidalgo pouco durou com vida.

Doou aos frades todas as suas terras de Refojos e morreu de uma doença desconhecida e fatal.

Escusado será dizer que, quando sobre a Lua Cheia no céu daquelas paragens, no espaço de um relâmpado, qualquer um pode avistar D. Afonso Ancemonde, hirto na sela do seu cavalo, galopando alucinadamente, seguido por uma alcateia ululante.

Onde vai? De onde vem?

Ninguém o saberá dizer.

Sabe-se, apenas, que esta visão, iluminada por um luar funéreo, irá assombrar os caminhos da Ribeira-Lima, durante milhares de anos, atrás de outros milhares.








Grupo Musical que se inspira em Lendas da sua terra e mitos e feitos do povo português:
Retirado do Myspace

O projecto Música Profana, oriundo de Ponte de Lima, nasce do desejo do seu fundador Daniel Moreira em aliar o Metal a elementos da música Tradicional e Folk. O peso caracteristico do Metal é cortado por sons de concertinas e gaitas de foles, assim como pela voz feminina. A baixa afinação proporciona uma base instrumental sólida que contrasta com as melodias e instrumentos agudos.

Inteiramente cantadas em português por Catarina Lima, as canções baseiam-se em Mitos, Lendas e feitos históricos do povo português. O tema "Mostrengo" adaptado do poema de Fernando Pessoa (Mensagem) refere-se ao encontro mitológico que os nossos descobridores tiveram com Adamastor, já o "Mensageiro da Névoa" é inspirado no mito de D. Sebastião. "Pieira dos Lobos" é uma lenda da zona de Ponte de Lima e o "Canto do Poeta" (tema acústico) não tem qualquer base mitológica, podendo-se considerar uma homenagem à poesia.


Até breve folks!

quinta-feira, agosto 20, 2009

ETNO - do dia 20 de Agosto em diante...

Cultura


ALBUFEIRA
Vários Restaurantes (até domingo 23 agosto 2009)
“Sabores de Albufeira” vão estar em destaque na semana gastronómica daquela cidade. Durante uma semana, o município de Albufeira dá a conhecer a todos os visitantes a gastronomia regional por um preço bastante acessível.


FARO
claustros do Museu (até segunda-feira 31 agosto 2009)
Ciclo de Cinema ao Ar Livre. (22:00h)


Teatro das Figuras (até domingo 23 agosto 2009)
FOLKFARO 2009, as danças tradicionais do mundo.


LAGOA
Duna Beach (até sábado 29 agosto 2009)
Festas “by the pool”, num cenário único, animam Verão algarvio. Samba Summer, no dia 20 de Agosto, e Summer Moonlight, a 21 de Agosto, são as primeiras duas festas de um programa que promete animar os fins-de-semana de Agosto em Lagos, no


LAGOS
Pátio do Centro Cultural (até quarta-feira 09 setembro 2009)
Fusões, música electrónica e experimental, música tradicional portuguesa, rock, jazz, fado, música árabe, folk, pop, dub. (4ª Feiras - 22:00h)


LOULÉ
Praça do Mar - Quarteira (até segunda-feira 31 agosto 2009)
Biblioteca de Praia. (10:00h - 17:45h)


Rua Maria Campina (até sexta-feira 28 agosto 2009)
"Degustação de tapas tradicionais e animação musical". (6ªfeiras - 19:00h)


PORTIMÃO
Centro Comercial Continente (até terça-feira 01 dezembro 2009)
"Rastreios HIV", aconselhamento e prevenção. (uma vez por mês - 10:00h-22:00h)


SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Centro Explicativo (até quinta-feira 10 setembro 2009)
No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2009, 2.ª edição do Concurso de Fotografia “À descoberta do Património”.


SILVES
Pêra (até segunda-feira 31 agosto 2009)
"Animação FIESA 2009", 6ªfeiras Noite - Concertos ao vivo / Sáb. - Noite DJ / Domg a 5ªfeira - Animação Circense / Actividades grátis de escultura em areia para todas as idades.


TAVIRA
Centro Ciência (até segunda-feira 31 agosto 2009)
“Aprender Ciências a Brincar". (Sábs.14:30h-17:00h)


Docas - Junto ao Mercado Municipal (até sábado 29 agosto 2009)
Tavira Summer Sessions, iniciativa cuja animação ficará a cargo de Dj’s de renome, diversas bandas e desfiles de moda. (22:00h-4:00h)


Desporto


PORTIMÃO
Marina (até domingo 23 agosto 2009)
TP 52/Audi Med Cup – Troféu de Portugal, um circuito de vela de cruzeiro composto por várias regatas.


Exposições


ALBUFEIRA
Galeria de Arte Pintor Samora Barros (até segunda-feira 31 agosto 2009)
Exposição de Pintura "Tons de Aguarela", de Rui Pinheiro.


FARO
Palácio Episcopal (até segunda-feira 05 outubro 2009)
Exposição de arte sacra “Stella Maris - Maria Estrela do Mar”, dedicada ao culto mariano na região do Algarve. (10:00h-18:00h)


LAGOA
Aldeamento Turístico Monte Santo - Carvoeiro, (até segunda-feira 31 agosto 2009)
Exposição “Lince, a Terrível luta por existir – Uma história de sobrevivência ou extinção”.


LAGOS
Centro Cultural de Lagos (até domingo 13 setembro 2009)
+ Arte - Allgarve - Exposição "ENTRE O CÉU E O MAR" (vários) - Encontros de Fotografia.


LOULÉ
Convento de Stº António (até domingo 27 setembro 2009)
+ Arte - Allgarve '09 - ESTRANHAS FORMAS DE VIDA - Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Francesco Vezzoli, Luis Palma, Patrícia Almeida


Claustros do Convento Espirito Santo (até quarta-feira 30 setembro 2009)
Exposição de Fotografia "Destiny / Destino" de Karsti Stiege.


Galeria de Arte da Praça do Mar-Quarteira (até domingo 30 agosto 2009)
Exposição "A Filatelia é gira".


Lagar das Portas do Céu (até domingo 27 setembro 2009)
Exposição “MOBILEHOME”, criada no âmbito do Curso Experimental de Arte Contemporânea.


OLHÃO
Casa da Juventude (até quinta-feira 03 setembro 2009)
«Do Amor… E Outras Coisas», um olhar pelas ilustrações de Carlos Rocha, um autor olhanense cuja obra se aborda os sentimentos. (9:00h-19:00h)


PORTIMÃO
TEMPO - Teatro Municipal de Portimão (até domingo 30 agosto 2009)
+ Arte - Allgarve '09 - Exposição "FORÇAS" (diversos)


SILVES
Pêra (até quinta-feira 22 outubro 2009)
6ª edição do Festival Internacional de Escultura em Areia (FIESA), maior exposição de esculturas em areia de todo o mundo. (10:00h-24:00h)


Igreja da Misericórdia (até domingo 27 setembro 2009)
Allgarve '09 - EXPECTATIVA DE UMA PAISAGEM DE ACONTECIMENTOS 2009 - Escultura Site-Specific de Fernanda Fragateiro - CAM / Fundação Calouste Gulbenkian


VILA REAL ST ANTONIO
Cacela Velha (até segunda-feira 31 agosto 2009)
Exposição “Interacções artísticas com o lugar”, um projecto artístico da autoria de Paula Reaes Pinto. (21:30h-24:00h)


Feiras & Festas


FARO
Fórum Algarve (até terça-feira 25 agosto 2009)
Bertrand Livreiros organiza Feira do Livro.


LOULÉ
Cerca do Convento (até sexta-feira 30 outubro 2009)
“Mercadinho de Loulé”, todos os Sábados. (11:00h-17:00h)


OLHÃO
Fuzeta (até segunda-feira 24 agosto 2009)
VI Edição da Festa da Ria.


PORTIMÃO
Zona Ribeirinha de Portimão (junto à Antiga Lota) (até domingo 23 agosto 2009)
FEIRA DO LIVRO DE PORTIMÃO - Das 19h00 às 24h00



http://www.regiao-sul.pt/

Antepassados na Rocha Branca

7º Encontro de Arqueologia do Algarve decorre em Silves Evento já tem programa de actividades provisório


O 7º Encontro de Arqueologia do Algarve, promovido pela Câmara Municipal de Silves (CMS), em conjunto com o IGESPAR, a Universidade do Algarve e a Direcção Regional de Cultura do Algarve decorrerá nos próximos dias 22, 23 e 24 de Outubro, em Silves.

Segundo a autarquia, o evento assume este ano o seu formato regular, tendo como objectivos a apresentação de comunicações e posters resultantes de trabalhos de campo e estudos de materiais ocorridos na região do Algarve, no biénio de 2008/2009.

Os temas em destaque nos vários painéis que terão lugar durante os três dias do encontro são:

- “Pré-História do Algarve”,
- “Proto-História do Algarve”,
- “O Algarve na Época Romana”,
- “A permanência islâmica no Algarve”,
- “As Necrópoles do Algarve da Pré-História à Actualidade”
e
“O Algarve moderno e contemporâneo”.

Haverá, também, uma mesa redonda, que abordará “A Arqueologia e as outras ciências. Contributo das arqueociências para a interpretação do Património Arqueológico Algarvio”.


Para mais informações os interessados poderão contactar o Gabinete de Arqueologia, Conservação e Restauro, através do email maria.gonçalves@cm-silves.pt ou do telefone 282 444 100.


In Região Sul




- Peças de Papiro

Eu encontrei um folião
que foi beber ao monte
num monte, o Molião
de salgas, viu a fonte:
-
ia com ele sua menina
e com ela se baloiça
logo ele viu uma fina
mas que tão fina loiça
-
não parou na semana
salgas via num sonho
eram d´época romana
e como ficou risonho;
-
lembra do mar algas
lembra inda sargaços
ao ver aquelas salgas
viu uns certos laços!
-
moça ficou surpresa
sentiu cheiro a malho
logo fez sua empresa
p'ra lhes dar trabalho!
-




quarta-feira, agosto 12, 2009

Festa da Ria - Saborear a Tradição!

Festa na Fuseta durante seis dias com muita música e gastronomia tradicional
Fuzeta organiza VI Festa da Ria
Seis dias de festa animados por muita música e gastronomia algarvia


A Associação Foz do Êta promove na Fuseta a VI Edição da Festa da Ria, mais precisamente entre 19 e 24 de Agosto.

Organizada com o objectivo de promover e dinamizar a vila da Fuzeta, a Festa da Ria pretende divulgar a gente desta vila, o seu clima, a sua beleza, o seu comercio local e a sua riqueza cultural.

Para a organização, "a sua praia, a sua ilha, as suas gentes, a sua gastronomia, o artesanato, e muitas outras actividades de interesse que fazem de Fuzeta uma vila em constante desenvolvimento".

Nesta sexta edição da Feira destacam-se a decoração do recinto e a actuação de vários agrupamentos musicais que prometem animar todos os visitantes.

Com entrada livre para todos, a Feira vai ainda apresentar uma exposição dedicada à Fuzeta e aos seus habitantes, assim como diversos stands de venda de doces, gastronomia, artesanato e bebidas.

O recinto, com capacidade para 700 lugares sentados irá receber na quarta-feira, dia 19 o baile animado por Jorge Miguel e pelos Coração Cubano, enquanto no dia seguinte Jorge Miguel volta a apresentar-se, desta feita seguido da banda Fio Dental.

Na sexta, dia 21, o destaque vai para Susana Fernandes com Denise Carvalho e para os 100&Feito, seguindo-se na noite de sábado novo baile liderado pela música de Jorge Miguel, numa festa que fica completa com a actuação do Rancho Típico Sambrasense e do grupo Arco da Velha.

No dia 23, o palco será dos SUPRAHeat surrenders e Magma e Pagamini, e a segunda-feira, último dia de festa, a música será oferecida pelos No Time to Waste, pelos Abandalhados e pelos Punk c Manteiga.

A VI Festa da Ria abre diariamente as portas às 20h00 e é de entrada livre.

In Região Sul

Estudos Históricos sobre o Algarve

Tavira recebe V Seminário de Estudos Históricos sobre o Algarve

Numa iniciativa organizada pela Associação de Estudo e Defesa do Património de Tavira (ADEPTA), com o apoio da Câmara Municipal local, Tavira recebe no próximo dia 15 de Agosto o “V Seminário de Estudos Históricos sobre o Algarve”. Assim, logo pelas 10h00 terá lugar a recepção dos convidados no Palácio da Galeria, que contará com a presença do presidente da Câmara Municipal.

Ás 10h30 será visitada a exposição “Tavira: Patrimónios do Mar”, enquanto às 12h30 será servido um almoço com tertúlia no restaurante Ciclista.

Da parte da tarde, serão abertos os trabalhos, iniciando-se as comunicações na Biblioteca Municipal. Terminadas as comunicações, às 20h00 haverá lugar a uma cerimónia de encerramento, à qual se seguirá um jantar com arraial à volta da piscina do Hotel Vila Galé.

Durante a tarde, para além da exposição documental do arquivo da Câmara Municipal de Tavira, da exposição de Material do Campo Arqueológico de Tavira e da exposição Documental da Academia Lusitânia de Heráldica e Academia de Heráldica do Algarve: Armas Plenas na Heráldica Familiar Algarvia, o seminário será composto por diversas comunicações. Entre elas encontram-se "Os Condes do Rio Grande", que será apresentada por D. Filipe, Conde do Rio Grande, "Para a História da Tavira Medieval e Moderna: Duas Capas Documentais ou Dois Documentos com Capas, por Fernando Correia da Silva, "Divagações Heráldicas, por Segismundo Ramires Pinto e "As Armas do Bispo do Algarve D. José Pereira de Lacerda, da autoria de Óscar Caeiro Pinto. Para além destas, os interessados podem ainda assistir a "Tomaz Cabreira, um Vereador Republicano Antes do Seu Tempo", por Ricardo Pereira Tomás, "Dioses Mediterrâneos em las Costas Atlánticas del Suroeste, de Francisco Gomez Toscano, "A Arqueologia e Tavira - Tavira e a Arqueologia", por Manuel Andrade Maia, "O Grafito Fenício de Tavira", por Maria Pereira Maia e, finalmente, "Um Quadrans de Augusto", comunicação que será realizada por Alexandre Viegas Cesário.

Esta iniciativa conta ainda com a colaboração da Academia Portuguesa de Ex-Libris, da Academia Lusitana de Heráldica, da Associação Portuguesa de Genealogia, do Instituo D. João VI, do Campo Arqueológico de Tavira e da Secção de Genealogia e Heráldica da Sociedade de Geografia de Lisboa. As inscrições e o pedido de mais informações deve ser realizado através do e-mail alexandre.cesario@sapo.pt.

In Região Sul

domingo, agosto 02, 2009

Deixe as Praias! Encontre o Sossego...Vá ao Museu!



Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique

Praça Dom Afonso III
8000 Sé, Faro
289 897 400
289 897 419 - Fax


Está instalado no antigo Convento de Nossa Senhora da Assunção que foi construído entre 1519 e 1550. O museu distribui-se por diversas salas, contém um espólio importante de arqueologia romana e medieval como o busto de Agripina Minor do século I encontrado nas ruínas do Milreu, colecções de arte sacra, azulejos e objectos decorativos variados.

Responsável: Câmara Municipal de Faro
Dia(s) de Encerramento: Segundas
Horário de visita: Verão (Março a Outubro): Terça a Sexta-feira das 10:00 às 18:00; Fins-de-semana das 12:00 às 18:00. Inverno (Outubro a Março): Terça a Sexta-feira das 9:30 às17:30; Fins-de-semana das 11:30 às 17:30.
Serviços disponíveis: Visitas Guiadas; Pequena loja; Auditório com cerca de 100 lugares; Centro de Documentação especializado em História Local, Arqueologia e Museologia;
Observações: Está encerrado nos feriados de 1 de Janeiro, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.




Museu Etnográfico Regional

Este museu alberga uma vasta colecção de elementos etnográficos e de artesanato popular da região. Existe também uma colecção fotográfica muito interessante sobre a arquitectura popular e a vida rural. Está instalado no edifício da Assembleia Distrital, exemplar revivalista de meados do século XX.


Museu Etnográfico Regional
Localização
Praça da Liberdade 2 - Faro
8000-164 FARO
Distrito: Faro
Concelho: Faro
Freguesia:

Dia(s) de Encerramento: Sábados, Domingos, Feriados
Horário de visita: Das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.

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  • Museus

- Centro de Ciência Viva

R. Comandante Francisco Manuel
8000 Faro
289 890 920
289 890 929 - Fax

Photobucket

- Museu Regional do Algarve

Praça da Liberdade
8000 Sé, Faro
289 827 610

Photobucket

- Museu Etnográfico do Trajo Algarvio

R Dr. José Dias Sancho, n.º 61
São Brás De Alportel, Faro, 8150
289 840 100

Photobucket









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Fotografia







Museu De Arqueologia De Loulé

R D. Paio Peres Correia, n.º 17
Loulé, Faro, 8100
289 400 642

Dia(s) de Encerramento: Domingos
Horário de visita: De Segunda a Sábado, das 09:00 às 17:30.




Beja Romana






Arqueologia: Templo romano descoberto em Beja é o maior de Portugal e um dos maiores da Península Ibérica (in Visão)

Beja, 30 Jul (Lusa) - O templo romano do século I d.C. soterrado em Beja, identificado há 70 anos e que tem sido escavado desde que foi descoberto há um ano, é "o maior" de Portugal e "um dos maiores" da Península Ibérica.

Lusa
12:03 Quinta-feira, 30 de Jul de 2009

Beja, 30 Jul (Lusa) - O templo romano do século I d.C. soterrado em Beja, identificado há 70 anos e que tem sido escavado desde que foi descoberto há um ano, é "o maior" de Portugal e "um dos maiores" da Península Ibérica.

"É o maior dos templos romanos já conhecidos em Portugal", como o de Évora e o de Conímbriga, e, "sem dúvida, um dos maiores da Hispânia" (designação da Península Ibérica na época romana), confirmou hoje à agência Lusa a arqueóloga Conceição Lopes.

Trata-se de "um edifício imponente", com 30 metros de comprimento e 19,40 metros de largura, e, tal como os templos romanos de Évora, da província espanhola de Ecija (Sevilha) e de Barcino (Barcelona), é rodeado por um tanque, com 4,5 metros de largura, precisou a arqueóloga.






Templo romano de Beja
é o maior achado no País

Foi encontrado em Beja o maior templo romano em Portugal. O edifício, do século I da nossa era, está “completamente conservado” e é maior do que os templos romanos de Évora e de Conímbriga. Está soterrado no logradouro do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, junto da Praça da República, onde decorrem escavações arqueológicas desde 1997. Responsável pelos trabalhos, a arqueóloga Conceição Lopes fala ao “Diário do Alentejo” das importantes descobertas em Beja.

Texto Carlos Lopes Pereira
Foto José Ferrolho

Foi encontrado em Beja o maior templo romano em Portugal. O edifício, do século I da nossa era, está "completamente conservado" e é maior do que os templos romanos de Évora e de Conímbriga. Está soterrado no logradouro do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, junto da Praça da República, onde decorrem escavações arqueológicas desde 1997. Foram achados também no local outros grandes edifícios do forum - a praça central - de Pax Julia, a Beja romana.
Responsável pelos trabalhos, Conceição Lopes, professora da Universidade de Coimbra e coordenadora científica do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e do Porto, fala ao "Diário do Alentejo" das importantes descobertas em Beja.

Qual o ponto da situação quanto a estes trabalhos arqueológicos em Beja?
Esta fase da escavação vem na sequência de outros trabalhos arqueológicos que começaram no logradouro do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, junto da Praça da República. As escavações decorrem no quadro de um protocolo entre a Câmara Municipal de Beja e o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e do Porto, no sentido de se verificar exactamente a importância, a dimensão e o estado de conservação dos vestígios da praça central da cidade romana de Beja que encontrámos ali. As escavações começaram em 1997. Nesta fase, os trabalhos duraram cerca de três semanas, em Março e Abril, até à Páscoa, tendo participado comigo uma dezena de estudantes de Arqueologia da Universidade de Coimbra. Voltaremos em finais de Maio ou começos de Junho para prosseguir os trabalhos.

E quanto a resultados?
Neste momento, é possível confirmar que o forum de Beja, em várias fases da época romana, existiu naquele espaço entre a Porta dos Prazeres, a Praça da República, a Rua da Moeda e a Rua dos Escudeiros. É possível confirmar isso. Achámos um dos templos que ali existiu. É um templo muito interessante porque é um tipo específico só da Península Ibérica e sobretudo do Sul, com um tanque a toda a volta. Existe um em Évora e outro em Ecija, perto de Sevilha. São os únicos até agora confirmados com tanques a toda a volta. Este de Beja parece semelhante ao de Ecija e estamos em contacto com os arqueólogos espanhóis para trocar informações. O templo de Beja é muito interessante mas é apenas um dos grandes edifícios que encontrámos na escavação. Há este grande edifício, que é o templo, sem dúvida nenhuma, com uma entrada virada para a Rua da Moeda, o que quer dizer que a cidade se expandia, pelo menos em boa parte, para o lado do Convento da Conceição, o que de alguma forma justifica todos aqueles achados que se conhecem desde o século XVI - era a acrópole da cidade. Mas há mais dois edifícios muito importantes, dois grandes edifícios, que não sabemos ainda exactamente o que são.

Estamos a falar da Pax Julia de que período?
Logo do início, do tempo do imperador Augusto, do século I depois de Cristo.

Já é possível ter uma ideia da dimensão e importância deste templo romano de Beja?
Claro. O templo é muito grande, é maior do que o de Évora. O lado maior tem cerca de trinta e poucos metros de comprimento; o lado menor deve ter à volta dos 21 metros. É um templo muito grande e isso faz sentido porque tratava-se da capital do conventus [circunscrição territorial], da cidade mais importante do Sudoeste peninsular. Pax Julia era uma cidade com estatuto de colónia romana, os cidadãos tinham o mesmo estatuto dos cidadãos de Roma. Era a capital do conventus e, do ponto de vista da Justiça, todos os problemas entre o Tejo e o Algarve resolviam-se aqui, em Pax Julia. Era um espaço de jurisdição muito importante. Faz sentido que a cidade tivesse um grande templo e um grande forum.

Qual era o território da cidade?
O território que pertencia à cidade ia desde Vila Verde de Ficalho, onde está definido um marco, porque existe fines - o fim do território -, até Santa Margarida do Sado no sentido Este-Oeste; no sentido Norte ia até Viana do Alentejo, fazia o percurso da serra de Portel e da serra do Mendro; e a Sul ia até abaixo da Trindade, por alturas da ribeira de Terges e Cobres. O território de Vipasca (Aljustrel) era do ponto de vista económico um couto dependente da capital da província (Mérida), mas do ponto de vista territorial pertencia à cidade de Pax Julia. Este era o território da cidade. Mas o território jurídico era muito maior do que o território da cidade. E a jurisdição, a administração da Justiça, a partir da sede em Beja, era feita grosso modo desde o rio Tejo até ao Oceano.

Há uma ideia da população de Pax Julia nesta época?
Não. Beja, apesar do estatuto que tinha neste período, era uma cidade muito pequena, do ponto de vista físico. O que a cidade tinha de importante é que ela não se fixava apenas no interior das muralhas, ela prolongava-se por todas as vilas adentro. Não sabemos bem quantos habitantes tinha porque muitos deles deviam ter as suas casas por aí fora. Por exemplo, os magistrados da cidade, um vivia na Torre da Cardeira e outro tinha casa na Represas... Mas era uma cidade com uma importância muito grande, com uma vida comercial activíssima, muito parecida a uma cidade do litoral. Havia muitos libertos aqui, que lidavam com o artesanato, o comércio, a indústria, a cidade tinha muita gente e uma vida económica activa. É uma cidade no eixo principal que liga o Sado ao Guadalquivir, ao Guadiana. Tinha uma relação muito estreita com Mértola - como Cláudio Torres disse há muitos anos, de uma forma feliz, "Mértola é o porto de Beja". E é verdade: o porto de Beja está em Mértola. Beja, sendo uma cidade do interior, usufrui de um porto marítimo e isso justifica a população de carácter litorano que encontramos aqui.

Esta importância de Pax Julia mantém-se até quando?
Continua por muito tempo. Desde o século I, eventualmente desde o final do século I antes de Cristo, e continua por aí fora... Se lermos o trabalho que Santiago Macias fez para o período medieval, a cora [divisão territorial] de Beja, em período medieval, basicamente ocupa o mesmo território que Pax Julia. Terá sido com a deslocação do bispado, já depois da Reconquista, que este território se fragmenta.

Voltando ao templo romano de Beja. É o maior templo romano do Sul do País...
Que nós conheçamos, sim, do Sul e do Norte! É maior do que o de Conímbriga. É o maior de todos. Não é o mais bem conservado. Ele está conservado, houve uma grande reciclagem dos materiais da superfície, mas todo o resto está conservado. Está completamente conservado.

Do ponto de vista arqueológico, quais são agora os passos seguintes?
Do ponto de vista metodológico, o que nós vamos fazer, em colaboração com a Câmara Municipal de Beja, é usufruir do facto de aquele terreno estar mais ou menos devoluto até à reconstrução do Departamento Técnico para fazer o máximo possível de escavações e verificar não apenas este templo como um outro grande edifício. Estamos a trabalhar manualmente mas também com a ajuda de meios mecânicos - a câmara tem-nos disponibilizado uma máquina para podermos remover todas as construções do séc. XX que atingem profundidades grandes (cerca de dois metros nalguns pontos). Vamos tentar verificar o máximo possível de vestígios e, a partir dessa verificação e desse registo, fazer as reconstituições possíveis. A metodologia, portanto, é condicionada pelo pouco espaço que temos, porque não se podem destruir casas para pôr a descoberto património - as casas actuais da cidade também são património.

Do ponto de vista da arqueóloga, como é que o património que agora está a ser descoberto pode ser usufruído pelos bejenses e pelos visitantes da cidade?
Entre o desejo e a realidade, os arqueólogos, os investigadores, têm que ser sempre muito ponderados. O meu desejo era dispor daquele terreno para poder fazer investigação, com tempo, poder pôr o templo e outros edifícios à mostra... Mas há uma coisa que eu ensino aos meus alunos, logo no 1.º ano da Universidade: entre a necessidade de permitir que as pessoas, hoje, acedam a boas condições de vida e a preservação do passado, eu não hesito - as pessoas, na actualidade, têm o direito a ter a melhor qualidade de vida possível. Mas essa é uma decisão que passa pelos políticos e não pelos cientistas...

Em síntese...
O meu desejo é de ficar ali com um espaço que poderia ser uma porta aberta para a entrada na acrópole de Beja. O espaço não tem apenas vestígios romanos, tem também as palmeiras, tem as igrejas, tem paredes espectaculares... Este diálogo entre a contemporaneidade e a antiguidade poderia ser muito bem explorado ali, porque temos um espaço aberto. Mas eu não tenho o direito de me opor a qualquer outra decisão, sobretudo se me deixarem estudar, que é o que estão a fazer.

Estamos, pois, perante importantíssimos achados arqueológicos sobre o passado de Beja...
Tenho a certeza que sim. E também tenho a certeza de que, pela primeira vez desde que eu trabalho cá em Beja, a cidade, a sua câmara municipal, disponibiliza-se a fazer algum investimento na compreensão do que está ali. Não podemos ser cegos e dizer "vamos preservar, preservar, preservar"; primeiro temos que saber exactamente o que é que lá está. Acho que, pela primeira vez, há um interesse em saber o que é que está ali, justamente porque os vestígios que assomam são muito importantes. Mas aquilo que eu vejo, como arqueóloga, não é necessariamente aquilo que os cidadãos vêem... Eu penso que o que ali está é muito importante, é um grande património que a cidade deveria agarrar. E creio que a câmara municipal está a fazê-lo, com critério, de forma ponderada. 

17/04/2009