Até à década de 60, o Cão do Barrocal Algarvio figurava com o principal companheiro de caçadores e pastores no interior da região, altura em que começaram a ser introduzidas outras raças, como o perdigueiro ou o podengo. “Os cães novos tornaram-se moda e o Cão do Barrocal quase desapareceu por completo. Quem os continuou a usar foram os caçadores com matilha de caça maior, porque sempre deram uma grande resposta a nível de caça”, conta Rogério Teixeira, da Associação de Criadores do Cão do Barrocal Algarvio (ACCBA), que tem feito grandes esforços para recuperar a raça: “Nunca olharam para o cão como se tivesse uma identidade própria até nós aparecermos”, reforça. Nas décadas seguintes o Cão do Barrocal começou a perder algumas características que o diferenciavam e é aqui que entra a ACCBA, que tem como principal missão que a raça seja reconhecida como cão de raça portuguesa. Mas para isso terá de existir, pelo menos, quatro famílias diferenciadas com linhagens elaboradas. “Queremos dar o passo nessa investigação genética. Estamos a tentar que o cão recupere três ou quatro linhas diferenciadas que começou a perder após a década de 60. E a reprodução tem sido levada a cabo de forma muito criteriosa”, explica e lembra que a ACCBA está aberta a fomentar protocolos com universidades que trabalham na área da genética. “Estamos sempre preocupados com as nossas raízes e o nosso património cultural e agora podemos recuperar uma imagem da região”, assume. A ACCBA mostrou pela primeira vez a raça algarvia na primeira Feira de Peça e Caça do Algarve, em 2004, onde apenas contavam com 20 espécimes. Hoje já existem mais de mil na região e nas feiras chegam a participar 100 cães. O Cão do Barrocal Algarvio era conhecido como 'lanudo', 'fraldado' e 'guedelhudo'. Tem como principais características físicas o pelo macio, orelhas levantadas e peludas na base e a cauda 'em bandeira'. “São brincalhões, mas também independentes. São muito bonitos, mas são excelentes como cão de caça: rápidos e com um bom nariz”, diz Rogério Teixeira, que realça a característica mais diferenciadora: “Quando pressentem um coelho dentro da toca 'sapateiam'”, explica. A ACCBA é uma associação sem fins lucrativos e conta com 12 membros. |
Ataegina - deusa do renascimento(Primavera),fertilidade,natureza e cura.O nome Ataegina é originário do celta Ate + Gena (renascimento).Era venerada na Lusitânia e na Bética. Existem santuários dedicados à deusa em Elvas, Mérida e Cáceres na Extremadura espanhola,além de outros locais, especialmente perto do Rio.Era das principais deusas veneradas em Myrtilis(Mértola),Pax Julia(Beja),e especialmente venerada na cidade de Turobriga(Huelva).
domingo, junho 14, 2009
O Cão do Barrocal Algarvio
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